Polypterus Senegalense (Polypterus senegalus)

 

Polypterus-senegalus

Classificação

Classe: Actinopterygii • Ordem: Polypteriformes • Família: Polypteridae

Nome binomial: Polypterus senegalus (Cuvier, 1829)

Sinônimos: Polypterus senegalus meridionalis, Polypterus arnaudi, Polypterus arnaudii, Polypterus senegalensis, Polypterus senegalus senegalus

Grupo Aquário: Primitivos, Serpentiformes

Nomes comuns

Bichir Cinza, Bichir de Senegal, Polypterus Cinza, Polypterus Senegalense

Inglês: Gray bichir, Senegal bichir, Bichir

Distribuição & habitat

África: bacia do Nilo e na África Ocidental, incluindo Senegal, Gâmbia, Níger, Volta e bacias do Lago Chade . Bastante difundido, ocorrendo em pelo menos 26 países africanos, incluindo Benin, Camarões, Gambia, Gana, Guinea, Guine Bissau, Kenya, Niger, Nigéria, Senegal, Sudão, Zâmbia, entre outros.

Encontrado em ambiente lêntico de águas rasas como pântanos, charcos e lagoas de água doce.

Polypterus-senegalus-map
Mapa por Discover Life

Ambiente & parâmetros da água

Demersal; potamódramo, Água doce • pH: 6.0 – 8.0 • Dureza: < 20 • Clima: tropical; 24°C – 30°C

Tamanho adulto

45 cm (comum 30 cm) • Estimativa de vida: 20 anos +

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 litros) requerido. O comprimento do aquário é mais importante do que a profundidade para esta espécie. Substrato arenoso e macio deverá ser utilizado, assim como troncos e pedras formando refúgios. Deve-se manter o aquário totalmente tampado, esta espécie é um perita em escapar do aquário.

Espécie extremamente pacífica e a mais ativa do gênero, bastante resistente e de hábito noturno, embora seja comum vê-lo nadando durante período diurno a procura de alimento. Pode ser mantido em aquário comunitário com peixes de porte médio e igualmente pacíficos. Peixes menores que couber em sua boca serão comidos, principalmente durante período noturno.

Alimentação

Onívoro (essencialmente insetívoro) • Itens alimentares: peixes, insetos, rãs e secundariamente detritos e plantas (Eichhornia sp.). Em cativeiro aceitam alimentos secos, congelados e vivo. Costumam aceitar alimentos secos sem dificuldades, mas deve-se complementar com outros alimentos como vivos e filé de peixes.

Reprodução e dimorfismo sexual

Polypterus-senegalus-rep

Ovíparo. Estabelecem ovos em plantas ou substrato. Acasalamento começa com uma série de saltos a partir da superfície, geralmente apenas um de cada vez, seguido por uma lenta descida através da água. Após um tempo o macho ficará muito próximo da fêmea e, por vezes, a fêmea permanecerá imóvel na água quando o macho virá até ela por trás e empurrá-la com movimentos laterais da cabeça. A nadadeira anal do macho, normalmente alargada e inchada é dobrada em forma de côncava e utilizada para “raspar” a fêmea. Os ovos são colocados um pouco de cada vez ao longo da vegetação espessa e fertilizado pelo macho em seguida. Desovam durante a estação chuvosa, um pico sazonal por ano. pais não cuidam da progênie e aparentemente não praticam canibalismo; juvenis praticam canibalismo entre seus irmãos.

Macho apresenta a nadadeira anal mais espessa do que a fêmea.

Galeria de imagens

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Casal formado com fêmea albina em destaque
Polypterus-senegalus-double
Variedade albina
Polypterus-senegalus-double2
Variedade comum

Descrição

Maxila superior ligeiramente proeminente ou às vezes mandíbulas são de igual comprimento; escama ganoide coloração da superfície dorsal uniforme verde oliva e inferior ventral branco, sem manchas; nadadeiras de cor cinza. Espécimes juvenis podem apresentar três faixas longitudinais escuras nos flancos, que somem quando adulto.

Ocorre em riachos marginais e lagoas de água doce, normalmente em regiões enlameadas onde pode ser encontrado quieto ou deslizando como uma cobra. Durante as horas mais quentes, vem a superfície na borda externa da vegetação, mas volta para o fundo quando perturbado.

Em cativeiro, sua longevidade pode ultrapassar 30 anos, sendo bastante comum no comércio de aquariofilia. Espécie demersal de respiração aérea, é um predador incrivelmente resistente. Possui hábitos noturno, visão muito pobre, mas apresenta excelente senso olfativo para localizar alimentos.

Fósseis de parentes anteriores foram encontrados e datam do período Triássico, que ocorreu durante o desenvolvimento inicial dos dinossauros há mais de 200 milhões de anos atrás.

Possuem diversas adaptações como a vesícula natatória dividida em duas partes, sendo a parte direita consideravelmente maior, funcionando como um órgão acessório de respiração e indicando que o peixe pode sobreviver sem água por algum tempo, desde que seu corpo seja mantido úmido. Esta espécie, assim como os anabantóides, pode se afogar, se for negado o acesso ao ar atmosférico (respiração aérea). Não possuem pulmões verdadeiros (como o dos dipnóicos), mas é bem similar.

Juvenis possuem hábito anfíbio apresentando brânquias externas, que serão perdidas quando maduros. Juntamente com o seu modo de caça noturna, em que emergem de seus refúgios para caçar invertebrados e pequenos peixes em águas rasas, claramente indicando seu relacionamento evolutivo entre peixes e anfíbios.

Referências

  1. Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott 1991 World fishes important to North Americans. Exclusive of species from the continental waters of the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ. (21):243 p.Gosse, J.-P. 1984 Polypteridae. p. 18-29. In J. Daget, J.-P. Gosse and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). Volume I. ORSTOM, Paris and MRAC, Tervuren. 410 p.
  2. Baensch, H.A. and R. Riehl 1985 Aquarien atlas. Band 2. Mergus, Verlag für Natur- und Heimtierkunde GmbH, Melle, Germany. 1216 p.
  3. Adite, A. and R. van Thielen 1995 Ecology and fish catches in natural lakes of Benin, West Africa. Environ. Biol. Fish. 43:381-391.
  4. Reizer, C., X. Mattei and J.-L. Chevalier 1972 Contribution à l’étude de la faune ichthyologique du bassin du fleuve Sénégal. 1. Polypteridae. Bull. I.F.A.N. (A) 34(1):111-126.
  5. Dankwa, H.R. 2003 Biology of Polypterus senegalus (Pisces, Polyteridae) in the Pru River, Ghana. p. 23-24. In M.L.D. Palomares, B. Samb, T. Diouf, J.M. Vakily and D. Pauly (eds.) Fish biodiversity: local studies as basis for global inferences. ACP-EU Fish. Res. Rep. 14:281p.
  6. Burgess, W.E. 1983 Bichirs and Rope fish. Trop. Fish Hobbyist 31(5):14-17.
  7. IUCN 2011. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2011.1. <www.iucnredlist.org>. Downloaded on 22 September 2011.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2014
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

35 Comentário

  1. Boa noite!
    Tenho dois polypterus, senegalus e um albino, já tive também dois Endlicheri, infelizmente um pulou por um espaço minúsculo no aquário e o outro foi morto por um peixe que coloquei adulto no aquário.
    Recomendo a todos a terem esses peixes pois são muito pacíficos e dóceis, o meu albino faço carinho nele toda vez que vou lavar o filtro.
    Procurei e pela internet e não encontrei muita informação sobre o ornatus (o preto com pintas), caso vc tenha informações sobre o tamanho dele e seus hábitos agradeceria pois estou querendo adquirir um mas tenho medo que ele fique muito grande e brigue com os outros peixes.
    Meu aquário é comunitário e possui dois pangasius (um albino e outro comum), um peixe gato invertido, um que parece peixe gato invertido mais o corpo é claro e as extremidades pretas, um cascudo chocolate albino, um cascudo comum, um pepita de ouro, um bola de neve, dois peixes facas palhaços (super tranquilos, dormem um do lado do outro) e os dois polypterus.

    Muitíssimo obrigada.

    Amanda Rocha

     
  2. Olá meu albino foi encontrado fora do aquário quase seco, porem estava vivo coloquei imediatamente de volta mas nao sei se vai sobreviver, sera q tem algo a ser feito para q ele nao morra ?

     
  3. Ola to com uma duvida tenho 4 polypterus um maior e albino um endrycheri e esses dias peguei un senegalus comun e um ornaos so que minha preocupação e q ornatos nao te se alimentando o senegalos ele comeu no msm dia q chegou o q devo fazer

     
  4. Boa tarde
    Primeiramente, parabéns pelo site. Ótimas informações e muito bem organizado.
    Tenho duas duvidas sobre os polypterus
    A primeira é: comprei dois senegalus e dois albinos em Janeiro de 2018 e um senegalus e um albino quadruplicaram de tamanho/volume em aproximadamente 4 meses e os outros dois (no mesmo aquário e com a mesma alimentação praticamente permanecem do mesmo tamanho (aproximadamente 5/6 cm);
    a segunda é que sem qualquer explicação ou mudança de parâmetros, o poly albino maior começou a mudar de comportamento, a nadar sem controle ou equilíbrio e em menos de 12 horas morreu (faz uns dois meses). O albino menor, ha aproximadamente três semanas começou a se isolar, e hoje de manhã apareceu morto no aquário. Eles ficam com 4 cascudos no aquário.
    Obrigado pela atenção

     
  5. Qual a tacha de crescimento, e o que posso dar para ele crescer mais rápido, pois tenho um a mais de 6 meses e aparece que ele não cresce.

     
  6. Boa tarde tenho um polypterus albino, notei que desde há dois dias ele começou a ficar com a barriga muito inchada quase como tivesse pedras la dentro, como posso fazer para saber se está tudo bem ou se é normal ?

     
  7. Olá, tenho um poly senegalus a mais de um ano e ele não cresce, não sei se é genética ou alguma coisa que faço errado, alimento ele com proteína 2 vezes na semana e o resto dos dias é ração para carnívoros da alcon.

     

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