Classificação
Classe: Actinopterygii • Ordem: Gymnotiformes — Família: Sternopygidae
Nome binomial: Eigenmannia virescens (Valenciennes, 1836)
Sinônimos: Eigenmannia lineata, Sternopygus lineatus, Sternopygus tumifrons, Sternachus virescens
Grupo Aquário: Peixes Elétricos, Peixes Facas
Nomes comuns
Ituí transparente, Sarapó, Sarapó barrigudinho, Tuvira, Tuvira amarela, Peixe espada, Pestana, Pestanha
Inglês: Glass Knife Fish, Glass knifefish, Green knifefish
Distribuição & habitat
América do Sul; amplamente distribuído desde o leste dos Andes no Orinoco até a bacia do Prata
Países: Argentina, Bolívia, Brasil. Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Habitat: Águas profundas e paradas, encontrado em lagoas e riachos com substrato rico em restos vegetais.
Mapa por Discover Life
Ambiente & parâmetros da água
Bentopelágico; água doce • pH: 6.0 a 7.6 — Dureza: 2-15 — Clima: tropical; 20°C a 30°C
Tamanho adulto
45 cm (comum 30 cm) — Estimativa de vida: 3 a 6 anos
Manutenção em aquário
Aquário com dimensões mínimas de 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 litros) requerido. Aquário deverá possuir substrato arenoso com bastante refúgios formado por plantas ou tocas. Iluminação deverá ser moderada.
São bastante pacíficos e podem ser mantidos em aquário comunitário, desde que os demais peixes não sejam pequenos demais (serão devorados) ou agressivos. Bastante tímidos, passarão a maior parte do tempo escondidos em algum local que se sintam seguros, até pelo fato de possuírem hábitos noturnos. Ao contrário de outros Sarapós ou Facas Neotropicais, podem ser mantidos em pequeno cardume no qual haverá poucas disputas hierárquicas. Isso ocorre porque eles não precisam ficar disputando a hierarquia do grupo através de agressões físicas e sim através de pulsos elétricos gerados no qual se comunicam.
Possuem deficiência visual, utilizando os pulsos elétricos como uma espécie de radar para orientar sua natação, localização ou mesmo caçar.
Alimentação
Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de peixes menores, insetos e microcrustáceos. Secundariamente se alimentam de algas. Em cativeiro poderão não aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos como minhocas, peixes pequenos, artêmias, entre outros, além de filés de peixes. Se treinados, eventualmente podem aceitar alimentos secos (rações) e condicionados a comerem de dia, embora um tanto difícil.
Reprodução e dimorfismo sexual
Ovíparo. Sua reprodução é pouco conhecido, no entanto, sabe-se que desovam em ninhos feitos propositalmente para abrigar as larvas. A exposição de fêmeas maduras a corrente elétrica dos machos induziram a desovar. Nota-se ainda aumento da amplitude de EOD durante período noturno entre os machos reprodutores dominantes, indicando competição com outros membros da mesma espécie.
Machos são maiores, podendo chegar próximo a 30cm, e fêmeas visivelmente são menores, chegam a 20cm em média, quando atingem a maturidade sexual.
Galeria de imagens
Descrição
Espécie gregária e tímida, de hábito noturno. Pode ser encontrado em água fria (18°C) e são dotados de uma leve corrente elétrica, a qual utilizam um órgão elétrico e receptores distribuídos pelo corpo para localizar potenciais presas e disputar fêmeas para a reprodução. Também conhecido como peixe faca verde, eventualmente pode ter coloração ligeiramente verde.
Possuem grandes nadadeiras na maior parte inferior de seu corpo e são semi-transparentes, possuindo um tipo de natação bem interessante. Seu corpo é relativamente rígido e não apresentam nadadeira dorsal, ainda assim são nadadores bastante hábeis. Apresentam corpo em forma de lamina similar a uma faca, daí seu nome popular em algumas regiões.
Referências
- Godinho, H.P. and A.L. Godinho, 2003. Águas, peixes e pescadores do São Francisco das Minas Gerais. PUC Minas., Belo Horizonte. 468 p.
- Barbosa, J.M. and E.C. Soares, 2009. Perfil da ictiofauna da Bacia do São Francisco: estudo preliminar. Revista Brasileira de Engenharia de Pesca 4(1): 155-172.
- Zaniboni Filho, E., S. Meurer, O.A. Shibatta and A.P. de Oliverira Nuñer, 2004. Catálogo ilustrado de peixes do alto Rio Uruguai. Floriano?polis : Editora da UFSC : Tractebel Energia. 128 p. :col. ill., col. maps ; 25 cm.
- Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil: 27-63.
- Skelton, P.H., 2001. A complete guide to the freshwater fishes of southern Africa. Cape Town (South Africa): Struik Publishers, 395 p.
- Evolução de cromossomos sexuais em Eigenmannia virescens (Teleostei: Gymnotiformes) – Frederico Henning
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2014
Colaboradores (collaboration): –
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