Tambaqui (Colossoma macropomum)

 
Colossoma macropomum (Cuvier, 1816)

Ficha Técnica

Ordem: Characiformes — Família: Serrasalmidae

Nomes Comuns: Tambaqui — Inglês: Cachama

Distribuição: América do Sul, bacia Amazônica e do Orinoco em sua forma selvagem

Tamanho Adulto: 108 cm (comum: 70 cm)

Expectativa de Vida: 20 anos +

Comportamento: pacífico

pH: 5.0 a 8.0 — Dureza: 1 a 20

Temperatura: 22°C a 28°C

Distribuição e habitat

Em sua forma selvagem sua distribuição se restringe as bacias da Amazônia e do Orinoco. Devido sua apreciação na piscicultura encontra-se distribuído amplamente em toda América do Sul.

No Brasil é encontrado na região Norte, além dos Estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Introduzido em inúmeros países como Filipinas, Tailândia, Cuba, Jamaica, Colômbia e Guiana.

Esta espécie é geralmente solitária. Adultos permanecem em florestas inundadas durante os primeiros 5 meses de inundação e consomem frutas e grãos. Jovens e juvenis vivem em águas escuras de planícies de inundação até sua maturidade sexual.

Descrição

Conhecido no Brasil por inúmeros nomes como Bocó, Ruelo, Tambaqui e Tambaqui Branco.

Possui corpo romboidal, nadadeira adiposa curta com raios na extremidade; dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos. Boca prognata pequena e forte com dentes molariformes. A coloração geralmente é parda na metade superior e preta na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água.

Peixe comum encontrado na bacia amazônica e do qual se aproveitam a saborosíssima carne e o óleo.

Usado amplamente na aquicultura por viver em águas pobres minerais e ser muito resistente a doenças.

Criação em Aquário

Sua criação em aquário doméstico não é recomendado dado seu porte e exigências. Ideal criá-lo em lagos ou tanques externos de grande porte.

Espécime em aquário público com mais de 10 anos de idade

Comportamento

Quando juvenil possui comportamento gregário e pacífico, mas a medida que amadurece tende e ser territorialista com membros da mesma espécie principalmente quando confinado em pequeno espaço, além de mordiscar outros peixes.

Reprodução

Ovíparo. É uma espécie que realiza migrações reprodutivas, tróficas e de dispersão. Durante a época de cheia entra na mata inundada, onde se alimenta de frutos ou sementes. Durante a seca, os indivíduos jovens ficam nos lagos de várzea onde se alimentam de zooplâncton e os adultos migram para os rios de águas barrentas para desovar. Na época de desova não se alimentam, vivendo da gordura que acumularam durante a época cheia.

Alevinos de Colossoma macropomum

Dimorfismo Sexual

Não apresenta dimorfismo sexual evidente.

Alimentação

Onívoro. Em seu ambiente natural tem preferência por sementes de castanheiras e de palmeiras. Alimenta-se também de plâncton, frutas, insetos aquáticos, caracóis, sementes e grãos de cereais, pequenos peixes, folhas e brotos de plantas aquáticas.

Etimologia: Colossoma; kolos (grego) = curto, truncado + soma (grego) = corpo

SinônimosMyletes macropomus, Piaractus macropomus, Salmo tambaqui, Myletes oculus, Colossoma oculus, Myletes nigripinnis, Melloina tambaqui, Colossoma tambaqui, Colossoma tombaqui.

  1. Referências
  2. Géry, J., 1977. Characoids of the world. Neptune City ; Reigate : T.F.H. [etc.]; 672 p. : ill. (chiefly col.) ; 23 cm.
  3. Frimodt, C., 1995. Multilingual illustrated guide to the world’s commercial warmwater fish. Fishing News Books, Osney Mead, Oxford, England. 215 p.
  4. Lovshin, L.L., 1995. The colossomids. p. 153-159. In C.E. Nash and A.J. Novotny (eds.) World animal science: production of aquatic animals: fishes. Elsevier Science, Amsterdam, The Netherlands.
  5. Riede, K., 2004. Global register of migratory species – from global to regional scales. Final Report of the R&D-Projekt 808 05 081. Federal Agency for Nature Conservation, Bonn, Germany. 329 p.
  6. Composição Corporal de Tambaqui, Colossoma macropomum, e Matrinxã, Brycon cephalus, em Sistemas de Cultivo Intensivo, em Igarapé, e Semi-Intensivo, em Viveiros – Gustavo Alberto Arbeláez-Rojas, Débora Machado Fracalossi, Jorge Daniel Indrusiak Fim.
  7. RODRIGUES, A. P. O. – Nutrição e alimentação do tambaqui (Colossoma macropomum).

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Abril/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

3 Comentário

  1. Eu tenho um no meu aquário de 500 litros à 2 anos e já está com 40 cm. é um peixe muito legal de criar, come muito e graças à Deus come as rações do meus cachorros e destrói os grãos grande numa mordida só, ele adora e come até ração grande de cão são bernardo…..KKKKKKKKK, mal cabe na boca mas ele abocanha e destrói e engole.
    Vive com mais três Oscars, 2 pangacios, 1 jundiá, 1 faca, 3 cascudos, 1 jaguar, e sobra espaço para todos nadarem à vontade.
    Um detalhe importante e interessante: Este Peixe consome muito, mas muito oxigênio, e adora ficar na ducha de ar onde consome muito oxigênio.
    Quando desligo o aquário ou acaba a energia, ele consome todo o oxigênio de 500 litros em 2 horas!!!
    Um marcador e fator de falta de oxigênio na água para ele e facilmente perceptível ele fica com a boca / lábios inchados!!!
    se alguém quiser mais informações ou videos contem comigo. sobrinho.m@bol.com.br
    Abraço
    Boa sorte.

     

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