Peixe Pedra (Notesthes robusta)

 

Notesthes-robusta

Classificação

Classe: Actinopterygii • Ordem: Scorpaeniformes — Família: Tetrarogidae

Nome binomial: Notesthes robusta (Günther, 1860)

Sinônimos: Centropogon robustus

Grupo Aquário: Peixes Peçonhentos, Peixes água salobra, Predadores

Nomes comuns

Peixe Pedra, Peixe Sapo

Inglês: Bullrout, Freshwater bullrout, Freshwater stonefish, Scorpionfish, Waspfish

Distribuição & habitat

Oceania, Queensland e Nova Gales do Sul

Países: Austrália

Habitat: vive em estuários e córregos de água doce com fluxo lento.

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Mapa por Discover Life

Ambiente & parâmetros da água

marinho; Água doce; estuarino demersal; catádromos • pH: 7.0 a 9.0 — Dureza: alta — Clima: tropical; 10°C a 30°C

Tamanho adulto

30 cm (comum 20 cm) — Estimativa de vida: desconhecido

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 80 cm X 40 cm X 40 cm (128L litros) requerido — embora atinja um bom tamanho, trata-se de uma espécie sedentária que passará a maior parte do tempo entocado. Bastante pedras formando refúgios se faz necessário, uma vez que a espécie possui hábitos noturnos e passará a maior parte do dia escondida em algum refúgio.

Espécie pacífica e altamente predadora, comerá qualquer outro peixe que couber em sua boca. Geralmente ele passa boa parte do tempo imóvel, fingindo ser uma pedra, até que alguma presa se aproxima e ele dá o bote, logo então volta a ficar imóvel novamente. Poderá criá-lo com peixes que frequentem o mesmo ambiente e de porte médio, desde que não sejam agressivos, porém o ideal é criá-lo sozinho em aquário.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de camarões, insetos, peixes pequenos e secundariamente plantas. Em cativeiro dificilmente aceitam alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos, filés de peixes e camarões.

Reprodução e dimorfismo sexual

Ovíparo. Sua reprodução em cativeiro é desconhecida.

Dimorfismo sexual Desconhecido.

Galeria de imagens

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Descrição

Possui a cabeça grande com sete espinhos no opérculo; apresenta boca grande com uma mandíbula protuberante; nadadeira dorsal espinhosa é ligeiramente côncava e o último raio dorsal mole é ligado por uma membrana com o pedúnculo caudal. Sua coloração poderá variar de acordo com fase de vida a ambiente, apresentando coloração amarelo pálido ao marrom escuro, com manchas marrom escuro, cinza ou preto pelo corpo. Estas marcações forma por vezes listras irregulares largas

Ocorre em riachos de água doce e áreas costeiras de água salobra, comumente encontrado em riachos de água doce sobre rochas ou lama, próximo de densa vegetação aquática ou resíduos lenhosos. Durante estação chuvosa poderá migrar para estuários, mas comumente frequenta ambiente de água doce.

Espécie sedentária, gasta a maior parte de seu tempo parado na parte inferior de rios entre pedras (daí seu nome popular), substrato ou entre plantas aquáticas a espera de presas. Tanto espécimes juvenis como adultos possuem a nadadeira dorsal, anal e espinhos pélvicos com glândulas venenosas. A picada deste peixe é extremamente dolorosa, portanto seu manuseio deve ser feito com cuidado. Há quem o considere o animal (e peixe) mais venenoso do mundo, podendo ser fatal para alguns seres humanos. Para alívio imediato da dor, mergulhe a área afetada em água quente, porém há relatos que a dor é tão intensa que nem morfina consegue aliviar (questionável).

Referências

  1. Hoese, D.F., D.J. Bray, J.R. Paxton and G.R. Allen, 2006. Fishes. In Beasley, O.L. and A. Wells (eds.) Zoological Catalogue of Australia. Volume 35. ABRS & CSIRO Publishing: Australia Part 1, pp. xxiv 1-670; Part 2, pp. xxi 671-1472; Part 3, pp. xxi 1473-2178.
  2. FAO-FIES, 2013. Aquatic Sciences and Fisheries Information System (ASFIS) species list. Retrieved from http://www.fao.org/fishery/collection/asfis/en, July 2013.
  3. Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott, 1991. World fishes important to North Americans. Exclusive of species from the continental waters of the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ. (21):243 p.
  4. Allen, G.R., S.H. Midgley and M. Allen, 2002. Field guide to the freshwater fishes of Australia. Western Australian Museum, Perth, Western Australia. 394 p.
  5. Riede, K., 2004. Global register of migratory species – from global to regional scales. Final Report of the R&D-Projekt 808 05 081. Federal Agency for Nature Conservation, Bonn, Germany. 329 p.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2014
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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