Borneo redfin Shark (Cyclocheilichthys janthochir)

 
Cyclocheilichthys janthochir (Bleeker, 1854)

Ficha Técnica

Ordem: Cypriniformes — Família: Cyprinidae (Ciprinídeos)

Nomes Comuns: Borneo redfin Shark

Distribuição: Ásia, endêmico da Indonésia

Tamanho Adulto: 20 cm (comum: 16 cm)

Expectativa de Vida: 5 anos +

Comportamento: pacífico, gregário

pH: 5.0 a 6.6 — Dureza: < 6

Temperatura: 22°C a 28°C

Distribuição e habitat

Endêmico da ilha de Bornéu nas províncias Indonesian de Kalimantan Barat (Kalimantan ocidental) e Kalimantan Tengah (Kalimantan central).

Ocorre em águas negras e rios associados a pântanos de turfas. A água é tipicamente manchada na cor marrom devido à liberação de taninos e outros químicos pela decomposição de matéria orgânica composta no substrato como folhas, raízes e galhos caídos.

Este ambiente se caracteriza por apresentar água bastante ácida (4.0 ou menos) e dureza praticamente nula, sendo mal iluminado devido a presença de densa vegetação marginal.

Espécimes juvenis

Descrição

Espécies do gênero Cyclocheilichthys podem ser confundidas facilmente, porém esta espécie é facilmente distinguida pela presença única de manchas vermelhas na nadadeira dorsal e caudal, além de uma listra lateral escura que começa em seu focinho terminando no final do pedúnculo caudal.

Houve alguns problemas de nomenclatura nos últimos anos, ostensivamente porque Cyclocheilichthys e o agora sinônimo Anematichthys foram usados ​​simultaneamente por Bleeker (1859) em referência ao mesmo peixe, C. apogon. A questão foi abordada por Kottelat em 1999, posteriormente mal interpretado por Pasco-Viel, Veran e Variot, 2012, que concluiu que Cyclocheilichthys representa um agrupamento parafilético e dividiu o gênero em dois grupos: Cyclocheilichthys (compreendendo C. enoplos) e Anematichthys (C. apogon , C. armatus e C. repasson ).

Isto foi corrigido por Kottelat (2013), e Cyclocheilichthys atualmente compreende sete espécies com o gênero revalidado.

No lago Danau Sentarum onde a espécie pode ser encontrada, espécies simpátricas incluem Scleropages formosus , Barbonymus gonionotus , B. schwanenfeldii , Crossocheilus nigriloba , Cyclocheilichthys apogon , C. repasson , Epalzeorhynchos kalopterus , Labiobarbus ocellatus , Leptobarbus hoevenii , Luciosoma spilopleura mais vários representantes de Barbodes , Rasbora e Osteochilus.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 100 cm de comprimento e 40 cm de largura desejável.

A decoração não é tão crítica quanto a qualidade da água e a quantidade de espaços abertos oferecidos. Sugerimos mantê-lo em um aquário grande e bem mobilado ou, alternativamente, inserir inúmeras raízes e folhas, além da iluminação fraca.

Desta forma a água ficará manchada com taninos e os peixes desenvolverão coloração mais intensa. As espécies de plantas aquáticas que podem sobreviver sob tais condições incluem Microsorum, Taxiphyllum e Cryptocoryne spp.

Comportamento

De comportamento pacífico, pode ser criado em aquário comunitário embora eventualmente possa incomodar peixes tímidos ou de natação lenta.

É uma espécie gregária por natureza e idealmente deve ser mantido em um grupo de pelo menos seis espécimes. Os peixes mostram cores mais chamativas na presença de congêneres, são menos nervosos e a exibição em geral parecerá mais natural.

Reprodução

Ovíparo. Sua reprodução em cativeiro não é conhecida, mas sabe-se que é similar a dos barbos. Após ritual de acasalamento com macho se exibindo para fêmea, ela dispersará ovos livres próximo ao substrato, que serão fecundados em seguida pelo macho. Não exibem cuidado parental e podem comer alevinos. Larvas eclodem em até 48 horas e nadam livremente após 24 horas.

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Dimorfismo Sexual

As fêmeas adultas tendem a ser mais redondas e ligeiramente maiores que os machos. Machos são mais coloridos.

Alimentação

Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta principalmente de invertebrados tanto aquáticos quanto terrestres, particularmente insetos.

Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos, mas suas cores ficarão mais vibrantes quando fornecido alimentos vivos ou congelados como Bloodworm, Daphnia e Artemia.

Etimologia: Cyclocheilichthys: kyklos (grego) = redondo, círculo + cheilos (grego) = lábio + ichtys (grego) = peixe. Possivelmente em referência aos lábios contínuos neste gênero.

Janthochir; janthinus (latim), que significa “cor violeta” + kheír (grego), que significa “mão”, em referência as nadadeiras peitorais da espécie.

SinônimosSystomus janthochir, Barbus janthochir

Referências

  1. Kottelat, M. and E. Widjanarti, 2005. The fishes of Danau Sentarum National Park and the Kapuas Lakes area, Kalimantan Barat, Indonesia. Raffles Bull. Zool. Supplement (13):139-173.
  2. Kottelat, M., A.J. Whitten, S.N. Kartikasari and S. Wirjoatmodjo, 1993. Freshwater fishes of Western Indonesia and Sulawesi. Periplus Editions, Hong Kong. 221 p.
  3. Roberts, T.R., 1989. The freshwater fishes of Western Borneo (Kalimantan Barat, Indonesia). Mem. Calif. Acad. Sci. 14:210 p.
  4. Weber, M. and L.F. De Beaufort, 1916. The fishes of the Indo-Australian Archipelago. III. Ostariophysi: II Cyprinoidea Apodes, Synbranchi. Brill, Leiden, The Netherlands, 455 p.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Abril/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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