Cascudo Areia (Hypostomus affinis)

 
Hypostomus affinis (Steindachner, 1877)

Cascudo

Ficha Técnica

Ordem: Siluriformes — Família: Loricariidae (Loricarídeos)

Nomes Comuns: Cascudo Areia

Distribuição: América do Sul, bacia do rio Paraíba do Sul

Tamanho Adulto: 39 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

Comportamento: pacífico

pH: 6.0 a 7.4 — Dureza: desconhecido

Temperatura: 22°C a 28°C

Distribuição e habitat

Distribuído na bacia do rio Paraíba do Sul nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo e Minas Gerais (Brasil).

Encontrado em ambiente lêntico e lótico em fundo rochoso ou arenoso. Espécimes jovens habitam a vegetação ripícola ao longo desses habitats.

Descrição

Conhecido no Brasil por inúmeros nomes populares como Cascudo, Acari, Cari, Boi-de-Guará e Uacari.

O peixe Cascudo é um peixe que possui uma couraça recobrindo o seu corpo. Na verdade, são pequenas placas ósseas adaptadas à maneira de escamas, que percorrem o corpo em várias fileiras (de três a quatro), o que confere ao Cascudo aparência visual e sensação tátil de lixa. Seu corpo possui coloração parda com algumas manchas escuras. Sua região ventral é geralmente nua.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 100 cm de comprimento e 40 cm de largura desejável.

Desejável presença de inúmeras raízes e rochas pelo aquário, uma vez que a espécie passa a maior parte de seu tempo aderido a eles. Peixes adultos podem arrancar plantas involuntariamente. Deve-se criar diversos refúgios escuros para a espécie se acomodar.

Comportamento

É um dos maiores Cascudos que pode ser mantido em aquário comunitário com peixes de grande porte, mesmo espécies semi-agressivas. De comportamento pacífico, é amplamente criado com peixes de grande porte (jumbos), porém, pode se tornar territorial com outros Cascudos, principalmente se não houver refúgios suficientes para abrigá-lo ou o aquário for pequeno.

Reprodução

Ovíparo. Os ovos são colocados em superfícies verticais abertas, como vegetação ou rochas submersas, em uma única camada que são guardados pelo macho.

Dimorfismo Sexual

Seu dimorfismo sexual é um tanto difícil, comparando a papila genital de peixes adultos, os machos apresentam este papila projetada, enquanto fêmeas é menos evidente e plano junto ao corpo. Outra característica é as fêmeas possuírem o ventre mais roliço que os machos.

Alimentação

É um peixe detritívoro e bentônico, alimentando-se de detritos do fundo dos rios, participando da fase de pré-mineralização da matéria orgânica presente no substrato lodoso.

Em aquário deverá ser ministrado alimentos alternativos como vegetais frescos. Uma vez aceite alimentos secos, forneça rações a base vegetal e spirulina regularmente.

Etimologia: Hypostomus, hipo (grego) = inferior + estoma (grego) = boca

SinônimosPlecostomus affinis

Referências

  1. Burgess, W.E., 1989. An atlas of freshwater and marine catfishes. A preliminary survey of the Siluriformes. T.F.H. Publications, Inc., Neptune City, New Jersey (USA).
  2. Albieri, R.J., M.R. Costa, A.B.I. Santos, R.C. Albieri and F.G. Araújo, 2014. Weight-length relationships of 22 fish species from the Paraíba do Sul River in Rio de Janeiro State, southeastern Brazil. J. Appl. Ichthyol. 30:431-433.
  3. da Costa, M.R., T. Moreti and F.G. Araújo, 2014. Length-weight relationships of 20 fish species in the Guandu River, Rio de Janeiro State, Southeastern Brazil. J. Appl. Ichthyol. 30:200-201.
  4. Duarte, S. and F.G. Araújo, 2002. Fecundity of the Hypostomus affinis (Siluriformes, Loricariidae) in the Lajes Reservoir, Rio de Janeiro, Brazil. Rev. Biol. Trop. 50(1):193-197.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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