Iheringichthys labrosus (Lütken, 1874)
Ficha Técnica
Ordem: Siluriformes — Família: Pimelodidae (Pimelodídeos)
Nomes Comuns: Mandi bicudo, Mandi beiçudo
Distribuição: América do Sul, bacia do Paraná e Uruguai
Tamanho Adulto: 33 cm (comum 25 cm)
Expectativa de Vida: 10 anos +
Comportamento: pacífico, predador
pH: 6.0 a 8.0 — Dureza: indiferente
Temperatura: 22°C a 28°C
Distribuição e habitat
Distribuído na bacia do rio Paraná e rio Uruguai na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. No Brasil ocorre nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Descrição
Os indivíduos desta família são peixes de couro, com grandes variações cromáticas e até estruturais. Tem o corpo alongado a ligeiramente comprimido, alto, no início da nadadeira dorsal, afunilando em direção à cabeça e à nadadeira caudal. Sua cabeça é cônica com os olhos situados lateralmente. Nadadeira caudal bifurcada e inúmeros barbilhões ao redor da boca. Os barbilhões maxilares ultrapassam a metade do corpo.
Possui esporões farpados nas nadadeiras peitorais e dorsal bastante rígido que podem causar dolorosa ferida, caso não sejam manuseados com cautela. Embora inofensiva, a sensação ao ser picado é bastante desagradável com dor aguda e inchaço local. A toxina responsável está contida no muco que reveste o espinho.
Criação em Aquário
Aquário com dimensões mínimas de 120 cm de comprimento e 40 cm de largura desejável.
Aquário com substrato arenoso e macio desejável, assim como iluminação moderada e esconderijo formado por troncos e plantas se faz necessário para abrigar a espécie. Em condição de pouca iluminação poderá vê-lo nadar com mais frequência, caso contrário, somente na hora da alimentação fará com que apareça e nade pelo aquário.
Comportamento
Apresenta comportamento pacífico, pode ser criado em aquário comunitário desde que evite peixes pequenos o suficiente para caber em sua boca, assim como peixes de grande porte que poderão comê-lo e acabarão se engasgando com os espinhos venenosos podendo levar ambos a falecer. Quando mantidos em grupo se mostram menos tímidos.
Reprodução
Ovíparo. Sua reprodução é desconhecida, supõe-se ser similar a outras espécies de Mandis.
Dimorfismo Sexual
Dimorfismo sexual desconhecido.
Alimentação
Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de moluscos bivalves, gastrópodes, larvas de Dípteros, vermes e insetos terrestres. Encontrado algas diatomáceas em seu estomago, que podem ser ingeridas indiretamente.
Etimologia: Iheringichthys, em homegagem ao naturalista Hermann von Iherin (1850-1930), que chegou ao Brasil em 1880 e se instalou no Rio Grande. Especialista em aves, peixes e moluscos.
Sinônimos: Pimelodus labrosus
Referências
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- Freitas-Souza, D., A.B. Nobile, F.P. Lima, S.G.C. Britto and M.G. Nogueira, 2016. Length-weight relationships for 11 species at three small hydropower plants on the Sapucaí-Mirim River (Grande River basin, Rizal). J. Appl. Ichthyol.
- FUEM-NUPÉLIA/SUREHMA/ITAIPU BINACIONAL, 1987. Relatório anual do projeto “Ictiofauna e biologia pesqueira”. Nupélia, Universidade Estadual de Maringá. Universidade Estadual de Maringá, Maringá:
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- Silveira, E.L. and A.M. Vaz-dos-Santos, 2015. Length-weight relationships for 22 neotropical freshwater fishes from a subtropical river basin. J. Appl. Ichthyol.
- Zaniboni Filho, E., S. Meurer, O.A. Shibatta and A.P. de Oliverira Nuñer, 2004. Catálogo ilustrado de peixes do alto Rio Uruguai. Floriano?polis : Editora da UFSC : Tractebel Energia. 128 p. :col. ill., col. maps ; 25 cm.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2017
Colaboradores (collaboration): –
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