Killifish (Campellolebias dorsimaculatus)

 
Campellolebias dorsimaculatus (Costa, Lacerda & Brasil, 1989)

 Foto cedida por It Rain Fishes

Ficha Técnica

Ordem: Cyprinodontiformes — Família: Rivulidae (Rivulídeos)

Nomes Comuns: Não possui

Distribuição: América do Sul; endêmico da bacia do rio Ribeira de Iguape

Tamanho Adulto: 4 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

Comportamento: pacífico

pH: 6.0 a 7.0 — Dureza: 2 a 10

Temperatura: 22°C a 28°C

Distribuição e habitat

Endêmico da bacia do rio Ribeira de Iguape em São Paulo (Brasil).

Ocorre em poças temporárias na orla da floresta, de águas ácidas

Descrição

Existem diferentes populações de C. dorsimaculatus, a cada uma é dado o nome do local onde foram coletadas para facilitar a identificação e evitar a mistura de populações diferentes.

Esta espécie está ameaçada na natureza, devido ao avanço da urbanização das áreas de sua ocorrência.

Espécime macho

Foto cedida por It Rain Fishes

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 30 cm de comprimento e 20 cm de largura desejável.

A decoração do aquário deverá ser preferencialmente composta por plantas como musgos.

São encontrados em áreas de floresta primária, então não gostam de iluminação muito forte e, embora a faixa de pH seja um pouco ampla, devem ser mantidos em pH mais ácido. A água deve ser escura e o aquário deve oferecer abrigos para a fêmea poder evitar o macho quando necessário.

Comportamento

Em geral apresenta comportamento pacífico, exceto machos que são agressivos e territorialistas entre si.

Deve-se evitar criar em aquário comunitário.

Reprodução

É um killifish anual, desovam no substrato. Os ovos são fertilizados internamente pelo uso de um gonopódio,  característico para as espécies deste gênero.

Como anuários, eles vivem em água estagnada temporária perto dos rios. Depois de alguns dias, a fêmea libera os ovos livremente no substrato. Estes ovos precisam de cerca de 8 a 12 semanas para eclodirem a uma temperatura de cerca de 25°C. 

Atingem a maturidade sexual com cerca de dois meses de vida.

Espécime fêmea

Foto cedida por It Rain Fishes

Dimorfismo Sexual

Machos são maiores e mais coloridos, apresentam nadadeiras mais compridas, ventre retilíneo e um pseudogonopódio. Fêmea é menor com o ventre mais roliço, além de cores mais pálidas e nadadeiras mais curtas.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de vermes, crustáceos e insetos.

Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos sem dificuldades. Fornecer alimentos vivos regularmente como artêmias, daphnias, enquitréias e larvas de mosquitos.

Etimologia:

O gênero é em homenagem a Gilberto Campello Brasil, o ictiologista que descobriu o gênero pela primeira vez, em 1974 e o epíteto é dado por sua nadadeira dorsal (latim = dorsum) de coloração “manchada” (latim = maculatus) presente nos machos.

Sinônimos: não possui

Referências

  1. Costa, W.J.E.M., 2003. Rivulidae (South American Annual Fishes). p. 526-548. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  2. Huber, J.H., 1996. Killi-Data 1996. Updated checklist of taxonomic names, collecting localities and bibliographic references of oviparous Cyprinodont fishes (Atherinomorpha, Pisces). Société Française d’Ichtyologie, Muséum National d’Histoire Naturelle, Paris, France
  3. Citação: Fundação Biodiversitas, 2003. Lista das Espécies Ameaçadas da Fauna Brasileira
  4. Campellolebias dorsimaculatus em Sekai Scaping – Por Cinthia Emerich

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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