Iguanodectes spilurus (Günther, 1864)
Ficha Técnica
Ordem: Characiformes — Família: Iguanodectidae
Nomes Comuns: Piaba, Tetra Lagarto/Iguana — Inglês: Green line lizard tetra
Distribuição: América do Sul, bacias dos rios Amazonas, Essequibo, Orinoco e Tocantins
Tamanho Adulto: 10.1 cm
Expectativa de Vida: desconhecido
Comportamento: pacífico
pH: 5.0 a 7.4 — Dureza: 2 a 6
Temperatura: 23°C a 28°C
Distribuição e habitat
Amplamente distribuído nas bacias dos rios Amazonas, Essequibo, Orinoco e Tocantins.
A localidade tipo é ‘Rio Cupai [= Rio Cupari], bacia do rio Tapajós, drenagem do rio Amazonas, estado do Pará, Brasil. No Brasil pode ser encontrado nos estados do Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia.
Ocorre em riachos de águas escuras e fluxo rápido, além de áreas inundadas.
Descrição
Pode ser confundido com Iguanodectes geisleri, mas distinguido pela presença (versus ausência em I. adujai) de uma faixa lateral preta sob a faixa vermelha no corpo.
Apresenta corpo alongado e comprimido lateralmente, forma cônica que favorece picos de velocidade.
Esta espécie é a mais difundida do gênero, conhecido como Piaba no Brasil. Pode ser distinguido de outros membros do gênero por suas nadadeiras translúcidas dorsais e anais, ausência da listra lateral vermelha no corpo e marcação escura no pedúnculo caudal.
No rio Manuripi na Bolívia, foi registrado coexistir com várias outras espécies, incluindo Carnegiella myersi , C. strigata , Hemigrammus unilineatus , H. lunatus , H. neptunus , Hyphessobrycon pando , Moenkhausia sanctaefilominae , M. coletti , M. oligolepis , M. dichroura , Gymnocorymbus thayeri , Nannostomus trifasciatus , Iguanodectes spilurus , Paragoniates alburnus , Prionobrama filigera e Pyrrhulina vittata.
Criação em Aquário
Aquário com dimensões mínimas de 100 cm de comprimento e 40 cm de largura desejável.
A decoração do aquário deverá conter preferencialmente substrato arenoso e algumas raízes, embora a espécie também irá apreciar um aquário densamente plantado. A água deve ser macia e ácida, e idealmente âmbar para lembrar o habitat original desse peixe. Os taninos de raízes lançadas na água terão o efeito desejado.
Esta espécie é sensível a condições de água precárias e nunca deve ser introduzida em aquários biologicamente imaturos.
Comportamento
Costuma ser pacífico sendo ideal para aquário comunitário com peixes de porte e comportamento semelhante.
Procure manter um grupo de pelo menos 10 espécimes. A interação entre os machos rivais é interessante de se observar e exibirão cores bastante chamativas quando competem por atenção feminina ou posição hierárquica dentro do grupo.
Mantenha mais fêmeas do que machos, se possível, para evitar que elas sejam assediadas excessivamente.
Reprodução
Ovíparo. Similar dos pequenos Caracídeos, fêmea desova livremente e parceladamente em meio a plantas ou substrato. Pais não cuidam da progênie.
Dimorfismo Sexual
Os machos nupciais desenvolvem ganchos (uma espécie de aba) sobre os raios da nadadeira anal anterior.
Alimentação
Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de pequenos invertebrados, crustáceos, algas filamentosas, frutas caídas e sementes.
Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos.
Etimologia: Iguanodectes;Arawak, iwana = o nome de um lagarto; citado por Cristóbal Colón, deu também o nome à ilha de Guanahani.
spilurus: do grego antigo σπῖλος (spilos), que significa ‘ponto, mancha’, e οὐρά (oura), que significa ‘cauda’, em referência ao ponto escuro em seu pedúnculo caudal.
Sinônimos: Iguanodectes tenuis, Piabuca spilurus
Referências
- Moreira, C., 2003. Characidae – Iguanodectinae (Characins, tetras). p. 172-181. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
- Ortega, H. and R.P. Vari, 1986. Annotated checklist of the freshwater fishes of Peru. Smithson. Contrib. Zool.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Fevereiro/2018
Colaboradores (collaboration): –
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