Jacundá (Crenicichla notophthalmus)

 
Crenicichla notophthalmus  Regan, 1913

Ficha Técnica

Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Nomes Comuns: Jacundá, Joaninha

Distribuição: América do Sul, bacia Amazônica

Tamanho Adulto: 7.6 cm

Expectativa de Vida: 5 anos +

Comportamento: agressivo

pH: 6.5 a 7.5 — Dureza: desconhecido

Temperatura: 24°C a 28°C

Distribuição e habitat

Distribuído na bacia Amazônica, no baixo do rio Negro. Endêmico do Brasil, é encontrado nos estados do Amazonas e Pará.

Descrição

Corpo alongado e focinho pontiagudo.

Existem mais de 100 espécies no gênero Crenicichla, eles foram divididos em grupos para facilitar sua identificação. Esta espécie pertence ao grupo conhecido como Jacundás Anões (Dwarf pike), que inclui espécies heterogêneas e seu traço característico é o pequeno tamanho (esses peixes não excedem 12 cm de comprimento).

Preferências de habitat dentro do grupo são muito variadas. Espécies reofílicas como C. heckeliC. urosema e C. compressiceps habitam água corrente e viajam longas distâncias por causa de sua natação ativa, enquanto outros Crenicichla que pertencem a este grupo, por exemplo Crenicichla jupiaensis, habitam águas paradas e não se locomovem tanto.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 100 cm de comprimento e 40 cm de largura desejável.

Forneça um aquário com muitos esconderijos, especialmente usando pedaços de troncos e folhas espalhadas pelo substrato. Plantas também podem ser utilizadas.

Embora apresentem porte pequeno, eles nadam bastante (e podem ser incrivelmente rápidos), portanto, requerem aquários maiores do que outros peixes de tamanho similar.

Comportamento

Pode ser muito agressivo, daí a exigência de um aquário grande em relação ao tamanho deste peixe.

Apenas mantenha peixes maiores e robustos. Em seu estado selvagem raramente come peixes pequenos, porém em aquário qualquer peixe com metade de seu tamanho poderá ser visto como alimento.

Reprodução

Ovíparo. Após ritual de acasalamento precede a desova em cavernas ou depressões no substrato.

Principalmente a fêmea que cuidará dos ovos e das larvas; o macho ajudará esporadicamente a limpar os ovos para não fungarem.

As larvas geralmente eclodem após quatro dias e, após cerca de uma semana, os alevinos nadam livremente e saem da toca, ainda sob supervisão dos pais pelas próximas semanas.

Dimorfismo Sexual

Os machos sexualmente maduros são um pouco maiores que as fêmeas, e a nadadeira dorsal é levemente pontuda, enquanto as fêmeas têm barriga mais arredondada.

Alimentação

Onívoro. São predadores típicos. Em seu ambiente natural se alimenta de pequenos crustáceos e larvas de insetos que encontram entre as rochas. Possuem uma boa visão noturna e muitas vezes se alimentam no escuro.

Em cativeiro pode demorar a aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido filé de peixes e camarões. Uma vez adaptado ao aquário aceitará alimentos secos, devendo ser fornecido em conjunto, além dos alimentos citados, espinafre e ervilhas cozidas periodicamente.

EtimologiaCrenicichla (latim), crenulatus = corte, cortado + kichle (grego) = ciclídeo

Sinônimos: não possui.

Referências

  1. Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. (Ref. 36377)

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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