Crenicichla brasiliensis (Bloch, 1792)
Ficha Técnica
Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)
Nomes Comuns: Jacundá, Joaninha
Distribuição: América do Sul, bacia Amazônica
Tamanho Adulto: 7.8 cm
Expectativa de Vida: 5 anos +
Comportamento: agressivo
pH: 6.5 a 7.5 — Dureza: desconhecido
Temperatura: 24°C a 28°C
Distribuição e habitat
Endêmico do Brasil, ocorre nos estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Descrição
Corpo alongado e focinho pontiagudo.
Existem mais de 100 espécies no gênero Crenicichla, eles foram divididos em grupos para facilitar sua identificação. Esta espécie pertence ao grupo conhecido como Jacundás Anões (Dwarf pike), que inclui espécies heterogêneas e seu traço característico é o pequeno tamanho (esses peixes não excedem 12 cm de comprimento).
Preferências de habitat dentro do grupo são muito variadas. Espécies reofílicas como C. heckeli, C. urosema e C. compressiceps habitam água corrente e viajam longas distâncias por causa de sua natação ativa, enquanto outros Crenicichla que pertencem a este grupo, por exemplo Crenicichla jupiaensis, habitam águas paradas e não se locomovem tanto.
Criação em Aquário
Aquário com dimensões mínimas de 100 cm de comprimento e 40 cm de largura desejável.
Forneça um aquário com muitos esconderijos, especialmente usando pedaços de troncos e folhas espalhadas pelo substrato. Plantas também podem ser utilizadas.
Embora apresentem porte pequeno, eles nadam bastante (e podem ser incrivelmente rápidos), portanto, requerem aquários maiores do que outros peixes de tamanho similar.
Comportamento
Pode ser muito agressivo, daí a exigência de um aquário grande em relação ao tamanho deste peixe.
Apenas mantenha peixes maiores e robustos. Em seu estado selvagem raramente come peixes pequenos, porém em aquário qualquer peixe com metade de seu tamanho poderá ser visto como alimento.
Reprodução
Ovíparo. Após ritual de acasalamento precede a desova em cavernas ou depressões no substrato.
Principalmente a fêmea que cuidará dos ovos e das larvas; o macho ajudará esporadicamente a limpar os ovos para não fungarem.
As larvas geralmente eclodem após quatro dias e, após cerca de uma semana, os alevinos nadam livremente e saem da toca, ainda sob supervisão dos pais pelas próximas semanas.
Dimorfismo Sexual
Os machos sexualmente maduros são um pouco maiores que as fêmeas, e a nadadeira dorsal é levemente pontuda, enquanto as fêmeas têm barriga mais arredondada.
Alimentação
Onívoro. São predadores típicos. Em seu ambiente natural se alimenta de pequenos crustáceos e larvas de insetos que encontram entre as rochas. Possuem uma boa visão noturna e muitas vezes se alimentam no escuro.
Em cativeiro pode demorar a aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido filé de peixes e camarões. Uma vez adaptado ao aquário aceitará alimentos secos, devendo ser fornecido em conjunto, além dos alimentos citados, espinafre e ervilhas cozidas periodicamente.
Etimologia: Crenicichla (latim), crenulatus = corte, cortado + kichle (grego) = ciclídeo
Sinônimos: não possui.
Referências
- Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
- Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil
- (101171). Brunken, H., M. Winkler, W. Severi, A.C.A. El-Deir, M.C.F. Soares and G.M.T. Calazans, 2015. Atlas digital de peixes de Pernambuco. Available at: http://www.atlas-peixes-pe.com/. Accessed in April 2015.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2018
Colaboradores (collaboration): –
Faça um comentário