Acará Prata (Chaetobranchopsis australis)

 
Chaetobranchopsis australis (Eigenmann & Ward, 1907)
Foto gentilmente cedida por Ciclídeos Online – http://www.ciclidosonline.com.ar

Ficha Técnica

Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae

Nomes Comuns: Acará Prata, Cará

Distribuição: América do Sul, bacias do Paraguai e Paraná

Tamanho Adulto: 12 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

Comportamento: pacífico

pH: 6.0 a 7.0 — Dureza: 1 a 16

Temperatura: 24°C a 29°C

Distribuição e habitat

Distribuído nas bacias dos rios Paraná e Paraguai no Brasil e no Paraguai, além do rio Paraná próximo da foz do rio Paraguai na Argentina. Provavelmente disseminado na bacia do rio Amazonas na Bolívia e no Brasil.

No Brasil é encontrado no estado do Mato Grosso do Sul.

Ocorre em pântanos e áreas alagadas rasas, quase estagnadas, que podem ser límpidas ou carregadas de sedimentos. Um peixe tranquilo que encontra abrigo entre os as plantas aquáticas ou entre as raízes das árvores.

Foto gentilmente cedida por Ciclídeos Online – http://www.ciclidosonline.com.ar

Descrição

Pertence a um pequeno grupo de ciclídeos planctívoros e filtradores. Atualmente existem duas espécies no gênero, Chaetobranchopsis orbicularis e C. australis. O gênero Chaetobranchus, intimamente relacionado, contém duas espécies, flavescens e semifasciatus.

A maneira mais fácil de distinguir os dois gêneros é contar os raios espinhosos na nadadeira anal. Chaetobranchopsis tem três, enquanto Chaetobranchus tem cinco a seis. Chaetobranchopsis australis possui manchas pretas em quase todo seus flancos, localizado logo abaixo e acima da linha lateral. C. orbicularis tem uma faixa longitudinal levemente diagonal, parte da qual é composta por um quadrado mais escuro em uma posição similar a marca preta do australis.

Pode ocorrer em conjunto com as seguintes espécies: Hoplosternum littorale, Parauchenipterus galeatus, Chaetobranchus flavescens, Pterophyllum scalare, Heros efasciatus, Mesonauta guyanae e Hypselecara temporalis.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 100 cm de comprimento e 40 cm de largura desejável.

Embora não atinja um tamanho considerável, deve ser mantido em pequeno grupo. Daí a necessidade de um aquário espaçoso. A decoração do aquário deverá conter substrato arenoso, uma vez que se alimentam filtrando o substrato.

Comportamento

Seu comportamento é pacífico, mas pode se tornar agressivo ou territorialista em época de reprodução ou competição por alimentos. Pode ser mantido em aquário comunitário com peixes de porte similar.

Foto gentilmente cedida por Aquarium Glaser – www.aquariumglaser.de

Reprodução

Ovíparo. Sabe-se apenas que desovam em pequenas depressões no substrato ou em cavernas, no entanto, não há muita informação disponível sobre a sua reprodução.

Dimorfismo Sexual

São monomórficos, ou seja, machos e fêmeas possuem aparência semelhantes.

Alimentação

Apesar da boca enorme, este peixe não é um predador e tem poucos dentes. Se alimenta filtrando alimentos junto ao substrato, o que sugere ter hábito alimentar planctívoro e micrófago, ou seja, se alimenta de pequenas partículas ou de seres microscópicos ocorrentes junto ao substrato.

Em aquário poderá demorar a aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos alternativos como dáfnias, artêmia e outros similares.

Etimologia: Chaetobranchopsis, do grego chaite = cabelo + grego brangchia = brânquias + grego, opsis = aparência

Sinônimos: Chaetobranchopsis australe

Referências

  1. Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  2. Skelton, P.H., 2001. A complete guide to the freshwater fishes of southern Africa. Cape Town (South Africa): Struik Publishers.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Maio/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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