Os moradores de Paris que não podem mais cuidar de seus peixes podem levá-los ao aquário da cidade.
Muitos visitantes não sabem, mas, entre os 7,5 mil peixes que vivem lá, cerca de 600 foram deixados por antigos proprietários.
“Meu peixe não para de crescer, ele tenta atacar meus outros peixes, por isso, decidi deixá-lo aqui. Sei que vai ficar melhor aqui com outros peixes do que em um lago com predadores”, afirma a menina Cléophee à AFP.
Redescoberta
Todos os peixes passam um período em quarentena para se tratar de possíveis doenças, ou mesmo de estresse, antes de seguir para um aquário maior. Neste período eles redescobrem a vida em comunidade.
Alexis Powilewicz, responsável pelo Aquário de Paris, afirma que os animais não são objetos de decoração e precisam de condições especiais para viver bem em uma casa.
“Um peixe decorativo num pequeno aquário, dentro de uma cozinha, é na verdade um mau-trato contra o animal. É preciso que um peixe tenha 100 litros de água, respeitar o ciclo de nitrogênio, que ele tenha um companheiro. Nessas circunstâncias o peixe pode se desenvolver bem”, disse o responsável pelo Aquário de Paris.
Cuidados especiais
Biólogos que trabalham no aquário falam com os visitantes sobre os cuidados que devem ter com os peixes.
Em aquários sem sistema de filtragem adaptado, os peixes sofrem com as trocas de água frequentes, com a mudança de temperatura da água e com a falta de oxigênio.
Os Carassius auratus, também conhecidos como peixinhos dourados, preferem viver em grupo e precisam de espaço para crescer. Em um aquário pequeno, sua expectativa de vida é de quatro anos. Porém, se criados em boas condições, eles podem chegar a 30 centímetros e viver 20 anos.
Fonte: G1 de Globo.com
Publicado em 24/08/2018
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