Seis carcaças de tubarão-branco apareceram numa praia da África do Sul com um detalhe muito peculiar: todos estavam sem o fígado, o qual havia sido extraído de forma muito precisa. Quem teria feito isto?
Um ano depois os pesquisadores da Fundação Dyer Island Conservation Trust chegaram àquela que pode ser a resposta: foram outras gigantes do Oceano, as orcas, capazes de alcançar os nove metros de comprimento e pesar até duas toneladas . As informações são da agência BBC.
Um das biólogas marinhas da fundação sul-africana, Alison Towner, citou que houve uma precisão “quase cirúrgica”. As orcas teriam se organizado em grupo de tal maneira que conseguiram desarmar os fortes oponentes (um deles pesava 1,1 tonelada e media 5 metros), e com mordidas certeiras extraíram apenas o fígado.
De acordo com os pesquisadores, já é de conhecimento científico que a espécie possui grande habilidade com os lábios, mas poucos podiam imaginar que seria tão eficiente diante de um poderoso tubarão-branco.
“O fígado de um tubarão-branco pode pesar cerca de 90 kg, é um órgão enorme, mas as orcas o extraíram com grande precisão”, explica Alison.
O porquê de terem comido apenas o órgão e não o restante da presa ainda não foi totalmente esclarecido, mas especula-se que seja pela vasta quantidade de nutrientes presentes.
A suspeita recaiu sobre as orcas porque enquanto havia registros de que estavam na região de Gansbaai, no sul da África do Sul, não havia mais tubarões. E assim que elas passaram a caçar em outras áreas, os tubarões voltaram. Este, inclusive, é um comportamento típico dos tubarões-brancos.
Fonte: Revista Pesca & Companhia
Publicado em Agosto/2018
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