Lambari, Piaba (Phenacogaster apletostigma)

 

Phenacogaster apletostigma (Lucena & Gama, 2007)

Espécime macho de Phenacogaster apletostigma

Nome Popular: Lambari, Piaba *

Ordem: Characiformes — Família: Characidae (Caracídeos)

Distribuição: América do Sul, sistema do rio Araguari (Amapá, Brasil)

Tamanho Adulto: 4.1 cm

Expectativa de Vida: 3 a 5 anos +

pH: 5.0 a 7.0 — Dureza: —

Temperatura: 24°C a 28°C

Aquário Mínimo: 60 cm (comprimento) X 30 cm (largura) desejável — Prefere aquário com bastante plantas formando áreas sombreadas. Mostram-se mais coloridos e ativos quando mantidos em aquário densamente plantado. Pode-se adicionar raízes e folhas secas (opcional) como decoração.

Comportamento & Compatibilidade: É uma espécie pacífica e gregária que forma hierarquia livre, podendo ser mantido em aquário comunitário com peixes de tamanho diminuto. Será importante manter em cardume com pelo menos 10 espécimes para que mostrem seu comportamento natural e cores mais realçadas.

Alimentação: Presume-se que sua alimentação seja similar a de outros pequenos caracídeos, sendo composta por vermes e pequenos crustáceos, mesofauna, algas, detritos, frutos, etc. Em aquário aceitará prontamente alimentos secos e vivos.

Reprodução: Ovíparo. O macho conduzirá a fêmea liberar os ovos, que serão fecundados e sua maioria irá para o fundo do substrato ou aglomerado de plantas. Eclodem em até dois dias e larvas estarão nadando livremente em até 48 h. Pais não exibem cuidado parental.

Dimorfismo Sexual: Machos apresentam ganchos nos raios das nadadeiras anal, pélvicas e peitorais. As fêmeas são mais altas e apresentam a mancha umeral mais escura que a dos machos, com a região inferior situada sobre as escamas da linha lateral, não a ultrapassando. Nos machos, a mancha umeral é mais clara e atinge a parte superior da escama imediatamente abaixo da linha lateral, situada entre a sétima e oitava escama da linha lateral. A mancha do pedúnculo caudal é mais clara nos machos. Machos com diminutas papilas em forma de gancho ao longo da região mediana do mento. (Lucena 2007)

Biótopo: Ocorre em margens dos canais principais de rios de pouca correnteza e com fundo de folhiço, próximo às desembocaduras de pequenos igarapés temporários. Na localidade-tipo (rio Santo Antônio), os espécimes foram coletados em água com temperatura de 24,5ºC e pH 5,17. Nos igarapés temporários dentro da mata, que aparecem somente no período de chuvas (dezembro a julho), os espécimes foram capturados em locais com profundidade máxima de 0,5 m e fundo de areia. (Lucena 2007)

Etimologia: Phenacogaster, do grego phenaks, que significa ‘trapaceiro, impostor’, e gaster, que significa ‘barriga, estômago’. O nome específico apletostigma, do grego apletos (imensa) e stigma (marca) é dado em referência à grande mancha umeral, característica da espécie.

Sinônimos: não possui.

Informações adicionais: Distribuído no sistema do rio Araguari, situado na Floresta Nacional do Amapá e Reserva de Desenvolvimento Sustentável do rio Iratapuru (Brasil).

Phenacogaster apletostigma sp. nov. distingue-se por apresentar uma grande mancha umeral verticalmente alongada que se estende desde a linha lateral até quase o dorso do corpo e apresenta um prolongamento na porção ântero-dorsal. Tanto a forma quanto o tamanho da mancha não são encontrados em nenhuma outra espécie do gênero e é aqui considerada uma autapomorfia da espécie. (Lucena 2007)

*Lambari e Piaba são nomes comuns utilizados no Brasil para designar dezenas de pequenos caracídeos.

Espécime fêmea de Phenacogaster apletostigma

Referências:

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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