Chilodus (Chilodus gracilis)

 

Chilodus gracilis  (Isbrücker & Nijssen, 1988)

Nome Popular: Chilodus, Cabeça para Baixo — Inglês: Headstander

Ordem: Characiformes — Família: Chilodontidae (Chilodontídeos)

Distribuição: América do Sul, bacia do rio Amazonas.

Tamanho Adulto: 6.4 cm (comum: 4 cm)

Expectativa de Vida: 3 a 5 anos +

pH: 6.0 a 7.4 — Dureza: 5 a 12

Temperatura: 23°C a 28°C

Aquário Mínimo: 80 cm (comprimento) X 30 cm (largura) desejável — Prefere aquário com plantas formando áreas sombreadas. Mostram-se mais coloridos e ativos quando mantidos em aquário plantado com áreas abertas para natação. Pode-se adicionar raízes e folhas secas (opcional) como decoração.

É sensível a resíduos orgânicos dissolvidos e nunca deve ser introduzido em um aquário biologicamente imaturo.

Comportamento & Compatibilidade: É uma espécie pacífica e gregária que forma hierarquia livre, podendo ser mantido em aquário comunitário com peixes de tamanho diminuto. Será importante manter em cardume com pelo menos 10 espécimes para que mostrem seu comportamento natural e cores mais realçadas.

Alimentação: Onívoro. Naturalmente se alimenta de algas e micro fauna associada, insetos e suas larvas, além de frutos terrestres. Em aquário aceitará prontamente alimentos vivos e secos, devendo ser fornecido regularmente Spirulina e alimentos de origem vegetal como espinafre, alface, pepino e afins.

Reprodução: Ovíparo. Sua reprodução em cativeiro é desconhecida. Presumivelmente, é um dispersor de ovos que não exibe cuidado parental, desovando no início da estação chuvosa.

Dimorfismo Sexual: Machos adultos desenvolvem nadadeira dorsal ligeiramente mais estendida do que as fêmeas, enquanto estas últimas tendem a ser ligeiramente maiores e mais roliças, principalmente na região ventral.

Biótopo: Ocorre em riachos de águas lênticas.

Etimologia: Chilodus do Grego, cheilos = lábio + grego, odous = dentes. Gracilis, latim = gracioso

Sinônimos: não possui.

Informações adicionais: Endêmico do Brasil, distribuído na região central do rio Amazonas.

Apresenta comportamento peculiar sempre nadando com a cabeça voltada para baixo, num ângulo de 45°. Possui a bexiga natatória localizada mais próximo à cauda do que a maioria dos peixes, o que claramente remete a uma adaptação para tornar esta posição de natação incomum mais facilitada.

A razão deste comportamento é desconhecida, supõe-se que seja devido seu hábito alimentar procurando alimentos em rachaduras, fissuras e outros locais difíceis de se alcançar. Esta posição permite-lhes essa manobrabilidade extra, para ser mais bem sucedido em sua busca.

Outros fatores podem influenciar neste comportamento. Dado seu padrão listrado aliado a sua forma de nadar, pode servir de camuflagem em meio a raízes e folhas.

Outro fator plausível é que muitos predadores em potencial podem ser confundidos por um peixe que não segue o que eles instintivamente vêem como um comportamento típico de suas presas, transmitindo a imagem de um peixe doente. Mas são somente suposições, não existe estudos que corroboram o porque deste comportamento.

Referências:

  • Eschmeyer, W.N. (ed.), 1998. Catalog of fishes. Special Publication, California Academy of Sciences, San Francisco. 3 vols
  • Vari, R.P. and H. Ortega, 1997. The new Chilodus species from southeastern Peru (Ostariophysi: Characiformes: Chilodontidae): description, phylogenetic discussion, and comments on the distribution of other chilodontids. Ichthyol. Explor. Freshwat.
  • Vari, R.P. and S.J. Raredon, 2003. Chilodontidae (Headstanders). p. 85-86. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2018
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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