Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus)

 

Phractocephalus hemioliopterus (Bloch & Schneider, 1801)

Nome Popular: Pirarara, Uarara — Inglês: Redtail catfish

Ordem: Siluriformes — Família: Pimelodidae (Pimelodídeos)

Distribuição: América do Sul, bacias dos rios Amazonas e Orinoco

Tamanho Adulto: 150 cm (comum 60 cm)

Expectativa de Vida: 20 anos +

pH: 5.5 a 7.5 — Dureza: < 10

Temperatura: 20°C a 26°C

Aquário Mínimo: Não recomendamos a criação desta espécie em aquário devido seu enorme tamanho quando adulto, exceto se possuir um tanque com capacidade de pelo menos 10.000L ou exposição em aquário público.

A decoração do aquário é indiferente, porém uma instalação simples e eficaz consiste no uso de substrato arenoso e raízes formando refúgios. Iluminação deverá ser preferencialmente fraca. Assegure-se de que qualquer decoração seja pesada o suficiente ou presa ao tanque de alguma forma, e que haja bastante espaço aberto para natação.

A escolha do substrato pode ser problemático, uma vez que a maioria dos tipos de cascalho podem ser engolidos ou ficar presos nas guelras do peixe. Areia é o mais indicado, porém se for muito fina poderá se espalhar pelo aquário facilmente. Uma camada de pedras grandes e lisas é a melhor opção. Alternativamente, você pode deixar sem o substrato, o que certamente tornaria a limpeza do tanque uma tarefa mais fácil.

Comportamento & Compatibilidade: Embora não hesite em comer qualquer peixe menor, incluindo peixes com metade de seu tamanho, é bastante pacífico e pode ser mantido junto de outras espécies de tamanho similar em um ambiente adequado. É territorial com outros Pimelodídeos.

Alimentação: Um predador oportunista em seu ambiente natural, se alimentado de peixes, invertebrados e frutos caídos. Em cativeiro apreciará camarões, mexilhões, minhocas e file de peixes. Tente manter uma dieta variada para evitar que vicie em um alimento em particular e passe a recusar outros tipos de alimentos. Tome cuidado para não superalimentar, por se tratar de um predador sedentário pode acabar se tornando obeso facilmente, especialmente quando alimentado com uma dieta rica em proteínas. Isso pode levar a problemas de saúde a longo prazo. Alimente todos os dias quando juvenil, mas à medida que o peixe cresce, reduza a frequência. Um espécime adulto você poderá fornecer alimentos duas vezes por semana.

Reprodução: Ovíparo. Não se tem notícia de sua reprodução em aquário.

Dimorfismo Sexual: Difícil distinguir, fêmeas são mais encorpadas que os machos.

Biótopo: Ocorre no canal dos rios, nos poços logo após as corredeiras, várzeas e igapós, inclusive nos tributários de águas pretas e claras, alcançando as cabeceiras e parte do estuário do Amazonas.

Etimologia: Phractocephalus, do grego, phractos = cerca + grego, kephale = cabeça

Sinônimos: Phractocephalus bicolor, Rhamdia grunniens, Pimelodus grunniens, Silurus hemioliopterus

Informações adicionais: Peixe de couro, de grande porte. É caracterizado pela cabeça enorme, fortemente ossificada, com uma placa óssea localizada antes da nadadeira dorsal. É um dos peixes de couro mais coloridos da Amazônia, sendo o dorso castanho esverdeado, os flancos amarelados e o ventre esbranquiçado. As nadadeiras dorsal e caudal são alaranjadas. Pode chegar a mais de 1,50m de comprimento total e mais de 50kg.

No Brasil é conhecido popularmente por inúmeros nomes comuns como Cajaro, Laitu, Parabebe, Pirabepre, Torai e Uarara. Bastante apreciado na pesca esportiva.

Espécime juvenil de Phractocephalus hemioliopterus

Referências:

  • Lundberg, J.G. and M.W. Littmann, 2003. Pimelodidae (Long-whiskered catfishes). p. 432-446. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  • Giarrizzo, T., R.R. de Sena Oliveira, M.C. Andrade, A.P. Gonçalves, T.A.P. Barbosa, A.R. Martins, D.K. Marques, J.L.B. dos Santos, R. de P., da S. Frois, T.P.O. de Albuquerque, L.F.de A. Montag, M. Camargo and L.M. de Sousa, 2015. Length-weight and length-length relationships for 135 fish species from the Xingu River (Amazon basin, Brazil). J. Appl. Ichthyol.
  • Hugg, D.O., 1996. MAPFISH georeferenced mapping database. Freshwater and estuarine fishes of North America. Life Science Software. Dennis O. and Steven Hugg, 1278 Turkey Point Road, Edgewater, Maryland, USA.
  • Burgess, W.E., 1989. An atlas of freshwater and marine catfishes. A preliminary survey of the Siluriformes. T.F.H. Publications, Inc., Neptune City, New Jersey (USA).
  • Santos, E., 1981. Peixes da Água doce (Vida e costumes dos peixes do Brasil). Belo Horizonte, Brasil, Editora Itatiaia Limitada

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Abril/2019
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

7 Comentário

  1. O site fala que ela precisa de 10 Mil litros, mas vejo MUITA gente falando tanto no youtube ou outros sites que 1000 é suficiente, qual seria a quantia ideal de litros?

     
    • Não se apegue a litragem e sim a dimensão em si do tanque. 1.000 litros é para um aquário de 2 a 2,5M de comprimento. Para um peixe que passa deste tamanho é um tanto incoerente dizer que “cabe” num aquário de 1.000 litros. Não acha?

       
  2. O mais importante para as pirararas são o comprimento e largura de um aquário, um aquário que de pra ela vira é um comprimento bom para seu nado ela já vive bem

     

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