Pavão Flavescente (Aulonocara stuartgranti)

 

Aulonocara stuartgranti (Meyer & Riehl, 1985)

Foto obtida em vissenaquarium.nl

Nome Popular: Pavão Flavescente — Inglês: flavescent peacock

Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Distribuição: África, endêmico do lago Malawi

Tamanho Adulto: 14 cm

Expectativa de Vida: 8 anos +

pH: 7.8 a 8.6 — Dureza: –

Temperatura: 24°C a 28°C

Aquário Mínimo: 100 cm comprimento X 40 cm largura — Para manter um harém com um macho e diversas fêmeas considere aquário com pelo menos 100 cm de comprimento, para aquário comunitário mínimo de 150 cm. O aquário para a espécie deverá conter inúmeras rochas formando um paredão rochoso para se refugiarem e demarcarem território. Deixe algum espaço livre para nadarem.

Comportamento & Compatibilidade: Sua agressividade é mais restrita aos machos da mesma espécie e outros peixes de padrões e cores semelhantes. Como são peixes de harém, é recomendado sempre manter pelo menos um macho e três fêmeas, assim elas não ficarão muito estressadas por causa de perseguições da parte do macho.

Alimentação: Onívoro. Em seu ambiente natural alimentam-se da biocobertura das rochas. Esta biocobertura é um sistema biológico composto por algas e um largo número de minúsculos invertebrados que nelas vivem (denominados de aufwuchs). Em aquário devem ser alimentados com alimento apropriado para peixes com uma alimentação rica em matéria vegetal. Alimento seco com base de proteína animal pode ser ministrado com parcimônia periodicamente. O excesso de proteína animal (encontrado nas rações para os peixes onívoros e carnívoros) prejudica a saúde do peixe herbívoro, podendo resultar em Bloat ou outras doenças. Na ausência de alimentos contidos na superfície das rochas, pode se alimentar de plâncton presente livremente na coluna d´água.

Reprodução: Ovíparo. O acasalamento ocorre num local escolhido previamente pelo casal e o macho atrai a fêmea num ritual de movimentos. A fêmea depositará os ovos no solo e o macho fertilizará em seguida. Incubadores bucais, a fêmea guardará os ovos na boca. Cerca de 10 dias os ovos eclodem e a fêmea irá protegê-los na sua boca por cerca de duas semanas ou três semanas. No final do período de incubação os alevinos são libertados, completamente formados e auto-suficientes para procurarem a sua própria alimentação.

Dimorfismo Sexual: Machos adultos são mais coloridos, predominantemente azuis e com o ventre e nadadeira caudal cor-de-laranja. As fêmeas e exemplares juvenis de ambos os sexos são castanhos com barras mais escuras.

Biótopo: Ocorre entre rochas e areia em profundidade entre cinco a quinze metros de profundidade. Todas as Aulonocara do grupo Stuartgranti se comportam de maneira semelhante, fêmeas e juvenis são encontrados em pequenos grupos ou isoladamente para se alimentarem nos fragmentos arenosos entre as rochas usando a boca como um filtro para procurar na areia sedimentos que servem de alimento.

Etimologia:

Sinônimos:

Informações adicionais: Pertence a um grupo conhecido comumente como ciclídeos pavões (Peacock cichlid) ou Haps. Como todo ciclídeo pavão, possui coloração extraordinária que só é demonstrada após cerca de um a dois anos de vida.

Referências:

  • Maréchal, C., 1991. Aulonocara. p. 11-17. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris. Vol. 4.
  • Konings, A., 1990. Ad Konings’s book of cichlids and all the other fishes of Lake Malawi. T.F.H. Publications, Inc.
  • Informações parcialmente obtidas em ciclídeos.com

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2020
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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