Cyprichromis microlepidotus (Poll, 1956)
Nome Popular: Não possui
Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)
Distribuição: África, endêmico do lago Tanganyika
Tamanho Adulto: 11 cm
Expectativa de Vida: 5 anos +
pH: 8.0 a 9.0 — Dureza: –
Temperatura: 24°C a 28°C
Aquário Mínimo: 100 cm comprimento X 40 cm largura — embora estes peixes não atinjam tamanho muito grande, devem ser mantidos em cardumes com um bom número de espécimes. Um aquário de 200L comportará cerca de seis a oito indivíduos. Quanto maior o número de peixes mais natural seu comportamento, neste caso um aquário com maiores dimensões é aconselhado conforme aumentar o número de indivíduos. Normalmente ficam em níveis superiores do aquário e manter áreas abertas para natação é muito importante. Algumas rochas verticais altas formando saliências ou cavernas devem ser usadas para simular seu habitat natural. Por ser um peixe de águas profundas, apresentará uma coloração mais chamativa sob iluminação moderada.
Comportamento & Compatibilidade: Em seu ambiente natural vive em cardumes com dezenas de indivíduos, então quanto maior a quantidade mais a vontade ficarão. Quando mantidos em grupos maiores o comportamento, principalmente dos machos, costuma ser pacífico em comparação com grupos menores. É uma espécie ideal que ocupa zonas do meio e superior no aquário, devendo ser evitado criar com peixes predadores. Machos sub dominantes apresentam coloração bastante chamativa de modo que poderá apreciar a exuberância desta espécie não apenas em época de reprodução.
Alimentação: Análises de conteúdo estomacal sugerem que se alimentam de copépodes e algas. Em aquário aceitam quase tudo, desde alimentos secos, vivos e congelados.
Sua boca é adaptada para que os alimentos sejam sugados diretamente para sua cavidade bucal. Esta especialização estrutural é uma boca altamente saliente. Quando aberto, a boca dispara para a frente, formando um pequeno tubo projetado, e puxa o que está bem na frente dele. Este processo é muito rápido e ocorre muito rapidamente. Na verdade, essa velocidade que é responsável pelo efeito vácuo, não pelo tubo em si. A rápida expansão da cavidade bucal cria pressão negativa dentro da boca, criando assim uma sucção poderosa (Coleman 2002).
Reprodução: Onívoro. São incubadores bucais. Machos dominam um pequeno território, cerca de 30 cm, mostrando suas cores para chamar a atenção das fêmeas. Se a fêmea entrar em seu território e não estiver pronta para acasalar será expulsa. Uma vez que ocorre o cortejo com o macho abrindo e fechando suas nadadeiras, este se aproxima da fêmea com a boca para estimular a liberar os ovos. Uma vez que os ovos são liberados, serão imediatamente apanhados com a boca pela fêmea que depois abordará o macho se aproximando de sua nadadeira anal para que seja fertilizado os ovos já dentro de sua boca. Este processo será repetido inúmeras vezes e o número de ovos varia de acordo com o tamanho da fêmea. A fêmea cuidará dos ovos até que eclodam e estejam nadando livremente por cerca de três a seis semanas.
Dimorfismo Sexual: Machos são maiores e mais coloridos do que as fêmeas.
Biótopo: Ocorre em águas abertas em zonas intermediárias, caracterizadas por rochas dispersas e substratos arenosos.
Etimologia: –
Sinônimos: Limnochromis microlepidotus
Informações adicionais: Distribuído na parte norte do lago Tanganyika. Espécimes foram observados ao longo das margens noroeste (República Democrática do Congo) e nordeste (Burundi, Tanzânia).
Bastante raro no hobby, pode ser encontrado vivendo junto com outros Cyprichromis e seu semelhante Paracyprichromis. Existem algumas variantes geográficas conhecidas, cada uma das quais tem uma forma de cauda amarela e azul. Populações individuais também podem conter machos com cores e padrões diferentes, um fenômeno conhecido como policromatismo.
Referências:
- Maréchal, C. and M. Poll, 1991. Cyprichromis. p. 71-72. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris. Vol. 4.
- Konings, A., 1998. Tanganyika cichlids in their natural habitat. Cichlid Press.
- Brichard, P., 1989. Pierre Brichard’s book of cichlids and all the other fishes of Lake Tanganyika. T.F.H. Publications, Inc.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Novembro/2020
Colaboradores (collaboration): —
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