Peixe Cachorro de Nadadeira Amarela (Acestrorhynchus falcirostris)

 

Acestrorhynchus falcirostris (Cuvier, 1819)

Espécime adulto. Foto obtida em www.roughfish.com

Nome Popular: Peixe Cachorro de Nadadeira Amarela — Inglês: Yellow tail Freshwater Barracuda

Ordem: Characiformes — Família: Acestrorhynchidae

Distribuição: América do Sul, Bacias dos rios Amazonas e Orinoco, além de rios da Guiana

Tamanho Adulto: 45 cm (comum 30 cm)

Expectativa de Vida: desconhecido

pH: 5.0 a 7.4 — Dureza: –

Temperatura: 24°C a 28°C

Aquário Mínimo: 200 cm comprimento X 60 cm largura — são peixes bastante ativos e extremamente rápidos, exigindo um bom espaço para nadarem. Mesmo os juvenis precisam de bastante espaço, uma vez que tendem a agir de forma agitada em pequenos tanques e podem facilmente se machucar chocando contra o vidro.

Esta espécie ocorre quase que exclusivamente em águas abertas, portanto, a decoração do aquário é um tanto indiferente incluindo o uso de substrato. O aquário deverá ser provido de bastante espaço aberto para nadarem. Tampar bem o aquário, pois são ótimos saltadores.

Comportamento & Compatibilidade: São relativamente pacíficos, mas bastante agitados e comem peixes menores, mordiscam peixes de natação lenta ou de nadadeiras longas. Pode-se criar em aquário comunitário com peixes de médio porte como ciclídeos, doradídeos, Mylossoma e afins.

Quando juvenis são gregários e a medida que se tornam adultos tendem a serem mais solitários, embora costumam ficar agrupados. Por esta razão é importante manter pelo menos seis espécimes ou mais. Importante frisar que são canibais, se tentar adicionar novos espécimes a um grupo já existente garanta que possuam tamanho similar ou sejam maiores.

Espécimes sub adultos em aquário. Foto de Enrico Richter (c)

Alimentação: De acordo com sua dentição e forma corporal, trata-se de um predador que se alimenta quase exclusivamente de peixes. Quando inseridos em aquário normalmente aceitam apenas alimentos vivos, mas podem serem condicionados a aceitarem alimentos mortos ou até mesmo secos.

Reprodução: Ovíparo. São dispersores livres. O ritual de reprodução começa com o macho perseguindo e mordiscando a fêmea, posteriormente ele apertará a papila genital da fêmea forçando a liberar os ovos, onde serão fecundados em seguida. Não ocorre o cuidado parental.

Dimorfismo Sexual: Fêmeas sexualmente maduras tendem a crescer um pouco mais e ter um corpo mais roliço do que os machos.

Biótopo: Uma espécie onipresente, frequentemente encontrado em toda a extensão de águas com fluxo moderado. Ocorre nos principais canais de rios e afluentes e mostra uma preferência por ambientes de águas claras e negras em oposição a águas turvas “brancas”.

Etimologia: Acestrorhynchus: grego, agkistron = gancho + grego, rhyngchos = focinho. Falcirostris do latim falx , que significa ‘foice, foice’, e rostro , que significa ‘focinho’.

Sinônimos: Xiphorhynchus falcirostris, Xiphoramphus falcirostris, Hydrocyon falcirostris

Informações adicionais: Conhecido por inúmeros nomes populares como Peixe cachorro, Ueua, Anicauera, Cachorrinho, Dentudo, Piau cachorro e Pirapuco.

Sua distribuição é mais comum no Brasil, mas pode ser encontrado também no Peru, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname.

No Brasil é nativo dos estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondôniam e Roraima.

Referências:

  • Ortega, H. and R.P. Vari, 1986. Annotated checklist of the freshwater fishes of Peru. Smithson. Contrib. Zool.
  • López-Fernández, H. and K.O. Winemiller, 2003. Morphological variation in Acestrorhynchus microlepis and A. falcatus (Characiformes: Acestrorhynchidae), reassessment of A. apurensis and distribution of Acestrorhynchus in Venezuela. Ichthyol. Explor. Freshwat.
  • Cella-Ribeiro, A., M. Hauser, L.D. Nogueira, C.R.C. Doria and G. Torrente-Vilara, 2015. Length-weight relationships of fish from Madeira River, Brazilian Amazon, before the construction of hydropower plants. J. Appl. Ichthyol.
  • Menezes, N.A., 2003. Family Acestrorhynchidae (Acestrorhynchids). p. 231-233. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  • Mendes dos Santos, G.M.C., M. Jégu and B. de Merona, 1984. Catálogo de peixes comerciais do baixo rio Tocantins. Projecto Tucurí. Manaus, ELETRONORTE/CNPQ/INPA
  • Nomura, H., 1984. Nomes científicos dos peixes e seus correspondentes nomes vulgares. In H. Nomura (ed.). Dicionário dos peixes do Brasil. Editerra, Brasília, Brasil:
  • Begossi, A. and J.C. Garavello, 1990. Notes on the ethnoichthyology of fishermen from the Tocantins River (Brazil). Acta Amazon.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2021
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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