Peixe em extinção e que ocorre só em rio de MS se reproduz no maior aquário de água doce do mundo

De forma inédita, o peixe da espécie Cascudo conseguiu se reproduzir em cativeiro. Especialista comemora reprodução.

 

Um feito e tanto para icitologia, ciência que estuda os peixes. O cascudo-viola (Loricaria coximensis), que está classificado como criticamente em perigo de extinção pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), conseguiu se reproduzir em cativeiro.

Peixe se reproduziu em cativeiro. — Foto: Gov-MS/Reprodução

O palco para a reprodução foi o Bioparque Pantanal, maior aquário de água doce do mundo. No local, a espécie reproduzida habita o tanque Ressurgências e Riachos de Cabeceira.

Com apenas 9,6 centímetros de comprimento, o peixe é uma espécie de cascudo e ocorre apenas em um rio no mundo, o Coxim, em Mato Grosso do Sul. No estado, o peixe é ameaçado pela construção de hidrelétricas e pela pesca predatória.

No Bioparque Pantanal, os visitantes têm a oportunidade de conhecer a espécie de perto e, principalmente, entender a importância da conservação por meio da educação ambiental, um dos importantes pilares do empreendimento.
Para o biólogo curador do Bioparque, Heriberto Gimênes Junior, a reprodução da espécie contribuirá para estudar a conservação e preservação do animal.

“O fato de termos esse animal ameaçado de extinção dentro do nosso plantel, nos possibilita entender a biologia dele, hoje ele é nosso modelo de protocolo de reprodução que usamos para outras espécies de cascudo, uma ferramenta muito importante para a conservação das espécies, não só do Cascudo-viola, como espécies de todo o país”.

Diretora-geral do complexo, Maria Fernanda Balestieri, pontuou a importância do papel do empreendimento, que contribui com pesquisa, conservação, bioeconomia e sustentabilidade.

“No Bioparque Pantanal seguimos o conceito moderno de Aquários e zoológicos e cada um dos pilares que sustentam as ações e projetos aqui realizados possuem vinculação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e alinhamento com os eixos do plano de Governo do Estado. Aqui, o papel dos nossos animais vai muito além da contemplação, sendo eles os protagonistas de um trabalho técnico científico de excelência voltado à conservação de espécies e manutenção do equilíbrio do nosso ecossistema. Contribuímos para que as presentes e futuras gerações possam desfrutar das riquezas da nossa biodiversidade”.

Fonte: G1 Mato Grosso do Sul

Publicado em Setembro/2023

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Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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