Alestopetersius brichardi (Poll 1967)
Nome Popular: Tetra do Congo Vermelho — Inglês: Cherry Red Congo Tetra
Ordem: Characiformes — Família: Alestidae
Distribuição: África: Pool Malebo, médio rio Congo, afluentes dos rios Ruki e o Lomami na República Democrática do Congo
Tamanho Adulto: 8 cm
Expectativa de Vida: desconhecido
pH: 5.0 a 7.0 — Dureza: –
Temperatura: 22°C a 28°C
Aquário Mínimo: 80 cm comprimento X 30 cm largura — a decoração do aquário é indiferente, mas pode-se utilizar substrato de granulometria diferentes, além de raízes e rochas simulando um riacho. Certifique-se de deixar bastante espaço aberto para nadarem. Podem ser criados em aquário plantado e são bastante exigentes em relação a qualidade da água.
Comportamento & Compatibilidade: Pode ser mantido em aquário comunitário. Em seu ambiente natural é encontrado com pequenos ciprinídeos, alestídeos, bagres pequenos, botias, entre outros. Deve-se manter pelo menos meia dúzia de espécimes para mostrarem seu comportamento natural e cores chamativas.
A interação entre machos é interessante para se observar e eles exibem coloração ainda mais chamativa ao competir pela atenção das fêmeas ou posição hierárquica dentro do grupo.
Alimentação: Onívoro. Naturalmente se alimentam de pequenos insetos, crustáceos, frutas caídas, etc. Em aquário aceitam alimentos secos sem dificuldades.
Reprodução: Ovíparo. São dispersores livres. Fêmea libera ovos que afundam e são fertilizados pelo macho. Eclodem em até 48 horas e estarão nadando livremente em até seis dias. Pais não cuidam da progênie.
Dimorfismo Sexual: Os machos desenvolvem filamentos prolongados na nadadeira caudal e a nadadeira dorsal amplamente estendida, além de serem mais coloridos. Em época de reprodução apresentam coloração avermelhada bem característica, daí ser conhecido como Tetra do Congo “Vermelho”.
As fêmeas também desenvolvem raios medianos estendidos na nadadeira caudal, mas os lobos caudais e outras nadadeiras são significativamente menores comparado com as dos machos.
Biótopo: Ocorre em pequenos riachos, substrato com pedriscos de diferentes granulometrias, raízes e rochas diversas.
Etimologia: brichardi : nomeado em homenagem ao ictiólogo belga Pierre Brichard.
Sinônimos: Hemigrammopetersius brichardi
Informações adicionais: A. brichardi parece ocorrer exclusivamente no médio Congo, incluindo alguns afluentes como o Busira e o Ruki na República do Congo.
Esta espécie as vezes é comercializada como Tetra do Congo “Vermelh”o ou Tetra do Congo “Cherry” e tem sido erroneamente identificado como Alestopetersius nigropterus ou A. ansorgii.
O primeiro é um congénere válido que dificilmente é encontrado no aquarismo com pouca ou nenhuma exportação do Lago Mai-Ndombe, do qual é endêmico, enquanto o último é sinônimo de Nannopetersius ansorgii .
O gênero Alestopetersius foi criado pela primeira vez por Hoedeman (1951) para abrigar antigos membros do gênero Petersius (agora compreendendo apenas uma única espécie, P. conserialis), mas mais tarde foi considerado sinônimo de Hemigrammopetersius Pellegrin 1926 por Géry (1977).
A maioria das espécies de Alestopetersius são nativos do sistema do rio Congo, com A. smykalai sendo a exceção conhecida apenas nas drenagens do Imo e do Níger, na Nigéria.
Referências:
- Moelants, T., 2015. Diversity and ecology of the ichthyofauna of the Middle and Upper Congo basin: a case-study in the region of the Wagenia falls (Democratic Republic of the Congo). KULeuven, Faculty of Science, Leuven (Belgium)
- Paugy, D., 1984. Characidae. p. 140-183. In J. Daget, J.-P. Gosse and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ORSTOM, Paris and MRAC, Tervuren. Vol. 1.
Publicado em Outubro/2023
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