Hyphessobrycon negodagua (Lima & Gerhard, 2001)
Nome Popular: Tetra Nego d´água — Inglês: Bahia Black Diamond Tetra
Ordem: Characiformes — Família: Characidae (Caracídeos)
Distribuição: América do Sul, bacia do alto rio Paraguaçu. Endêmico do Brasil.
Tamanho Adulto: 3 cm
Expectativa de Vida: 5 anos
pH: 5.5 a 7.4 — Dureza: –
Temperatura: 23°C a 28°C
Aquário Mínimo: 40 cm comprimento X 30 cm largura — Apreciam aquário densamente plantado com fluxo fraco de água.
Comportamento & Compatibilidade: Espécie pacífica que pode ser mantida em aquário comunitário com peixes igualmente pacíficos e de tamanho diminuto. De comportamento gregário, será importante manter em cardume com pelo menos 6 espécimes para que mostrem seu comportamento natural e cores mais realçadas. São bastante agitados e de natação rápida, com machos disputando constantemente a hierarquia do cardume ou se exibindo para as fêmeas.
Alimentação: Onívoro. Aceitam praticamente qualquer tipo de alimento como secos e vivos.
Reprodução: Ovíparo. O macho conduzirá a fêmea liberar os ovos que serão fecundados e sua maioria irá para o fundo. Eclodem em até três dias e larvas estarão nadando livremente em até 48h. Pais não exibem cuidado parental.
Dimorfismo Sexual: Machos apresentam coloração mais escura acompanhado pela nadadeira dorsal e anal ligeiramente alongada e pontiaguda. Fêmea apresenta uma faixa médio lateral prateada e uma mancha escura distinta próximo a região do pedúnculo caudal.
Biótopo: Em raras filmagens em seu ambiente natural, nota-se abundância de plantas e substrato arenoso. Em algumas regiões são encontrados em águas cristalinas.
Etimologia: Hyphessobrycon; do grego hyphesson, que significa de menor estatura + grego bryko = morder, mordedor. Negodagua: De Nego D’áqua, em alusão a uma criatura lendária, semelhante ao homem, do Brasil Central, que vive no fundo dos rios e ataca pescadores desatentos à noite.
Sinônimos: Não possui.
Informações adicionais: Descrito cientificamente em 2001, porém, começou a aparecer no aquarismo com maior frequência em meados de 2020. Ocorre no nordeste brasileiro, no estado da Bahia. Registros indicam sua ocorrência principalmente no rio Pratinha, afluente do Rio Santo Antônio, que desagua no Rio Paraguaçu.
O rio Paraguaçu é um curso de água que banha o estado da Bahia, no Brasil. É o maior rio genuinamente baiano. Suas nascentes são diamantíferas, suas margens são férteis, ele é muito piscoso
Difere de quase todas espécies de Tetras pela ausência da típica nadadeira adiposa, comum na maioria das espécies do gênero Hyphessobrycon. Quando não estão aclimatados os machos costumam apresentar coloração acinzentada, quando bem adaptados ficam mais escuros contrastando com a coloração branca em parte de suas nadadeiras.
Referências:
- Lima, F.C.T., L.R. Malabarba, P.A. Buckup, J.F. Pezzi da Silva, R.P. Vari, A. Harold, R. Benine, O.T. Oyakawa, C.S. Pavanelli, N.A. Menezes, C.A.S. Lucena, M.C.S.L. Malabarba, Z.M.S. Lucena, R.E. Reis, F. Langeani, C. Moreira et al. …, 2003. Genera Incertae Sedis in Characidae. p. 106-168. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
- Three new species of Hyphessobrycon (Characiformes: Characidae) from the upper rio Araguaia basin in Brazil -Flávio C. T. Lima; Cristiano R. Moreira (Museu de Zoologia da USP, P. O. Box 42594, 04299-970 São Paulo, SP, Brazil)
Publicado em Abril/2024
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