Oryzias celebensis (Weber, 1894)

Nome Popular: Peixe Arroz Celebes, Medaka — Inglês: Celebes medaka, Celebes ricefish
Ordem: Beloniformes — Família: Adrianichthyidae
Distribuição Ásia; Indonésia, Celebes (Sulawesi)
Tamanho Adulto: Cerca de 4,5 cm
Expectativa de Vida: Na natureza cerca de um ano, em cativeiro 3 anos.
pH: 7.0 a 9.0 — Dureza: –
Temperatura: 22°C a 30°C
Posição no aquário: Meio / Superfície
Nível de dificuldade: Fácil
Descrito no Rio Maros (Salo Maros), sudoeste de Sulawesi (Indonésia), posteriormente registrado em rios e córregos por todo o braço sudoeste da ilha, incluindo o Lago Tempe (Danau Tempe), além do Rio Mota Talau , estado de Timor Leste, na ilha vizinha de Timor.
Os autores também observaran que a comunidade Cerekang compartilha seu estuário com o Rio Larona, saída do sistema de lagos Malili, e especulam que O. celebensis pode ter uma distribuição mais ampla na área.
Possui nadadeira caudal truncada, em vez de semilunar ou emarginada, que a distingue dos congêneres O. bonneorum, O. nebulosus, O. nigrimas, O. orthognathus e O. sarasinorum, e neste aspecto parece ser um membro de um grande clado ou grupo de espécies sem nome contendo todos os outros membros do gênero.

Espécie resistente para se criar em aquário e bastante prolífero, com fêmeas capazes de reproduzir quase diariamente quando em boas condições.
Os membros da família Adrianichthyidae frequentemente são chamados de “peixes-arroz”, em referência à tendência de alguns membros do gênero de habitar campos de arroz. Eram tradicionalmente considerados membros da ordem Cyprinodontiformes, portanto, estão intimamente relacionados ao grupo dos Killifishes.
Embora Rosen e Parenti os terem reclassificado dentro do grupo Beloniformes em 1981, algumas publicações ainda os classificam como Killifish.
O membro mais conhecido da família é o medaka ou peixe-arroz japonês, Oryzias latipes, que tem sido amplamente utilizado como organismo modelo em biologia genômica e experimental por mais de um século e foi o primeiro animal vertebrado a acasalar no espaço em meados da década de 1990.
Aquário Mínimo: 40 cm comprimento X 30 cm largura — quando mantido em aquário densamente plantado com substrato escuro exibem coloração bastante chamativa, além das plantas servirem de refúgio para alevinos se desenvolverem em meio aos adultos. Outros adornos consistem no uso de raízes e alguns galhos. Plantas de superfície também é bastante apreciada pela espécie.
Comportamento & Compatibilidade: Seu comportamento em aquário é bem semelhante aos Poecilídeos com machos sempre à procura das fêmeas para reproduzir. Razão pela qual deverá ter um número maior de fêmeas juntos aos machos. São pacíficos e podem ser criados em aquário comunitário com espécies igualmente pacíficas e de pequeno porte. Aquaristas mais experientes costumam manter em aquário mono espécie.
Alimentação: É um micro predador que se alimenta de pequenos insetos, larvas, crustáceos e zooplâncton na natureza. Em aquário aceitam alimentos secos e vivos sem dificuldades.

Reprodução: Sua reprodução é conhecida como “criação pélvica”, em alusão as fêmeas carregarem os ovos em sua nadadeira pélvica. Em época de reprodução os machos normalmente escurecem sua coloração e defendem pequenos territórios contra outros machos, enquanto tentam atrair as fêmeas.
Os ovos são expelidos pela fêmea e fertilizados pelo macho, permanecendo pendurados no poro genital da fêmea por um curto período antes de serem depositados individualmente em pequenos aglomerados entre a vegetação ou em meio a raízes.
Larvas eclodem e nadam livremente de uma a três semanas dependendo da temperatura. Não ocorre cuidado parental e pais podem predar os alevinos.
Dimorfismo Sexual: Os machos adultos são mais coloridos, possuem nadadeiras dorsais e anais mais longas e têm um corpo mais fino que o das fêmeas. A papila genital nos machos forma um tubo curto e ligeiramente cônico, enquanto nas fêmeas é bilobada.
Biótopo: A área de Maros é predominantemente cárstico, o que significa que os rios e córregos fluem sobre rochas solúveis como calcário, embora nem todos habitats apresentam tais condições. É encontrado principalmente em águas lentas ou paradas, geralmente em áreas onde proliferam plantas aquáticas que incluem Ceratophyllum demersum, Pistia stratiotes, Ipomoea aquatica, Polygonum sp., Cyperus platystylis e Echinochloa crusgelii.
Etimologia: Oryzias : do grego ὄρυζα (oryza), que significa ‘arroz’, em referência à tendência de alguns membros do gênero de habitar campos de arroz. Celebensis : ‘de Celebes’, antigo nome da ilha Sulawesi, Indonésia.
Sinônimos: Aplocheilus celebensis, Haplochilus celebensis
Referências:
- Albert, J.S., R. Froese, R. Bauchot and H. Ito, 1999. Diversity of brain size in fishes: preliminary analysis of a database including 1174 species in 45 orders. p. 647-656. In B. Seret and J.-Y. Sire (eds.) Proceedings of the 5th Indo-Pacific Fish Conference, Noumea, New Caledonia, 3-8 November 1997. Societe Française d’Ichtyologie, Paris, France.
- Kottelat, M., A.J. Whitten, S.N. Kartikasari and S. Wirjoatmodjo, 1993. Freshwater fishes of Western Indonesia and Sulawesi. Periplus Editions, Hong Kong.
- Tsuboi, M., W. van der Bijl, B.T. Kopperud, J. Erritzoe, K.L. Voje, A. Kotrschal, K.E. Yopak, S.P. Collin, A.N. Iwaniuk and N. Kolm, 2018. Breakdown of brain-body allometry and the encephalization of birds and mammals. Nat. Ecol. Evol.
Publicado em Fevereiro/2025
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