Oryzias dancena (Hamilton, 1822)

Nome Popular: Peixe Arroz Indiano, Medaka — Inglês: Indian blue ricefish
Ordem: Beloniformes — Família: Adrianichthyidae
Distribuição Ásia; Índia, Bangladesh e Myanmar
Tamanho Adulto: Cerca de 3 cm
Expectativa de Vida: Na natureza cerca de um ano, em cativeiro 3 anos.
pH: 6.5 a 8.5 — Dureza: –
Temperatura: 24°C a 28°C
Posição no aquário: Meio / Superfície
Nível de dificuldade: Fácil
Descrito a partir do “estuário abaixo de Calcutá”, que presumivelmente se refere à foz do Rio Hooghly ao sul de Calcutá, estado de Bengala Ocidental, leste da Índia. Amplamente distribuído pelo leste e sul da Índia, Sri Lanka, Bangladesh e Mianmar.

Existem registros da encosta ocidental da Península Malaia, incluindo a província de Ranong, no sul (peninsular) da Tailândia, e o estado de Penang, no norte da Malásia peninsular.
Mesmo sendo reclassificado, esta espécie continua a ser identificada erroneamente como O. melastigma, um nome considerado inválido pela maioria dos pesquisadores recentes, ou O. javanicus, um táxon válido, mas distinto.
Oryzias dancena pode ser distinguido de outras espécies semelhantes pelas nadadeiras brancas costuradas. A nadadeira anal do macho tem uma borda irregular.
Espécie resistente para se criar em aquário e bastante prolífero, com fêmeas capazes de reproduzir quase diariamente quando em boas condições.
Os membros da família Adrianichthyidae frequentemente são chamados de “peixes-arroz”, em referência à tendência de alguns membros do gênero de habitar campos de arroz. Eram tradicionalmente considerados membros da ordem Cyprinodontiformes, portanto, estão intimamente relacionados ao grupo dos Killifishes.
Embora Rosen e Parenti os terem reclassificado dentro do grupo Beloniformes em 1981, algumas publicações ainda os classificam como Killifish.
O membro mais conhecido da família é o medaka ou peixe-arroz japonês, Oryzias latipes, que tem sido amplamente utilizado como organismo modelo em biologia genômica e experimental por mais de um século e foi o primeiro animal vertebrado a acasalar no espaço em meados da década de 1990.
Aquário Mínimo: 40 cm comprimento X 30 cm largura — quando mantido em aquário densamente plantado com substrato escuro exibem coloração bastante chamativa, além das plantas servirem de refúgio para alevinos se desenvolverem em meio aos adultos. Outros adornos consistem no uso de raízes e alguns galhos. Plantas de superfície também é bastante apreciada pela espécie.

Comportamento & Compatibilidade: Seu comportamento em aquário é bem semelhante aos Poecilídeos com machos sempre à procura das fêmeas para reproduzir. Razão pela qual deverá ter um número maior de fêmeas juntos aos machos. São pacíficos e podem ser criados em aquário comunitário com espécies igualmente pacíficas e de pequeno porte. Aquaristas mais experientes costumam manter em aquário mono espécie.
Alimentação: É um micro predador que se alimenta de pequenos insetos, larvas, crustáceos e zooplâncton na natureza. Em aquário aceitam alimentos secos e vivos sem dificuldades.
Reprodução: Sua reprodução é conhecida como “criação pélvica”, em alusão as fêmeas carregarem os ovos em sua nadadeira pélvica. Em época de reprodução os machos normalmente escurecem sua coloração e defendem pequenos territórios contra outros machos, enquanto tentam atrair as fêmeas.
Os ovos são expelidos pela fêmea e fertilizados pelo macho, permanecendo pendurados no poro genital da fêmea por um curto período antes de serem depositados individualmente em pequenos aglomerados entre a vegetação ou em meio a raízes.
Larvas eclodem e nadam livremente de uma a três semanas dependendo da temperatura. Não ocorre cuidado parental e pais podem predar os alevinos.
Dimorfismo Sexual: Os machos adultos são mais coloridos, possuem nadadeiras dorsais e anais mais longas e têm um corpo mais fino que o das fêmeas. A papila genital nos machos forma um tubo curto e ligeiramente cônico, enquanto nas fêmeas é bilobada.

Biótopo: Ocorre em águas costeiras, porém bastante adaptável e encontrado em diversos tipos de habitat. Desde manguezais fortemente salobros e influenciados pelas marés até riachos florestais de água doce e ácidos, grandes bacias hidrográficas , lagoas e meandros.
Etimologia: Oryzias : do grego ὄρυζα (oryza), que significa ‘arroz’, em referência à tendência de alguns membros do gênero de habitar campos de arroz.
Sinônimos: Panchax argenteus, Panchax cyanopthalma, Aplocheilus mcclellandi, Cyprinus dancena
Referências:
- Roberts, T.R., 1998. Systematic observations on tropical Asian medakas or ricefishes of the genus Oryzias, with descriptions of four new species. Ichthyol. Res.
- Herder, F. and S. Chapuis, 2010 – The Raffles Bulletin of Zoology 58(2): 269-280
Oryzias hadiatyae, a new species of ricefish (Atherinomorpha: Belonifornes: Adrianichthyidae) endemic to Lake Masapi, Central Sulawesi, Indonesia. - Magtoon, W., 2010 – Tropical Natural History 10(1): 107-129
Oryzias songkhramensis, a new species of ricefish (Beloniformes; Adrianichthyidae) from northeast Thailand and central Laos
Publicado em Fevereiro/2025
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