Flecheiro Arco-íris (Etheostoma caeruleum)

 

Etheostoma caeruleum

Classificação

Classe: Actinopterygii • Ordem: Perciformes • Família: Percidae

Nome binomial: Etheostoma caeruleum (Storer, 1845)

Sinônimos: Etheostoma caerulea

Grupo Aquário: Gobbys

Nomes comuns

Darter Arco-íris. Inglês: Rainbow darter

Distribuição & habitat

América do Norte. Comum em todo Estados Unidos, especificamente ao longo dos grandes lagos e rio Ohio. Sua distribuição se estende desde o sul até parte norte do Alabama, assim como Missouri e Arkansas.

Países: Estados Unidos e Canadá

Comumente encontrado em substrato rochoso de riachos e rios lóticos

Etheostoma caeruleum-map
Mapa por Discover Life

Ambiente & parâmetros da água

Bentopelágico; água doce • pH: 6.0 – 8.0 • Dureza: — • Clima: tropical; 4°C – 20°C

Tamanho adulto

8 cm (comum 5 cm) • Estimativa de vida: 4 anos

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 80 cm X 40 cm X 40 cm (128 litros) requerido. Recomendado inserir bastante rochas, assim como substrato de granulometria média ou rochoso.

São peixes tímidos que passam a maior parte de seu tempo escondido em meio a rochas a espera de presas, embora possa se tornar um nadador ativo dependendo da configuração do aquário. Bastante ativo ao amanhecer e anoitecer., Intimidam seus oponentes agitando suas brânquias e emitem feromônios quando sofrem alguma lesão em sua pele, servindo como alerta de perigo para seus congêneres.

Considerado peixe de água fria, sua expectativa de vida diminui consideravelmente quando exposto em temperatura tropical.

Alimentação

Carnívoro (essencialmente insetívoro), em seu ambiente natural alimenta-se principalmente de insetos e crustáceos, isópodes, ostracodas e ovos e larvas de peixes.

Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos, devendo ser fornecido regularmente este último.

Reprodução e dimorfismo sexual

Ovíparo. Em seu ambiente natural desovam entre Março e Junho. Larvas eclodem entre 10 e 12 dias a temperatura média de 18°C, fase larval para juvenil ocorre entre 18 e 21 dias. Fêmeas migram para onde os machos ficam entocados e são conhecidas por desovarem por inúmeras vezes. Após a escolha do macho, começam o processo de desova com a fêmea liberando os ovos e o macho liberando o esperma em seguida, repetindo este processo por inúmeras vezes até outro macho perturbá-los, algo bastante comum. Assim que fertilizados, os ovos são enterrados no fundo. Fêmeas podem fazer postura de 800 ovos ao longo de vários dias.

Machos são maiores e mais coloridos do que as fêmeas, principalmente em época reprodutiva.

Galeria de imagens

Etheostoma caeruleum2
Machos adultos

Etheostoma caeruleum3
Fêmeas, a direita em época de reprodução, vide cores mais vistosas

Descrição

Peixe nativo da América do Norte encontrado desde pequenos riachos a rios médios de águas rápidas. Como outros darters, possui a capacidade de manter posicionamento fixo rente ao substrato, mesmo sob forte correnteza de água. Esta característica desempenha papel chave na sua preferência por riachos e rios com corredeira e substrato rochoso.

Apresenta intolerância a presença de sal na água, assim como poluição, e as mudanças induzidas pelo homem como a própria poluição ou drenagem de esgoto podem causar um impacto negativo em sua abundância.

Possuem a capacidade de detectar sinais e comportamentos químicos uns dos outros. Em uma situação onde um flecheiro arco-íris está sendo atacado por um predador, ele pode liberar um feromônio químico que alerta outros membros de sua espécie do perigo, uma vez que a pele foi rasgada. Outros darters respondem a este alerta diminuindo sua atividade e se entocando, tornando-se menos detectáveis pelos predadores.

Respondem agressivamente a seus semelhantes, assim como outros Góbios, agitando suas brânquias. São vistos como concorrentes e uma ameaça a seu território e estoque alimentar. Machos e fêmeas usam suas cores para se comunicar, principalmente em época de reprodução.

Referências

  • Nelson, J.S., E.J. Crossman, H. Espinosa-Pérez, L.T. Findley, C.R. Gilbert, R.N. Lea and J.D. Williams, 2004. Common and scientific names of fishes from the United States, Canada, and Mexico. American Fisheries Society, Special Publication 29, Bethesda, Maryland. ix, 386 p. + 1 CD.
  • Baensch, H.A. and R. Riehl, 1991. Aquarien atlas. Bd. 3. Melle: Mergus, Verlag für Natur-und Heimtierkunde, Germany. 1104 p.
  • Page, L.M. and B.M. Burr, 1991. A field guide to freshwater fishes of North America north of Mexico. Houghton Mifflin Company, Boston. 432 p.
  • Hugg, D.O., 1996. MAPFISH georeferenced mapping database. Freshwater and estuarine fishes of North America. Life Science Software. Dennis O. and Steven Hugg, 1278 Turkey Point Road, Edgewater, Maryland, USA.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2014
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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