Classificação
Polypterus delhezi (Boulenger, 1899)
Classe: Actinopterygii • Ordem: Polypteriformes • Família: Polypteridae
Nomes comuns: Bichir Listrado, Bichir Blindado, Bichir do Congo, Polypterus Listrado — Inglês: Armoured bichir, Barred bichir, Bichir
Ambiente & parâmetros da água
Água doce • pH: 6.0 – 8.0 • Dureza: 5 – 25 • Temperatura: 22°C – 30°C
Encontrado em rios, lagos e zonas inundadas com densa vegetação
Tamanho adulto:
44 cm (comum 35 cm) • Estimativa de vida: 15 anos +
Distribuição
África; Bacias centrais do Rio Congo. Países: República Democrática do Congo
Mapa por Discover Life
Manutenção em aquário & Comportamento
Aquário com dimensões mínimas de 100cm X 50cm X 40cm (200 L) requerido. O comprimento do aquário é mais importante do que a profundidade para esta espécie. Substrato arenoso e macio deverá ser utilizado, assim como troncos e pedras formando refúgios. Deve-se manter o aquário totalmente tampado, esta espécie é perita em escapar do aquário.
É uma espécie pacífica com outras espécies, mas se alimenta de qualquer uma que couber em sua boca.
Alimentação
Carnívoro, em seu ambiente natural alimenta-se principalmente insetos, camarões e peixes. Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos. Podem demorar ou não aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos ou congelados como camarões, minhocas, mexilhões, peixes, etc.
Reprodução e dimorfismo sexual
Ovíparo. Estabelece ovos em ninho entre plantas ou substrato. Larvas eclodem em até 3-4 dias; larvas nadam livremente após 3 dias.Acasalamento e ciclo Namoro do casal começa com uma série de saltos a partir da superfície, geralmente apenas um de cada vez, seguido por uma lenta descida através da água. Após um tempo o macho ficará muito próximo da fêmea e, por vezes, a fêmea permanecerá imóvel na água quando o macho virá até ela por trás e empurrá-la com movimentos laterais da cabeça. A nadadeira anal do macho, normalmente alargada e inchada é dobrada em forma de côncava e utilizada para “raspar” a fêmea. Os ovos são colocados um pouco de cada vez ao longo da vegetação espessa e fertilizado pelo macho em seguida. Desovam durante a estação chuvosa.
Dimorfismo Sexual: nadadeira anal do macho é mais espessa que o da fêmea.
Galeria de imagens
Descrição
Maxilar superior e inferior atinge o mesmo nível ou a mandíbula é ligeiramente mais curta; lado dorsal apresenta coloração cinza oliva com 7 ou 8 barras pretas transversais; nadadeiras amarelas com manchas marrom ou preto.
Espécie demersal de respiração aérea, é um predador incrivelmente resistente. Possui hábitos noturno, visão muito pobre, mas apresenta excelente senso olfativo para localizar alimentos.
Fósseis de parentes anteriores foram encontrados e datam do período Triássico, que ocorreu durante o desenvolvimento inicial dos dinossauros há mais de 200 milhões de anos atrás.
Possuem diversas adaptações como a vesícula natatória dividida em duas partes, sendo a parte direita consideravelmente maior, funcionando como um órgão acessório de respiração e indicando que o peixe pode sobreviver sem água por algum tempo, desde que seu corpo seja mantido úmido. Estas espécies, assim como os anabantóides, pode se afogar, se for negado o acesso ao ar atmosférico (respiração aérea). Não possuem pulmões verdadeiros (como o dos dipnóicos), mas é bem similar.
Juvenis possuem hábito anfíbio apresentando brânquias externas, que serão perdidas quando maduros. Juntamente com o seu modo de caça noturna, em que emergem de seus refúgios para caçar invertebrados e pequenos peixes em águas rasas, claramente indicando seu relacionamento evolutivo entre peixes e anfíbios.
Sinônimos: Polypterus ansorgei delhezi
Referências
1. Mapa distribuição por Discoverlife.org
2. Robins, C.R., R.M. Bailey, C.E. Bond, J.R. Brooker, E.A. Lachner, R.N. Lea and W.B. Scott 1991 World fishes important to North Americans. Exclusive of species from the continental waters of the United States and Canada. Am. Fish. Soc. Spec. Publ. (21):243 p.
3. Poll, M. 1941 Les tendances évolutives des Polyptères d’après l’étude systématique des espèces. Ann. Soc. R. Zool. Belg. 72(2):157-173.
4. Daget, J. and A. Stauch 1963 Poissons de la rive droite du Moyen-Congo. Mission A. Stauch (février-avril 1961). Bull. Inst. Rech. Sci. Congo 2:41-48.
5. Gosse, J.-P. 1984 Polypteridae. p. 18-29. In J. Daget, J.-P. Gosse and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). Volume I. ORSTOM, Paris and MRAC, Tervuren. 410 p.
6. Britz, R. 2004 Polypterus teugelsi, a new species of bichir from the Upper Cross River system in Cameroon (Actinopterygii: Cladistia: Polypteridae). Ichthyol. Explor. Freshwat. 15(2):179-186.
7. Fritzsch, B. and P. Moller 1995 A history of electroreception. p. 39-55. In P. Moller (ed.) Electric fishes: history and behavior. Fish and Fisheries Series 17. Chapman & Hall, London.
8. Moelants, T. 2009. Polypterus delhezi. In: IUCN 2011. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2011.1. <www.iucnredlist.org>. Downloaded on 21 September 2011.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Maio/2015
Colaboradores (collaboration): –
Olá, estou montando um biótopo congolês, sabe me dizer se ciclídeos como o bufallo head e joia podem virar presas do polypterus delhezi?
Desde já agradeço.
Difícil, até pelo tamanho que o Delhezi chega.
qual tamoanho o delhezi chega ?
Leia o artigo e veja com seus próprios olhos. 😉
O meu delhezim comeu um escalar com mais de 10 cêntimetros e ainda n é adulto é normal??
O que couber na boca, e as vezes o que não couber, vira alimento.