Ciclídeo Jaguar (Parachromis managuensis)

 

 Parachromis managuensis (Günther, 1867)

Nome Popular: Jaguar — Inglês: Guapote Jaguar, Jaguar cichlid

Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Distribuição: América Central, Costa Atlântica do rio Ulua (Honduras) até rio Matina (Costa Rica)

Tamanho Adulto: 55 cm (comum: 35 cm)

Expectativa de Vida:  8 anos +

pH: 6.6 a 8.0 — Dureza: 10 a 15

Temperatura: 24°C a 32°C

Aquário Mínimo: 150 cm (comprimento) x 50 cm (largura) — Substrato arenoso desejável, assim como a presença de rochas e raízes.

Comportamento & Compatibilidade: Espécie altamente predadora que comerá qualquer espécie de pequeno porte, costuma ser bastante territorialista quando atinge a maturidade sexual e torna-se agressivo quando inserido em pequeno espaço. Deve-se mantê-lo com peixes de mesmo porte ou maior.

Alimentação: Carnívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de pequenos peixes e macro invertebrados. Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos e vivos.

Reprodução: Ovíparo. Maturidade sexual ocorre em 12 meses. Estabelece ovos em plantas e raízes, cerca de 5000 ovos, eclodem em até 2 dias; larvas nadam livremente após 3-4 dias; fêmea desova ovos adesivos em superfície plana, previamente limpo pelo casal; ovos serão fertilizados em seguida pelo macho; pais cuidam na progênie, cuidado parental pode durar até 4 semanas.

Dimorfismo Sexual: Fêmeas são menores que os machos, este último apresenta nadadeiras dorsal e ventral maiores e pontiagudas, enquanto em fêmeas tendem a ser levemente mais arredondadas.

Biótopo: Ocorre em diversos ambientes, desde fortemente sombreados, lagos de águas turvas com substrato arenoso até córregos e lagoas de águas mais claras. Aparentemente mostra preferência por águas mais quentes, normalmente hipóxica (baixo teor de oxigênio).

Etimologia: Parachromis: grego, para = o lado de + grego, chromis = perca, uma espécie de peixe.

Sinônimos: Parachromis gulosus, Cichlosoma managuense, Cichlasoma managueuse, Nandopsis managuense, Herichthys managuense, Heros managuensis

Informações adicionais: Distingue-se pela sua boca grande, mandíbula inferior proeminente, dentes dilatados proeminentes, manchas negras nas nadadeiras e no corpo, uma listra negra quase contínua entre o olho e a margem opercular, outra entre o olho e o ângulo inferior do opérculo; apresenta ainda fileira de manchas negras ao longo de toda lateral de seu corpo. Coloração apresenta tonalidade dourada em todo corpo podendo variar para levemente roxo, barriga esbranquiçada ou levemente amarela; nadadeiras dorsal, anal e caudal apresentam numerosas manchas negras com interespaços esbranquiçados, amarelados ou azul iridescente.

Comumente encontrado em águas bastante quentes, com pouco oxigênio dissolvido. Altamente predador. Aparentemente preferem águas turvas com substrato arenoso. Bastante prolífero, poderá desovar parceladamente, liberando cerca de 3000 ovos ou mais de uma só vez.

Supõe-se que seu comportamento agressivo e altamente predador se deve ao tipo de ambiente o qual é encontrado, comumente águas turvas conforme mencionado, tal ambiente possui baixa visibilidade, logo o que encontrar pela frente poderá ser uma potencial presa ou predador, daí a necessidade de ser agressivo para auto defesa ou investir sobre a presa.

Referências:

  1. Bussing, W.A., 1998. Peces de las aguas continentales de Costa Rica [Freshwater fishes of Costa Rica]. 2nd Ed. San José Costa Rica: Editorial de la Universidad de Costa Rica. 468 p.
  2. FAO-FIES, 2013. Aquatic Sciences and Fisheries Information System (ASFIS) species list. Retrieved from http://www.fao.org/fishery/collection/asfis/en, July 2013.
  3. Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  4. Barbosa, J.M. and E.C. Soares, 2009. Perfil da ictiofauna da Bacia do São Francisco: estudo preliminar. Revista Brasileira de Engenharia de Pesca 4(1): 155-172.
  5. Conkel, D., 1993. Cichlids of North and Central America. T.F.H. Publications, Inc., USA.
  6. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
  7. Page, L.M. and B.M. Burr, 1991. A field guide to freshwater fishes of North America north of Mexico. Houghton Mifflin Company, Boston. 432 p.
  8. COMPORTAMENTO SOCIAL E CRESCIMENTO EM PARACHROMIS MANAGUENSIS (GÜNTHER, 1867) (PISCES, CICHLIDAE): UMA ESPÉCIE INTRODUZIDA NO BRASIL – José Milton BARBOSA (jmiltonb@gmail.com); Ivo Thadeu Lira MENDONÇA (ivo_thadeu@yahoo.com.br); Manlio PONZI JÚNIOR (mponzi@elogica.com.br) – Deptº. de Pesca e Aqüicultura, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2014
Atualizado: Junho/2018

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

4 Comentário

  1. Muito interessante seu estudo ,pois tenho este peixe no meu lago e achava que era uma espécie de tucunaré.
    Coloquei 40 exemplares no meu lago , meu irmão que me arrumou ele pegou em um lago onde ele está trabalhando vou te mandar fotos .

     
  2. E muito lindo esse peixe tenho ele junto com meus Oscar foi de doação ele meu amigo me deu porque ele matou alguns peixes dele no caso carpas mais aqui ficou de boa brigou um pouco com meus Oscar mais hoje e pacífico e come na minha mão

     

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