Apistogramma bitaeniata (Pellegrin, 1936)
Nome Popular: Apistogramma Bandado, Apisto — Inglês: Banded apisto
Família: Cichlidae (Ciclídeos)
Origem: América do sul, bacia do rio Amazonas
Tamanho Adulto: 5 cm (comum: 3 cm)
Expectativa de Vida: 3 anos
Temperamento: Pacífico
Aquário Mínimo: 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 L)
Temperatura: 24°C a 30°C
pH: 4.5 a 7.0 – Dureza: 1 a 5
Visão Geral
Sua distribuição se restringe a sistemas de águas negras na bacia do rio Amazonas em terras brasileiras, peruanas e adjacentes.
Existem inúmeras variações dependendo da região onde é encontrado e muitas vezes são agrupados como variedades chamadas simplesmente de vermelho, azul, laranja e amarelo. Espécimes machos encontrados no Brasil tendem a apresentar cor amarela na cabeça, enquanto os de cor azul no Peru, embora existam diversas variedades intermediárias. O espécime brasileiro também tende a possuir o corpo mais alongado e a listra presente em seus flancos mais definida comparado com espécimes peruanos.
Algumas variedades receberam o sistema DATZ. Atualmente são representados por A211 (Nanay); A212 (Yavari); A213 (Tefé); A214 (Manacapuru, Lago do Januari); A215 (forma brasileira que ocorre entre a Tefé e Tapajós rios); A216 (Porto Velho).
Ciclídeos anões da América do Sul têm desfrutado grande popularidade devido seu pequeno tamanho, não exigindo grande espaço para serem criados. Outras atrações dos ciclídeos anões são sua aparência atraente e cores chamativas, além de comportamento típico.
Aquário & Comportamento
Aquário com dimensões mínimas de 60 cm X 30 cm X 30 cm (54L) requerido para um casal. Para um trio com um macho e duas fêmeas considerar aquário com de 80 cm de comprimento e mínimo de 100 litros. Para criar com outros ciclídeos anões, considerar um mínimo de 100 cm de comprimento e 200 litros.
O aquário para a espécie deverá conter preferencialmente substrato arenoso e macio, presença de raízes e troncos formando pontos obscuros e cavernas desejável. Deverá ser criado preferencialmente sob iluminação moderada, tal como a presença de plantas como Microsorum,Taxiphyllum, Cryptocoryne e Anubias são alternativas viáveis sob esta condição.
É um ciclídeo anão pacífico, exceto entre machos da mesma espécie ou de cores similares. Uma vegetação densa aliada a presença de raízes quebrará a linha de visão de peixes agressores, diminuindo sua agressividade entre indivíduos de mesmas características, nomeadamente outros ciclídeos anões. Com outras espécies de peixes revelam-se extremamente pacíficos e tolerantes, com exceção em época de reprodução.
Reprodução & Dimorfismo Sexual
Ovíparo. Como a maioria dos ciclídeos anões, a espécie é depositadora de ovos e os pais cuidam da progênie. A fêmea escolhe uma local para desova, normalmente uma toca, leve depressão no substrato ou reentrância de um tronco e limpará o local escolhido. Feita a postura se manterá no local defendendo os ovos de qualquer tipo de intruso, inclusive não raramente do próprio progenitor. Ovos eclodem em até quatro dias e permanecem no saco vitelínico por até três dias se alimentando deste, quando estarão nadando livremente sob supervisão da mãe (ou do casal).
O dimorfismo sexual á bastante evidente, machos são maiores e mais coloridos além de desenvolverem nadadeira dorsal e anal mais longas e pontudas. Fêmeas apresentam cores desbotadas, exceto em época de reprodução quando podem apresentar coloração amarelada.
Alimentação
Onívoro, em seu ambiente natural se alimenta de pequenos crustáceos, insetos, larvas e pequenos vermes. Em cativeiro aceitam alimentos secos sem dificuldades, mas deve-se variar sua alimentação fornecendo micro alimentos vivos (ex. artêmia salina) e outros alternativos como krill, tubifex, bloodworms, entre outros alimentos ricos em proteínas.
Não é recomendado fornecer somente rações e alimentos secos. Ciclídeos anões exigem que seja fornecido alimentos vivos ou congelados ricos em proteínas regularmente para prolongar sua expectativa de vida, além destes alimentos realçarem suas cores.
Etimologia: Apistogramma – “Apisto” grego = mutável e “grama” = alusão as suas cores
Referências
- Kullander, S.O., 1986. Cichlid fishes of the Amazon River drainage of Peru. Department of Vertebrate Zoology, Research Division, Swedish Museum of Natural History, Stockholm, Sweden, 394 p.
- Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
- Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Janeiro/2016
Colaboradores (collaboration): –
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