Haplochromis nyererei (Witte-Maas & Witte, 1985)
Nome Popular: Não possui — Inglês: Inexistente
Família: Cichlidae (Ciclídeos)
Origem: África, endêmico do lago Vitória
Tamanho Adulto: 8 cm
Expectativa de Vida: 5 anos +
Temperamento: Agressivo e territorial
Aquário Mínimo: 100 cm X 40 cm X 50 cm (200 L)
Temperatura: 22°C a 28°C
pH: 7.4 a 8.6 – Dureza: –
Visão Geral
Espécie endêmica do lago Vitória, ocorre nas margens rochosas do lago em profundidade variando entre 1 e 4 metros.
É umas das poucas espécies do lago que não correm risco imediato de extinção, embora esteja ameaçada. Existem inúmeras variações da espécie no aquarismo, se diferenciando na quantidade e distribuição de sua coloração. Cores como vermelho, amarelo e preto ao longo de todo seu corpo são as mais comuns. Mesmo indivíduos identificados como sendo da mesma população pode ocorrer diferenças cromáticas.
Esta espécie foi inserida no gênero Pundamilia (Seehausen & Lippitsch de 1998), porém muitos sites científicos ainda classificam a maior parte dos Haplochomídeos dentro do gênero Haplochromis (Hilgendorf de 1888), até que uma nova revisão taxonômica completa seja publicada oficialmente (Van (Oijen et al. 1996).
Aquário & Comportamento
O aquário para a espécie deverá conter inúmeras rochas formando um paredão rochoso para se refugiarem e demarcarem território. Deixe algum espaço livre para nadarem.
Considerada uma espécie agressiva, machos dominantes estabelecem território sob as formações rochosas. Perseguem todos os indivíduos que invadam o seu território – incluindo fêmeas que não estejam em período de acasalamento – sendo especialmente intolerantes com peixes de coloração semelhante (avermelhada).
As fêmeas e os juvenis circulam pela coluna de água, entre os territórios dos machos. No entanto, também são agressivos: em maternidades pequenas, os alevinos vão eliminando os irmãos mais fracos, desde as 2/3 semanas de vida. As fêmeas não têm qualquer problema em enfrentar outros habitantes do aquário, mesmo sendo bem maiores do que elas.
São bons companheiros para espécies de Mbunas mais ativos, alem de ciclídeos mais agressivos e agitados originários do lago Vitória. O aquário deve ter bastantes esconderijos, e barreiras visuais, para controlar a agressividade do macho dominante. Não é conveniente misturá-los com espécies pacíficas.
Reprodução & Dimorfismo Sexual
Ovíparo. O acasalamento ocorre num local escolhido previamente pelo casal e o macho atrai a fêmea num ritual de movimentos. A fêmea depositará os ovos no solo e o macho fertilizará em seguida. Incubadores bucais, a fêmea guardará os ovos na boca. Cerca de 10 dias os ovos eclodem e a fêmea irá protegê-los na sua boca por cerca de duas semanas ou três semanas. No final do período de incubação os alevinos são libertados, completamente formados e auto-suficientes para procurarem a sua própria alimentação.
Passado o período de incubação, caso a fêmea demore muito para soltar os filhotes naturalmente, pode ser usada uma técnica chamada “stripping fry” que consiste na retirada dos filhotes da boca da mãe pelo aquarista. Depois da liberação dos filhotes é aconselhado separar a fêmea e reforçar sua alimentação por alguns dias até que ela se recupere bem.
O dimorfismo sexual é bem evidente com machos dominantes apresentando coloração vermelha intensa desde sua boca até a cauda, e seus flancos são amarelados cortados por listras verticais negras. Sua nadadeira dorsal, anal e caudal apresentam tons de vermelho. Fêmeas possuem coloração entre levemente dourado e castanho claro.
Alimentação
Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta essencialmente de plâncton e larvas de insetos, completando a dieta com algas. Em aquário aceitará prontamente rações específicas para ciclídeos africanos, devendo ser complementada com rações vegetais e spirulina. Alimentos vivos podem ser fornecidos esporadicamente.
Etimologia: Haplochromis: Grego, haploos = único, simples + grego, chromis = peixe
Referências
- van Oijen, M.J.P., J. Snoeks, P.H. Skelton, C. Maréchal and G.G. Teugels, 1991. Haplochromis. p. 100-184. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris. Vol. 4.
- Baensch, H.A. and R. Riehl, 1995. Aquarien Atlas. Band 4. Mergus Verlag GmbH, Verlag für Natur-und Heimtierkunde, Melle, Germany. 864 p.
- Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
- Pundamilia nyererei (Ciclídeos.com) por Vítor Soares e Nuno Sénica
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2016
Colaboradores (collaboration): –
Boa tarde!
Você têm informações sobre os alevinos dessa espécie e como criá-los?
Agradeço desde já
Se possui um casal formado, a fêmea irá cuidar dos alevinos por alguns dias pós eclosão. Depois é só separar e ministrar micro alimentos específicos para alevinos.
Vc tem informação de onde eu consigo um macho? Sabe de alguém que queira vender ou alguma loja que tenha?
Estou com uma fêmea linda! Coloca ovos direto… Só falta o macho….
Fico no aguardo! Obrigada!