Amoré (Dormitator maculatus)

 

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Dormitator maculatus (Bloch, 1792)

Nome Popular: Amoré, Dorminhoco — Inglês: Fat sleeper

Família: Eleotridae (Eleotrídeos)

Origem: Américas, desde Carolina do Norte (EUA) até região sudeste do Brasil

Tamanho Adulto: 15 cm (comum 8 cm)

Expectativa de Vida: 5 anos +

Temperamento: semi-agressivo

Aquário Mínimo: 80 cm X 40 cm X 50 cm (160 L)

Temperatura: 18°C a 32°C

pH: 7.4 a 8.2 – Dureza: 8 a 12

Visão Geral

Possui ampla distribuição ao longo de toda costa do Atlântico, desde a Carolina do Norte (EUA) até o sudeste do Brasil na América do Sul.

Adultos habitam pântanos, lagoas enlameadas e canais com uma grande gama de salinidade. Ocorre principalmente em água doce, mas pode facilmente ser encontrado em áreas de água salobra como mangues.

É um peixe corpulento e cabeça chata. Sua coloração varia do marrom escuro ao verde oliva com manchas marrom, azul ou verde. Presença de mancha azulada escura na parte superior do opérculo, faixas longitudinais atrás dos olhos e transversais nas nadadeiras ímpares. Nadadeira causal arredondada. Sistema de linha lateral presente apenas na cabeça. Boca grande, oblíqua e terminal com maxila inferior proeminente.  Dorso da cabeça e ventre esbranquiçados.

Conhecido popularmente por diversos nomes comuns: Barrigudo, Cundundé, Amoré, Moré Preto e Dorminhoco.

Aquário & Comportamento

Embora alguns sites indiquem que esta espécie possa ultrapassar 50 cm, dificilmente passam de 15 cm. Mesmo sendo de pequeno porte, é necessário mantê-lo em aquário espaçoso com rochas ou troncos de adorno e preferencialmente substrato escuro. Eventualmente poderá comer algumas plantas, mas pode-se tentar manter plantas mais resistentes. Desenvolvem-se melhor se mantidos em água levemente salobra, embora tolere água doce.

Seu comportamento é variável podendo ser um pouco agressivo com peixes que costumam ficar no fundo do aquário. Territorial com indivíduos da mesma espécie. Sua agressividade diminui bastante se mantido em aquário espaçoso. Evite criar com peixes de porte muito maior ou agressivo.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. Desovam no substrato, normalmente refugiado da luz direta. Ovos eclodem em até 72h dependendo da temperatura e alevinos nadam livremente em até 48h. Não ocorre cuidado parental.

O dimorfismo sexual é evidente com macho possuindo a segunda nadadeira dorsal mais alongada (variável), papila urogenital alongada nos machos e globosa nas fêmeas.

Alimentação

Onívoros, os adultos alimentam principalmente de plantas, sedimentos e invertebrados. Em cativeiro aceitarão prontamente alimentos secos, vivos e congelados. Deve-se fornecer alimento vegetal regularmente.

EtimologiaDormitator (Latim), dormire = dormir, repousar

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Dormitator-maculatus

Referências

  1. Claro, R., 1994. Características generales de la ictiofauna. p. 55-70. In R. Claro (ed.) Ecología de los peces marinos de Cuba. Instituto de Oceanología Academia de Ciencias de Cuba and Centro de Investigaciones de Quintana Roo.
  2. Robins, C.R. and G.C. Ray, 1986. A field guide to Atlantic coast fishes of North America. Houghton Mifflin Company, Boston, U.S.A. 354 p.
  3. Darcy, G.H., 1980. Comparison of ecological and life history information on gobiid fishes, with emphasis on the south-eastern United States. NOAA Tech. Mem. NMFS-SEFC-15. 53 p.
  4. Keith, P., P.-Y. Le Bail and P. Planquette, 2000. Atlas des poissons d’eau douce de Guyane. Tome 2, Fascicule I: Batrachoidiformes, Mugiliformes, Beloniformes, Cyprinodontiformes, Synbranchiformes, Perciformes, Pleuronectiformes, Tetraodontiformes. Collection Patrimoines Naturels 43(I): 286p. Paris: Publications scientifiques du Muséum national d’Histoire naturelle.
  5. Smith, C.L., 1997. National Audubon Society field guide to tropical marine fishes of the Caribbean, the Gulf of Mexico, Florida, the Bahamas, and Bermuda. Alfred A. Knopf, Inc., New York. 720 p.
  6. Hugg, D.O., 1996. MAPFISH georeferenced mapping database. Freshwater and estuarine fishes of North America. Life Science Software. Dennis O. and Steven Hugg, 1278 Turkey Point Road, Edgewater, Maryland, USA.
  7. Riede, K., 2004. Global register of migratory species – from global to regional scales. Final Report of the R&D-Projekt 808 05 081. Federal Agency for Nature Conservation, Bonn, Germany. 329 p.
  8. Peixes estuarinos marinhos do nordeste brasileiro: guia ilustrado

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Maio/2016

Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 880 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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