Acará Disco em 365 dias

Reprodução, nascimento e vida adulta: a fascinante saga da reprodução do Acará Disco, durante um ano

 

Fotos e texto: Marcos Kim – Julho de 2024

Introdução

Uma das imagens mais bonitas do aquarismo é ver um casal de Acarás-Disco zelando por sua ninhada, e “amamentando” a turminha. O Disco é um dos raríssimos peixes que realizam a façanha de transformar seu muco em alimento para os alevinos (não só a mãe faz isso, o pai também).

Nesta foto, os jovens adultos de Discos, completando um ano de idade: uma rica e fascinante jornada! Tem muitos obstáculos, mas vale muito a pena!

Persegui este objetivo durante anos, reproduzir o Acará-Disco, exclusivamente para ver esta imagem, e afinal consegui! A primeira vez, ninguém esquece, mas minha memória não é das melhores. Daí resolvi registrar todo o processo neste artigo, a partir de algumas anotações.

Sei que milhares de pessoas já reproduziram Disco, mas ora, é a minha experiência, são as minhas fotos, e resolvi contar e mostrar do meu jeito. E o artigo pode ser útil para quem tentará reproduzir o Disco pela primeira vez.

Primeiro passo: Conseguir o casal

Para começar, é claro, precisamos de um casal. Aí há dois caminhos: comprar um grupo de Discos, e esperar que formem um casal, ou comprar um casal já formado. Escolhi o segundo caminho, por ter pouco espaço (apenas dois aquários, um de 130L e outro de 90L).

Não é tão simples este segundo caminho, por vários motivos. Primeiro, há três estágios de casal, digamos assim: provável casal, casal que desova mas não se sabe se cuida da cria, e casal cuidador. E mais uma questão: por que um criador vende um casal, em vez de ele mesmo criar? Mas vamos por partes.

Provável casal: é o mais fácil de se achar. Em uma loja, em uma bateria de Discos, naturalmente rola uma afinidade entre dois deles, e estes começam a nadar juntos, escolhem um canto do aquário, espantam os demais.

Neste estágio, já dá pro hobbysta arriscar a compra. Não é garantido que seja um casal! Podem ser duas fêmeas, por exemplo. E nem é garantido que sejam férteis, tampouco que cuidem dos filhotes. Enfim, é apenas uma possibilidade de casal, daí as lojas não cobrarem tão caro por um par assim.

Cheguei a comprar desta forma, e não consegui tirar desova. Mas não é uma enganação, que fique bem claro! A loja oferece uma possibilidade, sem prometer nada, e cabe ao aquarista arriscar a compra.

Casal que desova e fertiliza: neste segundo estágio, temos uma confirmação de ser macho e fêmea, pois se vê os ovos fecundados. Mas, acontece de o casal comer a desova, ou os filhotes. Ou, o criador retirar os ovos assim que são fecundados, para criar separado dos pais.

Portanto, não dá pra saber se os pais são cuidadores. Foi este casal que comprei, de um criador que não sabia se os pais eram cuidadores, pois ele retirava a desova. Alguns criadores fazem isso para poupar os pais do exaustivo processo de cuidar da ninhada. Portanto, fiz a compra sem ter certeza de que seria um casal cuidador.

O casal de Acará Disco Blue Turquesa, no dia 27/05/2023, já prestes a desovar, após limpeza do cone.

Casal cuidador: aqui já falamos de um casal confirmadíssimo, que é macho e fêmea, põe os ovos e ainda cuida direitinho dos filhotes. Comprar casal assim é quase 100% de sucesso. Eu disse quase, pois: pode ser um casal velho, pode ser que não se adapte ao seu sistema de manejo (guarde esta palavra: manejo!).

E podem se divorciar! Sim, Disco tem isso. Briga e vai cada um para um canto. Só que é muito difícil achar um casal prontinho assim, à venda. Via de regra, criadores só vendem casais porque tem excedente de casais formados, ou porque o casal já está velho, e aí produz poucos e fracos alevinos.

A chegada do casal, que veio trocado!

Após muita procura, achei um criador no Ceará, que tinha um lindo casal de Disco Blue Turquesa.

O macho de Acará Disco Blue Turquesa. Belo padrão estriado, nadadeira dorsal pontuda.

Era um raro caso em que macho e fêmea tinham a nadadeira dorsal pontuda, e eram muito parecidos entre si. E o preço era bom, mil reais (valor em maio de 2023, mais R$ 150 de frete).

Comprei, e com muita expectativa, fui ao aeroporto buscá-los. Fiquei muito feliz ao vê-los em casa! Tão feliz que nem reparei que veio outro casal… Filmei, mandei para um amigo, e ele que me deu o toque. O macho era bem parecido com o das fotos e vídeos. Já a fêmea veio trocada: não tinha a nadadeira dorsal pontuda, e tinha pontinhos azuis no corpo, em vez de ser estriada.

A fêmea de Acará Disco Blue Turquesa. Veio trocada, era para ser do mesmo padrão do macho. Mas foi um erro que deu certo.

Mas ok, achei bonita. Não era linda, mas resolvi ficar com o casal assim mesmo. E foi uma boa decisão. Este casal chegou no dia 09 de junho de 2023.

Sorte: rápida reprodução

A esta altura, eu me sentia preparado para conseguir a reprodução, pois além de trocar ideias com criadores experientes de Disco, como o Yan e o Luiz Wada, eu participava de um grupo de WhatsApp do Jayme Monteiro, criador profissional de Discos, formado em Engenharia de Pesca.

E mais importante do que ser experiente: ele foi generoso com as informações, um cara que acredita na importância de compartilhar conhecimento, e aprofunda a pesquisa e a informação repassada. Vai um merchan aqui: ele tem um ótimo canal no YouTube: Discus e Aquariofilia.

Então eu já estava ciente sobre Quarentena Ativa, algo que sempre achava desnecessário. Ora, tenho 40 anos de aquarismo, para que medicar peixe se ele não está doente? Que tipo de manejo é este? Pois acabei convencido que este é um revolucionário e necessário caminho: Acará-Disco é outra conversa, uma complexa conversa.

Eu já tirei cria de Acará-Bandeira, várias vezes, além de outros ciclídeos, e achava que seria parecido. Parecido mas muito diferente! É como a diferença entre corrida de 400 metros e maratona. O percurso é longo e com vários obstáculos. Tirar uma desova de Disco, ver alevinos nascendo é uma coisa. Levar os alevinos pra vida adulta é outra.

Mas voltando ao meu casal. Chegaram bem, se adaptaram mais ou menos rapidamente. Recusaram-se a comer por uns dias, ainda que estivesse fornecendo as mesmas rações do criador.

Minha água tem pH entre 7,50 e 7,90 (sim, Disco vive e se reproduz em água levemente alcalina, sem problemas). Condutividade: 180 microsiemens. Condutividade é um tipo de medida de dureza.

O aquário de reprodução tem 100x50x40cm de altura. Cerca de 130 Litros no display. Sump lateral e sump inferior somam cerca de 70 Litros.

No caso, é uma água levemente dura. Temperatura: 28 graus. O aquário tem a medida de 100x50x40cm (mais largo do que alto), mas tem sump lateral (que ocupa 20cm) e inferior. Sobra para o display tem 130 litros, 80cm de frente. Os sumps somam 70 litros. O sistema totaliza 200 litros. Aquário pelado, tendo apenas um cone de desova. Fundo (traseira) azul translúcido. Chão, com um EVA cor de areia, por baixo.

A alimentação é fundamental neste momento, principalmente no caso da fêmea. Sem estar bem nutrida, ela não formará óvulos. E o macho às vezes se impacienta e bate na fêmea, por causa disso.

Então, entra aqui o primeiro item crucial para quem criar Disco: OBSERVAÇÃO. Vai assim mesmo, em letra maiúscula. E já adianto o segundo item crucial: PACIÊNCIA. Mas vamos focar no primeiro item. O comportamento do Disco é complexo, e por isso mesmo, há opiniões divergentes, entre criadores. Daí a necessidade de observar, analisar, pesquisar, e assim agir com consciência. No meu caso, ainda não fazia patê (que é um senhor alimento, acredite), então só usava ração e enquitréia viva. Esta, em pequena quantidade, por ser gordurosa, embora muito rica em proteínas (70%). Rações: Poytara Black Line e Sera (Insect e ImmunPro).

Limpeza do cone e desova!

No dia 27/05, vi o casal limpando o cone. Um evidente sinal de que estavam prestes a desovar! Fiquei numa alegria enorme! Os criadores já tinham me avisado que uma primeira desova pode ser comida, pode fungar, enfim, não vingar.

Desova visível, mas escondida. Veja detalhe na foto seguinte.

Então, eu estava preparado para o fracasso. Mas, no dia seguinte, 28/05, vi o casal meio escondido, atrás do cone. Tive de olhar de lado, com muita dificuldade, através do sump lateral. E lá estavam os ovos! Uns 100 ovos. Novamente, estava devidamente avisado pelos criadores para observar se os ovos não ficariam brancos, o que indicaria que eles teriam fungado.

Já passei exatamente por isto, alguns anos atrás, com outro casal: desovou, mas fungou tudo (era um casal confirmado, mas velho).

Detalhe da desova. Dia de grande emoção! E expectativa.

No dia 29/05, havia uns 70 ovos, com uma saudável cor âmbar. Portanto, devidamente férteis!

E os outros 30? É normal os pais comerem, porque alguns ovos fungam. Na verdade, são óvulos que não chegaram a ser fecundados. E os pais, zelosamente, comem estes óvulos fungados para não contaminarem os demais ovos.

Alguns criadores adicionam Azul de Metileno, nesta fase, para evitar fungos. Eu não o fiz. Ou fiz? Este é o problema de ter memória fraca… Mas lembro que, neste momento, desliguei o sump e deixei apenas um difusor de ar dentro do display, para evitar a sucção dos futuros filhotinhos.

Aqui fotografei através do sump lateral. Dá para ver os óvulos fungados, que serão comidos pelos pais

Para cobrir a captura do sump, coloquei uma grande esponja de filtragem. Que logo você verá que não foi uma boa ideia.

Nasceu!!!

No dia 30/05/2023, surgiram as larvinhas! Cerca de 60 delas. Este é um dos grandes momentos da reprodução! Ver que o casal é fértil, não come os ovos e nem os filhotes. Desde 2015 tento criar Discos, e esta foi a primeira vez que pude ver esta cena!

Larvas nasceram no dia 30/05/2023. Muita alegria neste dia!!! Foto feita um dia depois.

No dia 01/06, as larvas começaram a cair do cone. Eu ficava apreensivo, em vê-las no chão do aquário. Mas os pais resgataram quase todas e devolveram ao cone.

Mais um detalhe das larvas, fotografadas em 31/05/2023. Cena lindíssima!

Eclodir náuplios de artêmias: duas falhas seguidas

Nesta altura, eu já tinha preparado duas ou três artemeiras, para eclodir ovos de artêmia, e ter náuplios fresquinhos. É muito importante usar náuplios recém-eclodidos, pois o bichinho cresce muito rápido. Se bobear, não cabe mais na boca das larvas do Acará-Disco.

Preparei a água, com 25 a 30 gramas de sal, estava com boa aeração, em lugar fechado e aquecido… Tudo certo! Menos os ovos… Eu tinha um pacote antigo, e embora bem conservado, simplesmente não eclodiu nada. Nisto perdi dois dias. Corri para comprar um pouco em uma loja, e também foi um lote fraco. Baixa eclosão! Mais dois dias perdidos!

Na terceira tentativa, consegui bons ovos, e eclodiram direitinho. Isto aconteceu somente no dia 07/06. A grande sorte é que os Discos, com seu muco transformado, alimentaram suas larvas nestes primeiros dias. Se fossem, por exemplo, larvas de Acará-Bandeira, eu teria perdido a ninhada.

De qualquer forma, os criadores de Disco já tinham me explicado que, quanto antes acostumar as larvas a comerem náuplios de artêmia, melhor. Pois os pais sofrem grande desgaste, pelo esforço de transformar seu muco em alimento.

Por volta do segundo ou terceiro dia de vida, portanto 03/06 ou 04/06, os alevinos começam a nadar. Mas não sabem nadar, saem meio na louca pelo aquário. E nisto, perdi alguns, presos na esponja de filtragem que coloquei na captura do sump.

Passei a fechar esta captura com uma folha de acetato. Não sabia se seria tóxica, mas era o que tinha à mão. Acabou funcionando muito bem. Nesta altura, creio que sobreviveram cerca de 40 pós-larvas.

Nado com os pais: o melhor momento de todos!

No sétimo dia, já dava pra observar o rápido crescimento das larvas do Disco.

Com quatro dias de vida, as larvas já nadam junto à mãe. Na minha opinião, é o ponto alto da jornada da reprodução de Discos. Ver detalhe na foto seguinte.

Nesta fase já se chamam pós-larva, pois nadam de verdade, na horizontal. E o momento em que começam a nadar juntinho dos pais… Ah, acho que todo criador, por mais experiente que seja, ainda se emociona este momento! É lindo demais!

Detalhe da larva nadando junto à mãe. Momento belíssimo! Deixei os filhotes com os pais por quase um mês. Foi o período mais legal de toda a reprodução!

Meu foco era fazer boas fotos desta fase, e como fui fotógrafo profissional, tinha o equipamento adequado para fazer as fotos. A saber: Canon 5D Mark II, objetiva 100mm/f 2.8 macro, flash 600 EX RT, com transmissor remoto.

Mais uma imagem das larvas com quatro dias de vida, agora junto ao pai. Ver detalhe na
foto seguinte.

Por volta do nono dia de vida, comecei a colocar náuplios de artêmia, para os Disquinhos. Os criadores já tinham dado as dicas: pingar bem pouco, bem pertinho dos pais, para ver se tem interesse.

Detalhe das larvas nadando junto ao pai.

Era nítido ver que ficavam divididos entre comer o muco ou os náuplios, e preferiam o muco. Mas era importante insistir pois, quando mais comessem náuplios, mais preservaria a saúde dos pais.

Pós-larvas de Disco, com 14 dias de vida, junto ao pai. Crescem tão rápido nesta fase, que parecem diferentes do dia para a noite.

No dia 11/06, já era possível observar que os Disquinhos começavam a agir como adultos, ou seja, buscar a comida (os náuplios) no chão do aquário. É um momento de alívio, pois a partir daí, incomodam menos os pais.

Momento bonito do alevino, junto da mãe. 16 dias de idade.

Uma curiosidade importante: as larvas são atraídas pela cor escura (chama-se fototactismo negativo). Por isso, os pais se esforçam para ficar mais escuros (e ficam até mais bonitos), para atraí-los. Assim, é recomendável não ter esponjas pretas no aquário, pois pode atrair as larvas e elas ficarão ali, presas.

Momento “pinguim” do alevino, embaixo do pai. 16 dias de idade.

No dia 14/06, já dava pra ver uma faixinha preta sobre os olhos dos alevinos. Eles pareciam crescer da manhã para a tarde. A alimentação com náuplios ia muito bem, mas é um trabalho considerável, ficar eclodindo ovos, capturar náuplios, lavar, limpar a artemeira, colocar novos ovos…

Iniciei a transição para alimento não-vivo. Ração esfarelada, bicavam e cuspiam. Cisto desencapsulado de artêmia, eu acredito que pegavam um pouquinho.

A galera, com o pai, aos dezesseis dias de vida. Para um crescimento rápido e saudável, é
muito importante alimentar com náuplios de artêmia, nesta fase.

Era difícil de enxergar. Mas, pelo sabor supostamente parecido com o dos náuplios vivos, acho que era palatável para os Disquinhos.

A triste separação de pais e filhos

Aos 24 ou 25 dias de idade, decidi separar os pais dos filhotes. Por um lado, é tão bonito ver os filhotes nadando coladinho nos pais… mas por outro, aquelas mordidas dos filhotes começam a machucar os pais, arrancando muco e deixando pequenas feridas.

26 dias de vida: quase redondo. Hora de separar os filhotes dos pais. Triste, mas necessário.

Os pais já estão cansados e imunossuprimidos. É importantíssimo preservá-los, afinal trabalharam bastante e me deram muita alegria! É mais ou menos a mesma história, quando se tem filhotes de cachorro. Os filhotes mamando na mãe é bonito de ver, mas quando surgem os dentinhos, machuca muito a mãe. Hora de separar.

Com quarenta dias, os alevinos já tem “cara” de Disco.

Para os alevinos, pode-se usar um aquário pequeno, pois assim dispersa menos o alimento. No meu caso, só tinha o aquário de 90 litros, então usei com coluna d’água mais baixa. E um pouquinho de sal na água. Uma ou duas gramas por litro, não lembro.

Já para os pais, é muito importante colocar um pouco de sal também (aí usei duas gramas por litro), para ajudar a recuperar o muco. Esta dica vi neste ótimo vídeo do Jayme Monteiro:

Fase jovem: meio chata e trabalhosa

Daí em diante, digamos na fase de um a seis meses de idade, temos um período um pouco monótono. Os peixes são bonitinhos, mas sem cor, que começa a aparecer lá pelos cinco meses de idade (pelo menos no caso dos Blue Turquesa).

Fêmea ficou separada do macho, mas mesmo assim desovou duas vezes.

Neste momento, havia 32 filhotes com um mês de idade (daqui a pouco detalho o percurso futuro deles). Os criadores diziam que era importante chegar aos seis meses de idade, pois a partir daí, a perda seria muito improvável.

Com dois meses, ficam redondinhos, pouco maiores do que uma moeda de um real.

O sucesso na criação de Disco não acontece na eclosão dos ovos, mas sim, no momento em que os filhotes passam de seis meses.

Eu queria ver os peixes crescendo logo, pela curiosidade em ver o que se tornariam, então entrei em uma insana rotina: alimentar oito vezes por dia. A questão é: SIFONAR SEMPRE ANTES DE ALIMENTAR.

O brilho metálico, típico dos Discos azuis, começa a aparecer. 60 dias de idade.

Novamente, desculpe pela maiúsculas, mas isto eu aprendi. Uma forma importante de manejo sanitário é manter o chão do aquário sempre limpo. Por quê? Porque o Disco prefere comer no fundo, infelizmente. E é justamente no fundo que ficam as fezes, ovos de parasitas, os próprios parasitas, enfim, o que há de pior para a saúde do peixe.

As cores e padronagens começam a aparecer nas nadadeiras. 60 dias de idade.

Imagine você, comendo no chão da sua casa, sem prato e sem talheres. Ao jogar ração em um fundo sujo, com certeza o Disco adquire patógenos. Mesmo que bique as fezes e cuspa em seguida, acaba absorvendo um pouco do que está ali.

O grupo de filhotes, com 70 dias de vida, cerca de 3cm de altura, tendo o aquário dos pais
só para eles.

Portanto, siga a regra: sifonar sempre antes de alimentar. Só que fazer isto oito vezes por dia… Olha, eu fiquei fisicamente cansado. Sim, valia a pena, era visível a saúde dos peixes! Mas era uma canseira. Do tipo que me fez pensar: não vou reproduzir Discos nunca mais!

Profilaxia, desde pequenos!

Você tem filhos? Se sim, suponho que os vacine, desde bebês. Com todo o respeito aos anti-vacina, eu acredito que é importante prevenir algumas doenças, que são potencialmente muito graves para as crianças.

Dar banho de Permanganato de Potássio é uma rotina de pouco risco (não é zero) e altos benefícios. Comecei com 30 dias, e vai por toda a vida do peixe, como um tratamento preventivo de baixíssimo custo.

Pois o mesmo raciocínio vale para o Acará-Disco, mesmo sendo filhotinhos. Substâncias como Permanganato de Potássio, Azul de Metileno, Levamisol, Sulfato de Magnésio etc, passaram a fazer parte do meu vocabulário, e da minha farmacinha de peixe.

Esta é uma cena que todo aquamasoquista (aquarista que resolve criar Disco a sério) incorpora na rotina: banho de Permanganato de Potássio (PP) e sal. E em caso de emergência, água oxigenada, para anular o fármaco. A aplicação começa aos 30 dias de vida.

Mesmo que o peixe não apresente sintoma de doença, há pelo menos dois procedimentos básicos a fazer: desparasitar e vermifugar. Os criadores sempre me falaram da importância destes dois procedimentos, e eu custei a acreditar e a incorporar em minha rotina.

Não, não é uma cena de “Breaking Bad”. É a farmacinha que todo criador sério de Disco precisa ter. PP, Levamisol, sal, sulfato de magnésio, azul de metileno, Aqualife, metronidazol, mebendazol… e a balança de precisão é muito importante!

Quando se trata de criação de Discos, a frase do Jayme Monteiro é: “se você vai tratar o peixe doente, já chegou atrasado”. A ideia é prevenir, para não remediar. Isto é um manejo sanitário (lembra que eu falei pra você guardar esta palavra?)

Manter baixa carga parasitária!

Desparasitar: o principal patógeno que afeta o Acará-Disco é o Dactylogyrus (e seu parente próximo, o Gyrodactylus). Um maldito verme (trematódeo) que tem literalmente garras, e fisga principalmente nas brânquias do peixe.

Reproduz muito rápido, em seis dias fica adulto e bota ovos. E aqui cabe uma explicação importantíssima: o Disco não é um peixe sensível. Ele é exigente sim (afinal é o Rei dos Aquários!), mas não é sensível nem frágil. Aguenta muitos ataques de patógenos, e vai acumulando esta carga parasitária, enquanto outras espécies de peixe morrem depois do mesmo tipo de ataque.

Enfim, é um peixe robusto, e é isto que dá tempo de tratá-lo. Não vou me aprofundar no assunto, pois não sou especialista e não é o assunto deste artigo.

Disco normal é muito ativo e curioso!

Mas o fato é: o Acará-Disco é SUSCETÍVEL ao Dactylogyrus, e vai acumulando este parasita.

Preste atenção nisto: o Disco normal é ativo, curioso, de nadadeiras abertas. “Ah, mas na loja eu vejo o Disco meio parado, fechado, boquejando, meio escondido…” Então vou te dizer: este peixe está com alta carga parasitária. E ninguém o trata, porque não reconhece que o peixe está prestes a ficar doente.

Disco com 5 meses de vida, cerca de 5cm. A padronagem começa a se definir. Este é um Spotted, como a mãe.

É preciso BAIXAR A CARGA PARASITÁRIA do Disco, ANTES que ele fique doente. E justamente porque o Disco é um peixe robusto, podemos fazer isto! Ele aguenta os tratamentos profiláticos. O risco é zero? Não, pode dar “zebra”, o Disco pode ter uma reação adversa aos fármacos e morrer de um ataque bacteriano (que é fulminante).

Mas acredite; compensa muito arriscar, e passada a Quarentena Ativa, obter um Disco muito, muito saudável: ativo, muito curioso, comendo avidamente, sem vergonha, que dá até para pegar na mão. Um Disco que a grande maioria dos aquaristas não teve a chance de ver na vida.

Para comparar: sabe aquele garoto que vive fungando, mas brinca bem, come bem? Ele não está doente, mas tem algum probleminha. Rinite, talvez. Pois digamos que o Disco sempre está com sua “rinite”: um pouquinho de parasitas, portanto está sempre neste estágio de fungar. Daí pode ficar resfriado, gripar (sinal amarelo), pegar pneumonia (sinal vermelho). É esta escalada que é evitada, se você praticar o manejo sanitário, quarentena ativa, como você quiser chamar. Nos próximos parágrafos detalho mais isto.

Por quê estou falando tanto do Dactylogyrus, mesmo não sendo o objeto deste artigo?

Porque manter o controle sobre ele é crucial, para ter sucesso na reprodução do Acará-Disco. Essa peste sempre estará presente em seu sistema! De algum lugar ele vem, se infiltra no seu aquário, e se reproduz muitíssimo. Agora mesmo, seu aquário tem uns milhões de Dacty. “Ah, mas meus peixes estão bem!” É porque tem espécies que não são suscetíveis a ele. Ou você não percebeu os sintomas descritos a seguir.

Nível verde, amarelo e vermelho

Eu diria que o Disco sempre estará infectado de Dacty (não sou cientista nem pesquisador, não estou fazendo uma afirmação científica, que fique claro).

Por quê? Porque o Dacty está no sistema, e o Disco é SUSCETÍVEL a ele. Simples assim. A questão é a quantidade. Uma baixa carga parasitária, digamos que é sinal verde (a rinite, um resfriadinho). O Disco aguenta bem, e leva a vida normal, com relativa saúde. Quando a carga aumenta, o peixe começa a tremer uma das nadadeiras, bocejar, querer até se coçar.

Com 6 meses de idade, experimentei um layout básico no aquário dos jovens Discos. Juntou sujeira, difícil de sifonar. Desisti em dois dias.

São sintomas clássicos da presença incômoda do parasita. Temos aí um sinal amarelo (a gripe). E se o Disco deixa de comer, fica escuro, ofegante, opérculo aberto, pode ser que tenha tanto Dacty grudado nas brânquias, que ele sinta dor ao mastigar, e desista de comer, mesmo com fome.

Imagine você com as gengivas inchadas. Cada mordida na comida dói. Aí fica difícil comer até uma banana. Temos sinal vermelho (a pneumonia). O Disco aguenta vários dias sem comer. Mas em algum momento, vai morrer de fome, literalmente.

Em resumo: Quarentena Ativa tem de ser feita, para evitar chegar no sinal amarelo/vermelho. Manter sempre no sinal verde.

Rotina de quarentena ativa

A questão é: devo tratar os filhotes com Quarentena Ativa, se não tem sintomas claros de doença?

A minha resposta é sim (mas cada um cria como quiser ou puder). Não foi fácil eu concordar com isto de Quarentena Ativa, repito. Mas uma vez incorporado o conceito, eu pretendo usar em todos os peixes que adquirir, não só os Discos.

Nesta fase, infelizmente eu fiz poucas anotações, porque como eu disse, é um pouco monótono, os Discos apenas crescem. Mas seguindo as indicações do Jayme Monteiro, fiz um primeiro ciclo de 4 aplicações do PP (Permanganato de Potássio), que precisa ser em um aquário pelado. Ou seja, só vidro, difusor de ar e termostato. Praticamente um aquário hospital. Devo ter começado com cerca de 30 dias de vida. Quatro aplicações, com intervalo de uma semana.

(Parênteses: e os pais? Nesta altura, eu os mantinha separados por uma grade de acrílico, pois não queria lidar com duas ninhadas ao mesmo tempo. Mas, mesmo assim, a fêmea desovou. E era muito óvulo!

Isto aconteceu duas vezes, e dava pena ver a fêmea ali, ventilando os óvulos, zelando por eles. Foi a hora de emprestar o casal a um amigo, o Chico Almeida, que até então não gostava muito de Discos, mas passou a gostar muito!

Isto é uma das coisas bonitas do aquarismo: compartilhar peixes, formar amizades. Ele tirou duas ninhadas, mas um apagão elétrico levou à perda total dos alevinos. Para dar um descanso, o Chico separou o casal, mas a fêmea ainda desovou sozinha mais duas vezes. Uma supermãe!)

Segundo passo: vermifugação

O segundo passo de uma Quarentena Ativa é a vermifugação. Existem muitos tipos de verme (o próprio Dactylogyrus é um tipo de verme trematóide). Um dos vermes mais frequentes a atazanar a vida do Disco são os nematóides (conhecidos como vermes redondos).

E contra eles, o indicado é o Levamisol. Este tem o mérito de ter dupla função: além de combater nematoides, é um imunoestimulante. Novamente, quatro aplicações, com intervalo de uma semana. No caso, usa-se de forma associada o sal e o sulfato de magnésio (que é um tipo de laxante).

Repicagem de peixes, já ouviu falar?

Com cerca de 90 a 100 dias de idade, comecei a perceber uma diferença de tamanho entre os filhotes. E ela só foi aumentando, afinal, os maiores eram mais rápidos e comiam mais, e os menores comiam menos.

Acho que neste momento, começou o famoso chega-pra-lá dos ciclídeos. Um constante aviso de que o mais forte manda. Fazer a Quarentena Ativa é uma forma de reduzir a diferença de tamanho entre os filhotes, na medida em que todos ficam saudáveis.

Mas como eu disse, a diferença aumentou gradualmente. Além disso, com o crescimento dos peixes, mesmo dois aquários não comportavam o grupo todo. Hora de apelar novamente ao Chico Almeida, que em 07/12 levou os 16 menores filhotes (eu fiquei com os 16 maiores).

Até então, eu não estava pensando em ficar com os filhotes. A vida toda reproduzi peixes e doei os filhotes. Raramente vendi. Minha curtição é fotografar o processo destes momentos belíssimos da reprodução. Depois, não costumo levar a cria para frente.

Mas um criador e amigo, o Yan, me convenceu a levar estes Discos até à vida adulta, porque só então eles mostrariam toda a sua beleza. E a brincadeira fica séria quando você escolhe os melhores para formar um novo casal, e aí surgem novas cores, novas padronagens. O Jayme me disse a mesma coisa.

Em novembro de 2023, com cerca de seis meses de idade, houve a primeira chateação em termos de doença: dois Discos estavam com “nariz” vermelho. Uma provável infecção por Dactylogyrus (embora normalmente ataquem brânquia, podem atacar outras partes do corpo).

Fiz o tratamento de PP, os peixes ficaram bem, muito ativos e saudáveis, mas parte da mancha continuou. Talvez um tipo de cicatriz. Mais um parênteses: reparei que, em média, os Discos crescem um centímetro por mês. É um número bastante vago, mais baseado nos Discos maiores.

E não é um crescimento linear. Como nas crianças, tem uns períodos de estirão de crescimento.

De novo, falta de espaço

Com sete meses de idade, a diferença de tamanho estava grande. Quase o dobro, entre o maior e o menor. Foi neste momento que o Chico levou metade dos filhotões, já adolescentes.

Discos com 6 meses e dez dias de vida, cerca de 7cm. Aqui parece haver um “estirão” no crescimento, em relação à foto anterior, de 5 meses.

Neste momento, arrisquei fazer uma decoração no aquário, com rochas, troncos e plantas. Ficou mais bonito, mas reteve muita sujeira. E eu estava na “neuras” de deixar sempre muito limpo, então esta decoração não durou nem dois dias. Deixei o aquário pelado de novo. Foi um alívio. Aquário bare-bottom (sem nada no chão) facilita muito a manutenção.

Já em 2024, Aos oito meses de idade, eu estava um pouco entediado com esses Discos. A rotina de manejo sanitário é pesada: muita sifonagem, limpeza de filtros, as profilaxias… como exige disciplina!

Os peixes não tinham tanta cor, nem padrão definido. Foi aí que o Chico começou a fazer patê, seguindo a receita do Jayme Monteiro. Eu evitava patê, porque suja muito a água. E dobra o trabalho da sifonagem. É preciso sifonar antes e depois de dar, pois gera muito farelo. Mas de novo, o trabalho é compensado pelo resultado.

Os Discos estranharam no começo, mas em questão de semanas, passou a ser o alimento favorito deles. Hoje posso descrever a ordem de preferência dos meus Discos: patê, artêmia viva, ração Sera, ração Poytara Black Line, enquitreias vivas. Curioso como gostam mais de ração do que de enquitreias vivas. No final da lista, vem ração com spirulina a 20%. Boa para a saúde e para a coloração azul e metálica do Disco, mas não agrada ao paladar dos meus peixes.

Comecei a dar patê em 05/02/2024. Observei uma diferença interessante no uso do patê: o Disco fica robusto e ativo (e agressivo). É diferente de comer ração, que deixa o peixe gordo, de barriga cheia, mas parece que o resto do corpo não acompanha.

Segundo os criadores, o patê ajuda a deixar o Disco mais redondo. Nesta altura, com cerca de 9 meses de idade, o maior Disco tinha 10cm. O menor, uns 5cm.

Em 17/02/2024, observei fezes brancas, tipo uma mucosa gelatinosa. Sintoma de protozoário. O Jayme desenvolveu uma lista dos seis principais passos na profilaxia e tratamento dos Discos, e neste caso, o indicado foi o Metronidazol. Aplicação trabalhosa (olha a palavra “trabalho” aí de novo). Tem de aplicar de 8 em 8 horas. Este foi um dos tratamentos mais chatos, por causa desta rotina de aplicar 3x por dia. Mas funcionou.

Em 25/02/2024. Novo ciclo de PP. Creio que é recomendado fazer estes ciclos de desparasitação e vermifugação a cada 6 meses. Ou antes disso, se surgirem sintomas. Estudar os sintomas é um item muito importante, para o criador de Discos. E vamos ser francos: por ser um peixe caro, ninguém desiste fácil, quando adoece.

Nova separação, novos endereços

Aos onze meses de idade, finalmente os jovens Discos começaram a ter uma padronagem definida.

Dos 16 peixes, 6 eram estriados, como o pai. 4 eram spotted (com pintinhas, como a mãe). Estes eram os dez maiores. Dos 6 menores, não era bem clara a padronagem, mas puxavam para estriados. Um não tinha padrão. O criador Yan falou para manter, pois seria um coringa no futuro, se quisesse reproduzir: poderia gerar crias estriadas e spotted. E era bonitinho, lembrava um Disco selvagem.

Nesta época, um casal de amigos lojistas, o Paulo e a Pamela, da Aquário Way, estavam para inaugurar um aquário de 400 litros na loja, diferente no formato. Era um quadradão largo e baixo, com sump traseiro. Perfeito para assentar um tronco gigante, como de fato foi feito.

E eles decidiram que a estrela do aquário seriam os Discos. Então o Chico passou os 16 filhotes dele para a loja, e eu passei 10 filhotes meus para o Chico: os seis menores e os 4 Spotted. Fiquei com os 6 estriados maiores, que a esta altura, já estavam com 12cm. Ou seja, meu aquário de 130 litros dava certinho pra eles.

(Parênteses: eu precisaria de pelo menos quatro aquários para criar apenas uma ninhada, mas só tenho dois aquários, pois é tudo que cabe no espacinho que tenho, então o jeito é repassar os peixes. E tudo bem, gosto de repassar os peixes, eles passam a ser um vínculo positivo entre amigos, cria um elo entre novos amigos, como eu disse anteriormente)

De novo, Dacty. E um erro enorme!

No dia 20/04/2024, meus 6 Discos começaram a ficar escuros e ofegantes. Sinal amarelo, até vermelho, de Dactylogyrus. Agi rápido, entrei com PP, melhorou rápido também. Mas minha decepção foi ter me dedicado muito, e ter de novo um ataque desta peste desgraçada.

Me senti como o aluno que estuda muito, faz as tarefas, e mesmo assim pega uma recuperação. Creio que a falha foi a falta de limpeza mais frequente nos sumps. “A sujeira é a casa do parasita”, diz o Jayme.

Em 30/04/2024, os Discos completavam 11 meses de idade. Iniciei Levamisol de forma preventiva. Fui desatento, e coloquei DEZ VEZES a dose indicada. Os Discos dispararam a nadar, batiam no vidro, nas travas (graças às travas, não foram se arrebentar no chão).

Troquei imediatamente toda a água do aquário. Os bichos ficaram uns minutos deitados no chão do aquário. Pensei que todos morreriam. Mas fazendo jus à fama de robustos, se levantaram e se amontoaram num canto do aquário. Completamente pretos. Nunca os tinha visto tão escuros.

Duas dicas que os criadores tinham me dado, que foram salvadoras. Yan: sempre tenha água de reserva, suficiente para uma troca total. Jayme: nunca saia de perto do aquário nas horas iniciais de um tratamento, para poder reagir rapidamente.

Em 03/05/2024, adicionei sal, para recuperar o muco (havia ralados no corpo de alguns deles). 2 gr/Litro. Comprei artêmias vivas. Comeram muito bem. Aí respirei aliviado. Vi que não morreriam mais.

É impressionante observar não só como o Disco é robusto, mas como se recupera rapidamente. E em 14/05/2024, os Discos Blue Turquesa estavam totalmente recuperados, comendo patê, com ótimas cores. Difícil acreditar que há duas semanas, quase matei todos.

Um ano!! Ufa!

Finalmente, em 30/05/2024, os Discos completaram um ano! Chegaram bonitos, saudáveis, nadadeiras abertas, cores ótimas, cerca de 13cm. E prontos para formar novos casais, a partir de agora. Aleluia!

Os jovens adultos, completando um ano. Segundo o criador Yan, agora começam a ficar mais redondos, desde que bem alimentados (com patê, por exemplo). Em breve, formarão novos casais, e a vida continua!

Olha, vou te falar: nestes 365 dias, teve altos e baixos. Foi uma longa trajetória, com diversos obstáculos, um período que realmente exigiu observação e disciplina. E tive sorte também. Sorte de achar um casal cuidador, sorte de ter o apoio de criadores experientes, a quem devo agradecimentos: Yan, Luiz Wada e Jayme Monteiro (repito o merchan: procurem o canal dele no YouTube: Discus e Aquariofilia, é extremamente útil).

Making Of

Houve um momento em que eu não quis mais criar Discos, por causa da trabalheira e da exigência desses peixes. Mas no dia 13/04/2024, eu comprei mais um lote de Discos… rsrs. Dez pequenos Red Royal.

Lá vamos nós sofrer de novo! Afinal, um aquarista que reproduz Discos é um aquamasoquista. Se vale a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena, se a verba não é pequena, se a preguiça não é grande. Pois Disco não é para principiante e nem para preguiçoso. Exige muito. É desafiador. E falando em desafio, o meu próximo é reproduzir Disco Selvagem. Mas eu juro que, se eu conseguir, eu paro com Discos!

Making of 12 meses

PS: tenho alguns vídeos dos Discos, e em breve, coloco em um canal de YouTube. Acompanhe a atualização deste artigo, e informarei o canal. Informarei também na página do Facebook e do Instagram, sobre estas atualizações. Até breve!

Sobre Marcos Kim 1 Artigo
Marcos Kim é aquarista amador, dedicado ao hobby desde os 11 anos. Tem foco em reproduzir peixes, fotografar o processo e compartilhar suas experiências.

8 Comentário

  1. Que artigo maravilhoso, comecei com Discos Selvagens, pois ganhei de presente. Percebi que tenho que tratar um deles urgente.
    Os outros estão saudáveis.

     
  2. Excelente matéria. Descreveu como é a paixão em se criar discos, e o aquamasoquista que existe em nós. Muitos detalhes, excelente texto, mostrando não só conhecimento, como sentimentos que todos que criam irão reconhecer. Parabéns!

     
  3. Belíssimo artigo, Kim! Parabéns por detalhar tão precisamente toda a jornada! Com certeza um material riquíssimo, muito bem documentado com fotos maravilhosas!

     
  4. Grande Rechi! Sempre digo que você é um herói anônimo do aquarismo brasileiro! Mas espero que, aos poucos, você tenha o devido reconhecimento, pela sua grande contribuição na disseminação de informações de qualidade.

     

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