Peixe Cachorro (Acestrorhynchus isalineae)

 

Acestrorhynchus isalineae (Menezes & Géry, 1983)

Foto de H-J Chen (c)

Nome Popular: Peixe Cachorro

Ordem: Characiformes — Família: Acestrorhynchidae

Distribuição: América do Sul, endêmico da bacia do rio Madeira no Brasil

Tamanho Adulto: 10 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

pH: 6.0 a 7.4 — Dureza: –

Temperatura: 24°C a 28°C

Aquário Mínimo: 100 cm comprimento X 50 cm largura — são peixes bastante ativos e extremamente rápidos, exigindo um bom espaço para nadarem. Mesmo os juvenis precisam de bastante espaço, uma vez que tendem a agir de forma agitada em pequenos tanques e podem facilmente se machucar chocando contra o vidro.

Esta espécie ocorre quase que exclusivamente em águas abertas, portanto, a decoração do aquário é um tanto indiferente incluindo o uso de substrato. O aquário deverá ser provido de bastante espaço aberto para nadarem. Tampar bem o aquário, pois são ótimos saltadores.

Comportamento & Compatibilidade: São relativamente pacíficos, mas bastante agitados e comem peixes menores, mordiscam peixes de natação lenta ou de nadadeiras longas. Pode-se criar em aquário comunitário com peixes de médio porte como ciclídeos, doradídeos, Mylossoma e afins.

Quando juvenis são gregários e a medida que se tornam adultos tendem a serem mais solitários, embora costumam ficar agrupados. Por esta razão é importante manter pelo menos seis espécimes ou mais. Importante frisar que são canibais, se tentar adicionar novos espécimes a um grupo já existente garanta que possuam tamanho similar ou sejam maiores.

Alimentação: De acordo com sua dentição e forma corporal, trata-se de um predador que se alimenta quase exclusivamente de peixes. Quando inseridos em aquário normalmente aceitam apenas alimentos vivos, mas podem serem condicionados a aceitarem alimentos mortos ou até mesmo secos.

Reprodução: Ovíparo. São dispersores livres. O ritual de reprodução começa com o macho perseguindo e mordiscando a fêmea, posteriormente ele apertará a papila genital da fêmea forçando a liberar os ovos, onde serão fecundados em seguida. Não ocorre o cuidado parental.

Dimorfismo Sexual: Fêmeas sexualmente maduras tendem a crescer um pouco mais e ter um corpo mais roliço do que os machos.

Biótopo: Uma espécie onipresente, frequentemente encontrado em toda a extensão de águas com fluxo moderado. Ocorre nos principais canais de rios e afluentes.

Etimologia: Acestrorhynchus: grego, agkistron = gancho + grego, rhyngchos = focinho. Isalineae, em homenagem à Sra. Isaline Drecq, esposa do Sr. Guy van den Bossche, um participante da expedição em que a espécie foi descoberta.

Sinônimos:

Informações adicionais: Espécie intimamente relacionada com outras do gênero como A. nasutus , A. maculipinna e A. isalineae. São todos caracterizados pela presença de duas faixas longitudinais escuras, uma indo da ponta do focinho até a base da nadadeira caudal e a outra da parte inferior da maxila até a parte inferior do pedúnculo caudal.

Padrões semelhantes estão presentes em espécimes juvenis de A. falcirostris,  embora seja claramente distinguível pelo tamanho adulto comparado com as outras três espécies.

Referências:

  • Oyakawa, O.T., 1998. Catalogo dos tipos de peixes recentes do Museu de Zoologia da USP. I. Characiformes (Teleostei: Ostariophysi). Pap. Avuls. Zool.
  • Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
  • López-Fernández, H. and K. O. Winemiller, 2003 – Ichthyological Exploration of Freshwaters 14(3): 193-208
    Morphological variation in Acestrorhynchus microlepis and A. falcatus (Characiformes: Acestrorhynchidae), reassessment of A. apurensis and distribution of Acestrorhynchus in Venezuela.
  • Toledo-Piza, M., 2007 – Zoological Journal of the Linnean Society 151(4): 691–757
    Phylogenetic relationships among Acestrorhynchus species (Ostariophysi: Characiformes: Acestrorhynchidae).

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2021
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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