Apistogramma Borelli

 

Apistogramma-borelli

Apistogramma borellii (Regan, 1906)

Nome Popular: Apistogramma borelli, Cará, Carazinho — Inglês: Umbrella cichlid

Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Origem: América do sul, bacia do Rio Paraguai e do baixo rio Paraná até a Argentina

Tamanho Adulto: 4 cm

Expectativa de Vida: 3 anos

Temperamento: Pacífico

Aquário Mínimo: 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 L)

Temperatura: 22°C a 28°C

pH: 6.4 a 7.0 – Dureza: 2 a 6

Visão Geral

Espécie nativa do sul do Brasil, Paraguai e norte da Argentina. Ocorre em córregos e afluentes do Rio Paraguai e inferior das bacias do Rio Paraná. 

Estas áreas representam algumas das regiões mais meridionais em que os Apistogrammas são encontrados. Consequentemente, os peixes destas áreas estão expostos a temperaturas de água mais frias do que a maioria Apistogrammas.

Inúmeras formas ornamentais desta espécie foram seletivamente selecionados para o comércio de aquarismo. Atualmente utiliza-se o sistema DATZ para distingui espécies similares, sendo atribuído A234 para esta espécie e A103, A104, A105  para espécies semelhantes dependendo da região onde é encontrado.

É um dos Apistogrammas mais fáceis de se manter e mais comum nas lojas de aquarismo. Ciclídeos anões da América do Sul têm desfrutado grande popularidade devido seu pequeno tamanho, não exigindo grande espaço para serem criados. Outras atrações dos ciclídeos anões são sua aparência atraente e cores chamativas, além de comportamento típico.

Aquário & Comportamento

Aquário com dimensões mínimas de 60 cm X 30 cm X 30 cm (54L) requerido para um casal. Para um trio com um macho e duas fêmeas considerar aquário com de 80 cm de comprimento e mínimo de 100 litros. Para criar com outros ciclídeos anões, considerar um mínimo de 100 cm de comprimento e 200 litros.

O aquário para a espécie deverá conter preferencialmente substrato arenoso e macio, presença de raízes e troncos formando pontos obscuros e cavernas desejável. Deverá ser criado preferencialmente sob iluminação moderada, tal como a presença de plantas como Microsorum, Taxiphyllum, CryptocoryneAnubias são alternativas viáveis sob esta condição.

É um ciclídeo anão pacífico, exceto entre machos da mesma espécie ou de cores similares. Uma vegetação densa aliada a presença de raízes quebrará a linha de visão de peixes agressores, diminuindo sua agressividade entre indivíduos de mesmas características, nomeadamente outros ciclídeos anões. Com outras espécies de peixes revelam-se extremamente pacíficos e tolerantes, com exceção em época de reprodução.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo. Como a maioria dos ciclídeos anões, a espécie é depositadora de ovos e os pais cuidam da progênie. A fêmea escolhe uma local para desova, normalmente uma toca, leve depressão no substrato ou reentrância de um tronco e limpará o local escolhido. Feita a postura se manterá no local defendendo os ovos de qualquer tipo de intruso, inclusive não raramente do próprio progenitor. Ovos eclodem em até quatro dias e permanecem no saco vitelínico por até três dias se alimentando deste, quando estarão nadando livremente sob supervisão da mãe (ou do casal).

O dimorfismo sexual á bastante evidente, machos são maiores e mais coloridos além de desenvolverem nadadeira dorsal e anal mais longas e pontudas. Fêmeas apresentam cores desbotadas, exceto em época de reprodução quando podem apresentar coloração creme puxando para amarelo.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural se alimenta de pequenos crustáceos, insetos, larvas e pequenos vermes. Em cativeiro aceitam alimentos secos sem dificuldades, mas deve-se variar sua alimentação fornecendo micro alimentos vivos (ex. artêmia salina) e outros alternativos como krill, tubifex, bloodworms, entre outros alimentos ricos em proteínas.

Não é recomendado fornecer somente rações e alimentos secos. Ciclídeos anões exigem que seja fornecido alimentos vivos ou congelados ricos em proteínas regularmente para prolongar sua expectativa de vida, além destes alimentos realçarem suas cores.

Etimologia: Apistogramma – “Apisto” grego = mutável e “grama” = alusão as suas cores

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Referências

  1. Kullander, S.O., 2003. Cichlidae (Cichlids). p. 605-654. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
  2. Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Janeiro/2016

Colaboradores (collaboration): –

 

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

2 Comentário

  1. Ola, quantos litros você recomendas para um comunitário com uma casal?
    Quais peixes da Bacia do Urugai você acha interessante pra por com ele em um biotopo?
    (Adoro seus artigos, são sempre uma excelente referencia para todos os peixes que já tive ou tenho)
    Desde já agradeço

     

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