O crânio de um ictiossauro, da ordem de répteis marinhos jurássicos extintos há 200 milhões de anos, foi escaneado em 3D recentemente por cientistas — o que trouxe novidades a respeito da anatomia da criatura. Essa é considerada uma descoberta única, visto que esses fósseis geralmente estão em péssimo estado físico por causa do tempo.Os fósseis dos ictiossauros foram encontrados no condado inglês de Warwickshire, a 1,2 metros abaixo do chão, em um tipo de argila rígido e cinza azulado.
A reconstrução digital do “peixe-lagarto” em questão, feita com uso de tomografia computadorizada, mostra ossos da caixa craniana e impressões do próprio cérebro. O crânio tem quase um metrô de comprimento: em outros exemplares da espécie, esse tamanho podia chegar a até quatro metros.
Registros de museus classificam a criatura como Ichthyosaurus communis, mas a equipe de Lomax crê que se trata de uma espécie chamada Protoichthyosaurus prostaxalis. As imagens revelaram também materiais usados por pesquisadores décadas antes, como argila, madeira e gesso, para unir e reconstruir peças do crânio.
Os “peixes-lagarto” tinham grandes olhos e narinas posicionadas na parte traseira e superior de seus crânios — o que sugere que eles podiam respirar oxigênio de maneira semelhante à das baleias e golfinhos modernos, embora não haja relação entre eles.
Isto configura um caso conhecido como “evolução convergente”: quando duas linhagens independentes e com características parecidas evoluem de acordo com as exigências impostas pelo meio ambiente.
Fonte: Revista Galileu
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