A maneira como lembramos o momento e o local em que certos fatos aconteceram faz parte da memória episódica. Esta costuma se deteriorar com o tempo. O molusco conhecido como cuttlefish (choco ou sépia no Brasil) também tem uma memória desse tipo – a diferença é que, no seu caso, essa habilidade permanece mesmo em idade avançada, segundo reportagem da Wired baseada em um estudo publicado no Proceedings of the Royal Society.
“O cuttlefish consegue lembrar o que comeu, onde e quando, e usar isso para determinar suas decisões sobre alimentação no furuto”, diz Alexandra Schnell, pesquisadora da University of Cambridge e uma das autoras do estudo, conduzido no laboratório biológico marinho de Woods Hole, em Massachusetts.”Mas o mais surpreendente é que ele não perde essa habilidade ao envelhecer, embora outras funções corporais apresentem queda de desempenho.”
Trata-se de um molusco com funções cognitivas excepcionais. Estudos anteriores mostram que ele prefere esperar por sua caça favorita, mesmo que isso demore, em vez de partir para outra mais fácil e rápida. Ele também passou em testes de inteligência, em que imagens aleatórias foram relacionadas com diferentes tipos de alimentação – ele soube identificar pelas imagens qual preferia comer.
Outros estudos acompanharam as jornadas do molusco e mostraram que ele mudava sua estratégia de caça de acordo com horários e locais de eventos acontecidos em incursões anteriores. E nada disso muda depois que ele alcança a terceira idade.
Fonte: Época Negócios – Globo.com
Nota do Aquarismo Paulista: na reportagem original citam o cuttlefish como sendo um peixe, quando na verdade se trata de um molusco. Corrigimos a matéria publicada em nosso site.
Publicado em Agosto de 2021
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