Rasbora Anã (Boraras maculatus)

 

Boraras-maculatus

Boraras maculatus (Duncker, 1904)

Nome Popular: Rasbora Anã — Inglês: Dwarf rasbora

Família: Cyprinidae (Ciprinídeos)

Origem: Ásia, Península Malaia até Sumatra, na Indonésia

Tamanho Adulto: 2.5 cm

Expectativa de Vida: 3 anos +

Temperamento: Pacífico, comunitário

Temperatura: 20°C a 28°C

pH: 5.0 a 6.0 – Dureza: 1 a 12

Visão Geral

Rasbora Anã é considerado um dos menores ciprinídeos do mundo, daí seu nome popular. O gênero Boraras é um anagrama de seu antigo gênero (Rasbora), em alusão as vértebras abdominal e caudal invertidas deste gênero. Maculatus vem a partir do Latim e significa manchado. Seu padrão de cor pode variar dependendo da população e padronagem com alguns indivíduos exibindo coloração vermelha mais intensa do que outros.

Encontrados em córregos e rios de águas negras associados a densa vegetação em meio a substrato arenoso com forte presença de folhas, raízes e galhos. Está sob séria ameaça devido a plantações, empreendimentos imobiliários e outras atividades humanas.

Seu pequeno tamanho quando adulto evoluiu através de um processo conhecido como miniaturização, caracterizado por adultos sexualmente maduros com um tamanho significativamente reduzido. Entre os peixes ósseos da ordem Cypriniformes, todas as espécies dos gêneros BarboidesDanionellaMicrodevarioMicrorasboraHoradandiaBoraras, Sawbwa e Sundadanio apresentam este fenômeno.

A estrutura anatômica dos ciprinídeos miniaturizados pode variar muito, e existem dois ‘agrupamentos’ com algumas espécies possuindo características intermediárias em algum grau. O primeiro contém aqueles peixes que, embora pequenos, são essencialmente versões anãs de seus parentes maiores, por exemplo, Barboides, Microdevario, Microrasbora, Boraras, etc.

O outro grupo inclui espécies em que o desenvolvimento anatômico para num ponto em que o adulto ainda se assemelha a forma larval de seu ancestral maior, ou seja, Danionella e Paedocypris.

Os últimos geralmente são referidos como “truncados” em seu desenvolvimento e acredita-se que tenham evoluído através de um processo conhecido como “pedomorfose progenética”, ou seja, a pedomorfose causada pela maturação acelerada. Eles tipicamente exibem uma estrutura esquelética simplificada juntamente com peculiaridades morfológicas específicas da espécie.

Aquário & Comportamento

Aquário Mínimo de 60 cm (comprimento) X 30 cm (largura) — Prefere aquário com plantas formando áreas sombreadas. Mostram-se mais coloridos e ativos quando mantidos em aquário plantado com áreas abertas para natação. Pode-se adicionar raízes e folhas secas (opcional) como decoração. Apesar de seu tamanho diminuto, precisa de espaço para nadar e os machos dominantes formarem territórios temporários durante a desova.

Rasbora Anã é um peixe muito tranquilo e pacífico, devendo ser mantido em cardume de pelo menos dez indivíduos para não ficarem tímidos no aquário, além de mostrarem seu comportamento natural sob esta condição e os machos apresentarem coloração mais vibrante para chamar atenção das fêmeas. Devido seu tamanho diminuto se torna ideal para aquário plantado com outros peixes de mesmo porte e pacíficos, além de camarões ornamentais.

Reprodução & Dimorfismo Sexual

Ovíparo, sua reprodução é similar dos pequenos ciprinídeos. A fêmea irá disseminar ovos livremente no substrato ou em folhas e o macho irá fecundar em seguida. Não ocorre cuidado parental e os alevinos eclodem em até dois dias permanecendo no saco vitelínico. Em 24h estarão nadando livremente.

O dimorfismo sexual é bem evidente com fêmea apresentando tamanho levemente maior e forma mais roliça na região abdominal, enquanto machos apresentam corpo mais retilíneo e cores mais intensas.

Alimentação

Em seu ambiente natural se alimenta de insetos, vermes e crustáceos. Em cativeiro aceitará prontamente alimentos secos.

Referências

  1. Kottelat, M., A.J. Whitten, S.N. Kartikasari and S. Wirjoatmodjo, 1993. Freshwater fishes of Western Indonesia and Sulawesi. Periplus Editions, Hong Kong. 221 p.
  2. Mills, D. and G. Vevers, 1989. The Tetra encyclopedia of freshwater tropical aquarium fishes. Tetra Press, New Jersey. 208 p.
  3. Lim, K.K.P., H.H. Tan and J.K.Y. Low, 2008. Fishes. p. 145-154. In G.W.H. Davison, P.KL. Ng and H.H. Chew (eds.). The Singapore red data book: threatened plants & animals of Singapore. 2nd ed. Nature Society (Singapore), Singapore. viii, 285 p. : col. ill.; 26 cm.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Outubro/2015

Colaboradores (collaboration): –

 

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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