Abelhinha (Brachygobius xanthozonus)

 

Brachygobius xanthozonus (BLEEKER, 1849)

Nome Popular: Abelhinha — Inglês: Bumblebee fish

Ordem: Perciformes — Família: Gobiidae (Gobídeos)

Distribuição: Ásia. Descrito em Java Oriental, Indonésia

Tamanho Adulto: 3 a 4 cm

Expectativa de Vida: desconhecido

pH: 7.2 a 8.5 — Dureza: –

Temperatura: 24°C a 30°C

Aquário Mínimo: 40 cm X 30 cm X 30 cm (36 L) — Providencie esconderijos do tipo cavernas, uma vez que passam a maior parte de seu tempo entocados. O substrato pode ser arenoso com elementos calcários misturados, para alcalinizar a água e funcionar como tampão. É a espécie mais tolerante a água doce do gênero Brachygobius. Adaptá-lo a água doce é possível, mas é preferível criá-lo sob condições de água salobra para que tenha um desenvolvimento pleno. Para tanto utilize cerca de duas gramas por litro de sal marinho.

Comportamento & Compatibilidade: De comportamento pacífico, não é ideal criá-lo em aquário comunitário dados suas exigências. Embora os machos são territoriais entre si, um grupo de 6 ou mais pode ser mantido, já que quando tais números estão presentes, a agressão é disseminada entre os indivíduos e os peixes são mais arrojados e exibem um comportamento mais natural. Providencie bastantes esconderijos e adornos, a ideia é quebrar a linha de visão dos peixes permitindo com que os mais fracos escapem da atenção contínua do peixe dominante.

Alimentação: Carnívoro. Em cativeiro dificilmente aceitará alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos como Artêmias, Daphnia, Cyclops, pequenas minhocas e larvas de mosquito.

Reprodução: Ovíparo. Desova em pequenas cavernas. O macho selecionará um local e se cortejará as fêmeas até encontrar uma parceira receptiva. Cerca de 100 a 200 ovos são depositados na caverna após o qual a fêmea será expulsa, deixando o macho para proteger e cuidar do prole.

O período de incubação é de 7 a 9 dias. Após os alevinos estarem nadando livremente, o macho deverá ser retirado para evitar canibalismo. As larvas são pelágicas nas primeiras semanas de vida, eventualmente se fixando no substrato.

Dimorfismo Sexual: Difícil distinção, exceto em época de reprodução. Machos possuem cores mais chamativas, enquanto as fêmeas costumam ser mais salientes na região ventral e seu tamanho um pouco maior.

Biótopo: Áreas inferiores de rios, zonas costeiras e manguezais em meio a densa vegetação.

Etimologia: —

Sinônimos: Gobius xanthozona Bleeker, 1849; Brachygobius xanthozona (Bleeker, 1849); Hypogymnogobius xanthozona (Bleeker, 1849); Hypogymnogobius xanthozonus (Bleeker, 1849)

Informações adicionais: Descrito a partir de Surabaya, Java Oriental, Indonésia. Existem poucas informações a respeito de sua distribuição.

Essa espécie pode ser considerada um enigma, já que seu nome tem sido amplamente aplicado de forma inadequada no aquarismo. Imagens de espécimes vivos parecem inesistentes, possivelmente nunca foram exportadas para o comércio ornamental, e os peixes vistos como tal são invariavelmente B. doriae ou B. sabanus.

B. xanthozonus pode ser distinto de seus congêneres por apresentar cerca de 50 escamas laterais; quatro listras pretas no corpo; nadadeira anal inteiramente preta; 10 raios na segunda nadadeira dorsal e anal.

Todas as outras espécies do gênero possuem menos de 30 escamas laterais, portanto, tem uma aparência comparativamente alongada. Difere de B. doriae e B. sabanus apresentando quatro listras escuras em seu corpo, enquanto estes dois últimos somente três listras.

Referências:

  • Mills, D. and G. Vevers, 1989. The Tetra encyclopedia of freshwater tropical aquarium fishes. Tetra Press, New Jersey.
  • Riehl, R. and H.A. Baensch, 1996. Aquarien Atlas, Band 1. 10th edition. Mergus Verlag GmBH, Melle, Germany.
  • Kottelat, M., A.J. Whitten, S.N. Kartikasari and S. Wirjoatmodjo, 1993. Freshwater fishes of Western Indonesia and Sulawesi. Periplus Editions, Hong Kong.
  • Larson, H.K., 2001. A revision of the gobiid fish genus Mugilogobius (Teleostei: Gobioidei), and its systematic placement. Rec. West. Aust. Mus. (Suppl. No. 62)

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Junho/2015
Atualizado em Novembro/2018

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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