Classificação
Corydoras habrosus (Weitzman, 1960)
Classe: Actinopterygii • Ordem: Siluriformes • Família: Callichthyidae
Nomes comuns: Corydora Rio Salinas, Corydora Anã Venezuelana, Coridora Rio Salinas — Inglês: Salt and Pepper catfish, Dainty Cory, Venezuelan Pygmy Cory
Grupo Aquário: Corydoras
Ambiente & parâmetros da água
Água doce • pH: 6.0 – 7.4 • Dureza: 8 – 15 • Temperatura: 24°C – 30°C
Encontrado em pequenos afluentes, riachos e áreas de floresta inundada, em meio a densa vegetação marginal ou raízes de árvores. Ambiente lêntico.
Tamanho adulto:
3 cm (comum 2 cm) • Estimativa de vida: 10 anos
Distribuição
América do Sul; nativo da Bacia do Orinoco, no leste da Colômbia e Venezuela Ocidental. Encontrado na Colômbia e Venezuela.
Mapa por Discover Life
Manutenção em aquário & Comportamento
Aquário com dimensões mínimas de 40 cm X 30 cm X 30 cm (36 litros) requerido. Utilizar preferencialmente substrato arenoso e macio. Plantas de folhas grandes e raízes desejável criando refúgios e zonas para repousarem. Apreciam fluxo de água mais calmo.
É uma espécie bastante pacífica e gregária, devendo ser mantido em grupo de pelo menos 10 indivíduos. Em seu ambiente natural pode ser encontrado em cardumes variando de 20 ou mais espécimes. Devido sua capacidade de respirar ar atmosférico, comumente pode ser visto nadando rapidamente até a superfície para engolir ar e voltar para baixo para repousar. São conhecidos por “piscar” os olhos, quando na verdade os olhos giram em suas órbitas causando a impressão de estarem piscando.
Alimentação
Onívoro, em seu ambiente natural se alimentam de vermes, crustáceos, insetos e matéria vegetal. Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos sem dificuldades. Como a maioria das Corydoras, irão comer alimentos que se depositam no fundo do aquário.
Esta espécie costuma ser mais ativa a noite, devendo fornecer alimentos ao apagar as luzes do aquário, embora se alimentem também durante período diurno, porém são lentos para comer podendo não competir com outros peixes pelo alimento.
Infelizmente estes peixes são taxados erroneamente como peixe limpador e que se alimentam de restos de rações e fezes dos demais peixes. Sob nenhuma circunstância deve-se esperar que sobrevivam com ‘sobras’ de outros habitantes do aquário e muito menos de fezes de outros peixes, devendo ser fornecido alimentos apropriados incluindo rações específicas para peixes de fundo e alimentos vivos regularmente.
Reprodução e dimorfismo sexual
Ovíparo. Depositam seus ovos em meio à densa vegetação e pais não cuidam da progênie. A fêmea prende alguns poucos ovos entre suas nadadeiras pélvicas, onde o macho irá fertilizá-los por cerca de 30 segundos. Só então a fêmea irá levar os ovos adesivos para algum local escolhido previamente, normalmente em folhas ou superfícies planas. A dupla repete este processo a cada três minutos por uma a duas horas, com descansos de 10 a 15 minutos entre o lançamento dos ovos. Por volta de 7 a 15 ovos são gerados num único dia e a desova pode levar de três a quatro dias consecutivos. Um total de até 100 ovos pode ser gerado por uma única fêmea ao longo deste período. Os ovos eclodem em 3-9 dias.
Dimorfismo Sexual
Os machos são menores, mais finos e tem a nadadeira dorsal mais pontuda do que as fêmeas. Fêmeas são ligeiramente maiores e mais gordas. Com na maioria das Corydoras, são facilmente distinguidos olhando de cima onde as fêmeas são mais encorpadas (barriga maior e mais arredondada) do que os machos.
Galeria de imagens
Descrição
C. habrosus também é conhecido no exterior como Cory gulosa, Cory rio Salinas, Cory Anã Venezuelana, entre outros nomes comuns. Pode ser confundido com Corydoras cochui, porém, este último apresenta quatro ou mais manchas em seus flancos, enquanto Corydoras habrosus entre duas e três manchas. Junto com C. pygmaeus e C. hastatus são comumente referidas como Corydora Anã.
Suas exibições morfológicas e adaptações como olhos grandes, posição terminal da boca, forma do corpo (mais simétrica que outras Corydoras) e nadadeira caudal, indicam que vivem em áreas pelágicas. Este comportamento pode ser visto quando mantidos em aquário, onde preferem passar a maior parte de seu tempo nadando em meia água ao invés de ficar próximo ao fundo, comportamento incomum na maioria das Corydoras. Outras espécies de Corydoras Anãs como C. habrosus e C. pygmaeu possuem o mesmo hábito, mantendo sua posição em meia água normalmente utilizando a correnteza para se manterem posicionados.
O gênero Corydoras está entre os maiores grupos de peixes gato e atualmente contém mais de 150 espécies válidas. Pertence à família Callichthyidae, dos quais membros são muitas vezes referidos coletivamente como peixe gato blindado, devido à presença de placas ósseas no lugar das escalas sobre o corpo. Sua taxonomia pode ser confusa e apresenta várias espécies não descritas. Peixe com identificação não confirmada é atribuído um “C” mais um número para identificar a espécie.
Possui dois espinhos em suas extremidades junto as nadadeiras peitorais, este mecanismo serve como defesa contra predadores. Ao ser molestada, os espinhos são projetados ferindo o predador. Há relatos de que esta espécie possui glândulas de veneno em suas nadadeiras (principalmente peitorais) e parecem ser capazes de liberar uma espécie de muco venenoso de suas brânquias quando molestado por outros peixes (questionável). Os espinhos duros da nadadeira peitoral são capazes de perfurar a pele humana e uma ‘picada’ pode ser muito dolorosa, de fato, por isso deve-se ter atenção durante o manuseio.
Eles são respiradores aéreos facultativos e possuem o intestino modificado e altamente vascularizado que evoluiu para facilitar a absorção de oxigênio atmosférico e ajudar na sobrevivência em ambientes privados de oxigênio. No aquário você ocasionalmente poderá vê-los subindo à superfície para tomar goles de ar.
Esta espécie possui senso olfativo bastante evoluído e seus barbilhões permitem que ela encontre alimentos enterrados no substrato. Como a maioria dos peixes gatos, é uma espécie blindada não possuindo escamas, apresentando duas fileiras de placas ósseas em cada lateral de seu corpo cobrindo a região da cabeça. Seu nome Corydora vem do grego, kory (capacete) e doras (pele).
São considerados como peixes de “couro” e possuem uma camada bastante fina de muco epitelial externo, não suportando a presença de sal na água, podendo facilmente levá-lo a morte por desidratação devido a diferença osmótica criada.
Sinônimos: nenhum
Etimologia: Corydoras: Grego, kory = capacete + grego, doras = pele
Referências
- Reis, R.E., 2003. Callichthyidae (Armored catfishes). p. 291-309. In R.E. Reis, S.O. Kullander and C.J. Ferraris, Jr. (eds.) Checklist of the Freshwater Fishes of South and Central America. Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil.
- Burgess, W.E., 1992. Colored atlas of miniature catfish. Every species of Corydoras, Brochis and Aspidoras. T.F.H. Publications, Inc., USA. 224 p.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Fevereiro/2015 — Atualizado Dezembro/2015
Colaboradores (collaboration): –
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