Bicuda, Hujeta (Ctenolucius hujeta)

 

Ctenolucius-hujeta

Classificação

Classe: Actinopterygii • Ordem: Characiformes • Família: Ctenoluciidae

Nome binomial: Ctenolucius hujeta (Valenciennes, 1850)

Sinônimos: Ctenolucius insculptus, Ctenolucius hujeta insculptus, Luciocharax insculptus, Luciocharax hujeta, Hydrocynus hujeta, Ctenolucius hujeta hujeta, Xiphostoma hujeta

Grupo Aquário: Peixes Superfície, Predadores

Nomes comuns

Hujeta, Gar Foguete, Gar Sul Americano, Bicuda — Inglês: Gar characin, Hujeta, Silver pike-characin, Rocket Gar Characin

Distribuição & habitat

América do Sul; bacias do Rio Madalena e Rio Sinú ao norte da Colômbia e drenagens de rios para o lago Maracaibo no noroeste da Venezuela.

Países: encontrado na Colômbia e Venezuela.

Encontrado em águas calmas com forte presença de vegetação saliente ou emergente.

Ctenolucius-hujeta-map
Mapa por Discover Life

Ambiente & parâmetros da água

pelágico; água doce • pH: 5.0 – 7.4 • Dureza: < 22 • Clima: tropical; 24°C – 28°C

Tamanho adulto

30 cm (comum 25 cm) • Estimativa de vida: 5 – 8 anos

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 120 cm X 50 cm X 40 cm (240 litros) requerido – frequenta a superfície do aquário e apreciará uma cobertura de plantas de superfície ou plantas altas que cheguem próximo da superfície. Utilize tampas evitando que o peixe pule para fora do aquário.

Pacífico com outras espécies, mas se alimentará de espécies menores. Deve-se evitar colocar com outros peixes de superfície, principalmente da mesma espécie, são bastante territorialistas. Se optar por mantê-los com outros de mesma espécie, mantenha 4 ou mais indivíduos.

Alimentação

Carnívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de peixes menores e insetos. Em cativeiro aceitam praticamente qualquer alimento como secos, filés de peixes e alimentos vivos. Assim como qualquer outro peixe carnívoro, deve-se evitar fornecer carnes vermelhas ou aves, uma vez que possuem alguns lipídeos que não são metabolizados adequadamente pelos peixes e podem causar um depósito de gordura ou degenerar órgãos vitais.

Reprodução e dimorfismo sexual

Ovíparo. São dispersores livres, número de ovos poderá variar de 1000 a 3000. São peixes de piracema. O ritual de reprodução começa com o macho perseguindo e mordiscando a fêmea, posteriormente ele apertará a papila genital da fêmea forçando a liberar os ovos, onde serão fecundados em seguida. Não há informações se há o cuidado parental, porém sabe-se que os alevinos praticam canibalismo entre si.

Fêmeas tendem a ser maiores e com abdômen mais volumoso. Nadadeira anal do macho é mais espessa comparado com a da fêmea.

Galeria de imagens

Espécime sub-adulto
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Espécimes juvenis
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Descrição

Apresenta corpo alongado, nadadeira dorsal recuada, mandíbula longa com muitos dentes pequenos dispostos em série única.

Comercializado sob vários nomes comuns como Hujeta, Gar Caracídeo, Bicuda, Gar Foguete, etc. Pode ser confundido com C. beani, porém distinguido pelas diferenças na pigmentação corporal, número de vértebras, alinhamento da articulação entre o sexto infraorbital e supraorbital e número de escamas da linha lateral.

Embora apresente pequeno porte, é um excelente predador bentônico. Algumas literaturas indicam erroneamente que podem chegar próximo a 70cm.

Referências

  1. Cuvier, G., and A. Valenciennes, 1850 – Histoire naturelle des poissons v. 22: i-xx + 1 p. + 1-532 + 1-91 Histoire naturelle des poissons. Tome vingt-deuxième. Suite du livre vingt-deuxième. Suite de la famille des Salmonoïdes. Table générale de l’Histoire Naturelle des Poissons (pp. 1-91).
  2. Baensch, HA and R. Riehl, 1985 – Mergus, Verlag für Natur- und Heimtierkunde GmbH, Melle, Germany: 1-1216 Aquarien atlas. Band 2.
  3. Calcagnotto, D., SA Schaefer and R. De Salle, 2005 – Molecular Phylogenetics and Evolution 36(1): 135-153 Relationships among characiform fishes inferred from analysis of nuclear and mitochondrial gene sequences.
  4. Oliveira, CA, GS Avellino, KT Abe, TC Mariguela, RC Benine, G. Orti, RP Vari, and RM Corrêa e Castro, 2011 – BMC Evolutionary Biology 11(1): 275-300 Phylogenetic relationships within the speciose family Characidae (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes) based on multilocus analysis and extensive ingroup sampling.
  5. Reis, RE, SO Kullander and CJ Ferraris, Jr. (eds.), 2003 – EDIPUCRS, Porto Alegre: i-xi + 1-729 Check list of the freshwater fishes of South and Central America. CLOFFSCA.
  6. Vari, RP, 1995 – Smithsonian Contributions to Zoology 564: 1-97 The Neotropical fish family Ctenoluciidae (Teleostei: Ostariophysi: Characiformes): supra and intrafamilial phylogenetic relationships, with a revisionary study..

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2014
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

5 Comentário

    • Sim, tenho um que comia apenas alimentos vivos na loja, assim que veio para o meu aqua deixei um dia sem comer e no outro fui intercalando raçao e alimento vivo. Hoje a base de alimento dele é somente ração (de preferência que dilua facil). Paciência é o segredo, é um peixe bem arisco, sendo assim importante não fazer movimentos bruscos na hora de alimentar. Abs

       

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