Dichotomyctere nigroviridis (Marion de Procé, 1822)
Nome Popular: Baiacu Verde Pintado — Inglês: Spotted green pufferfish
Família: Tetraodontidae
Distribuição: Ásia, encontrado desde o Sri Lanka até a Indonésia e norte da China
Tamanho adulto: 17 cm (comum 12 cm)
Estimativa de vida: 10 anos +
pH: 7.4 a 8.4
Dureza: 9 a 19
Temperatura: 24°C a 28°C
Tamanho do aquário: 80x30x40 (96L)
Comportamento: Espécie pacífica, mas que irá mordiscar a nadadeira e escamas de outros peixes, principalmente peixes com longas nadadeiras (véu) e de natação lenta. Recomendado criá-lo em aquário mono espécie ou com peixes de mesmo comportamento e exigência como Monos, Scats e afins.
Alimentação: Onívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de moluscos, crustáceos e outros invertebrados, secundariamente de plantas e algas. Em cativeiro pode não aceitar alimentos secos, devendo ser fornecido alimentos vivos e congelados. Deve-se fornecer periodicamente caramujos e mariscos com casca dura (ex. patas de caranguejo, camarões, etc) para gastar seus dentes, uma vez que eles crescem continuamente podendo trazer problemas a longo prazo para a saúde do peixe. Pode-se ainda usar areia calcária fina no substrato, o qual os dentes do peixe serão gastos através da mastigação de alimentos capturados no substrato junto com a areia.
Reprodução e dimorfismo sexual: Ovíparo. Se reproduzem sob condições de água salobra, ovos são colocados diretamente sob substrato ou rocha plana, sendo vigiados pelo macho. Após alevinos eclodirem serão transferidos para um buraco pré-escavado no substrato onde continuarão sob a guarda do macho por mais uma ou duas semanas.
Outras informações:
Espécimes adultos são encontrados em riachos de água doce, rios e planícies inundadas, além de florestas de mangues, enquanto juvenis são encontrados exclusivamente em água salobra. Embora possa atingir cerca de 15 cm na natureza, raramente ultrapassam 10 cm em cativeiro.
É uma das espécies de Baiacu mais comum no comércio de aquarismo e pode ser confundido com Tetraodon fluviatilis.
Experiências de aquaristas indicam que vivem por mais tempo e se desenvolvem melhor quando mantidos sob condições de água salobra, embora adultos possam viver em água doce. Ocasionalmente toleram condições de água marinha, embora não seja recomendado mantê-los nesta condição.
Amplamente referido como Tetraodon nigroviridis, em 2013 o ictiologista suiço Maurice Kottelat alterou esta espécie para o gênero Dichotomycter. Este novo gênero reúne todas espécies de baiacus asiáticos que vivem em água doce.
Referências
- Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
- Schliewen, U.K., 1992. Aquarium fish. Barron’s Education Series, Incorporated. 159 p.
- Rainboth, W.J., 1996. Fishes of the Cambodian Mekong. FAO Species Identification Field Guide for Fishery Purposes. FAO, Rome, 265 p.
- Bundesministerium für Ernährung, Landwirtschaft und Forsten (BMELF), 1999. Gutachten über Mindestanforderungen an die Haltung von Zierfischen (Süßwasser). Bundesministerium für Ernährung, Landwirtschaft und Forsten (BMELF), Bonn, Germany. 16 p.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Junho/2015 – Atualização 22/12/2016
Colaboradores (collaboration): –
Parabéns pelo artigo, Edson. Tenho aquário comunitário de água doce há quase dois anos, embora seja um sonho de infância. Acho lindo o baiacú, não sabia de existia de água doce. Infelizmente ainda não posso ter um, pois meu aquário é pequeno, 40 litros, e não tenho coragem de me livrar dos dois japoneses com suas caudas-véu. Parabéns novamente. Deus o abençoe.
Obrigado Rogério