Classificação
Classe: Actinopterygii • Ordem: Polypteriformes • Família: Polypteridae
Nome binomial: Erpetoichthys calabaricus (Smith, 1865)
Sinônimos: Polypterus erpetoideus, Erpetoichthys robbianus, Erpetoichthys calabaris, Calanichthys calabaricus, Calamichthys calabarica, Herpetoichthys calabaricus, Calamoichthys calabaricus
Grupo Aquário: Primitivos, Serpentiformes
Nomes comuns
Peixe Cobra, Peixe Corda
Inglês: Reedfish, Snake Fis Ropefish
Distribuição & habitat
África, foz do rio Ogun na Nigéria até rio Chiloango no Congo Países: Angola, Benin, Camarões, Congo, Guiné e Nigéria
Encontrado em rios lênticos e rasos com densa vegetação, eventualmente encontrado em água salobra em regiões costeiras
Mapa por Discover Life
Ambiente & parâmetros da água
Água doce; estuarino, demersal • pH: 6.0 – 8.0 • Dureza: 5 – 19 • Clima: tropical; 22°C – 30°C
Tamanho adulto
90 cm (comum 50 cm) • Estimativa de vida: 20 anos +
Manutenção em aquário
Aquário com dimensões mínimas de 120cm X 50cm X 50cm (300litros) requerido. Aquário deverá ser bem tampado para evitar fugas, bastante plantas e troncos formando refúgios é desejável, assim como substrato arenoso ou fino.
É uma espécie extremamente pacífica, sendo muitas vezes tímida e passará boa parte do tempo diurno entocada, porém predadora e comerá qualquer peixe menor que couber em sua boca. Deverá ser mantido com peixes de médio porte e igualmente pacífico, devido sua pacificidade extrema. Tolera membros da mesma espécie no mesmo espaço e comumente podem ser encontrados juntos, porém é interessante o aquário possuir bastante refúgios para abrigá-los.
Esta espécie possui uma habilidade notória de fugir do aquário e podem pular a grandes distâncias, logo, o aquário deverá ser muito bem tampado evitando deixar aberturas, mesmo pequenas. Caso não possa manter tampas no aquário, procure deixar o nível da água mais baixo. Eles normalmente escapam sempre no período noturno. Tal comportamento é comum devido a migração que realizada de um local para outro (ex. lagos) quando ocorrente em seu habitat natural. Embora apresente hábito noturno, poderá ser visto nadando pelo aquário durante o dia atrás de alimentos.
Alimentação
Carnívoro, em seu ambiente natural alimenta-se de insetos, crustáceos e vermes. Em cativeiro dificilmente aceitam alimentos secos, sendo necessário o fornecimento de filé de peixes e alimentos vivos, preferencialmente durante período noturno.
Reprodução e dimorfismo sexual
Ovíparo. Ritual de acasalamento do casal começa com uma série de saltos a partir da superfície, geralmente apenas um de cada vez, seguido por uma lenta descida através da água. Após um tempo o macho ficará muito próximo da fêmea e, por vezes, a fêmea permanecerá imóvel na água quando o macho virá até ela por trás e empurrá-la com movimentos laterais da cabeça. A nadadeira anal do macho, normalmente alargada e inchada é dobrada em forma de côncava e utilizada para “raspar” a fêmea. Os ovos são colocados um pouco de cada vez ao longo da vegetação espessa e fertilizado pelo macho em seguida. Desovam durante a estação chuvosa. Pais não cuidam da progênie e aparentemente não praticam canibalismo; juvenis praticam canibalismo entre seus irmãos.
Identificado somente pela nadadeira anal, machos apresentam 12-14 raios e fêmeas possuem 9-12 raios.
Galeria de imagens
Descrição
Única espécie do gênero, é um peixe incrivelmente resistente e de hábito noturno. Apresenta cabeça ligeiramente achatada, maxila superior proeminente, corpo coberto com escamas ganóides, cor marrom oliva na parte dorsal e esbranquiçado na porção ventral, grande mancha negra nas nadadeiras peitorais.
Encontrado em rios e águas estagnadas, se move similar a uma cobra sobre o fundo, mas também pode nadar rapidamente pela água. Capaz de respirar ar atmosférico, podendo tolerar baixas concentrações de oxigênio. Larvas desta espécie possuem brânquias externas, semelhantes a larvas de salamandras.
Seu olfato é bastante desenvolvido, possuindo visão bastante pobre, onde se baseia pelo primeiro para caçar alimentos. Está intimamente relacionado com o gênero Polypterus, sendo considerado um fóssil vivo, onde parentes anteriores foram datados do período Triássico, há 200 milhões de anos atrás.
Possuem diversas adaptações como a vesícula natatória dividida em duas partes, sendo a parte direita consideravelmente maior, funcionando como um órgão acessório de respiração e indicando que o peixe pode sobreviver sem água por algum tempo, desde que seu corpo seja mantido úmido. Estas espécies, assim como os anabantóides, pode se afogar, se for negado o acesso ao ar atmosférico (respiração aérea). Não possuem pulmões verdadeiros (como o dos dipnóicos), mas é bem similar.
Referências
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- Olaosebikan, B.D. and A. Raji, 1998. Field guide to Nigerian freshwater fishes. Federal College of Freshwater Fisheries Technology, New Bussa, Nigeria. 106 p.
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- Gosse, J.-P., 1984. Polypteridae. p. 18-29. In J. Daget, J.-P. Gosse and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). Volume I. ORSTOM, Paris and MRAC, Tervuren. 410 p.
- Mills, D. and G. Vevers, 1989. The Tetra encyclopedia of freshwater tropical aquarium fishes. Tetra Press, New Jersey. 208 p.
- Snoeks, J., Tweddle, D., Getahun, A., Laleye, P., Paugy, D., Zaiss, R., Fishar, MRA & Brooks, E.
- Lalèyè, P., Moelants, T. & Olaosebikan, B.D. 2010. Erpetoichthys calabaricus. In: IUCN 2012. IUCN Red List of Threatened Species. Version 2012.2. <www.iucnredlist.org>. Downloaded on 07 January 2013
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2014
Colaboradores (collaboration): –
Ótimo artigo!
Tenho um exemplar deste peixe a menos de um ano e é realmente um peixe maravilhoso e muito pacífico. Tive dificuldades em sua alimentação inicialmente, quando ficou 2 semanas sem comer nada! Hoje se alimenta super bem e adora comer tubifex, minhocas e larvas de tenébrios em pedaços.
Hoje , onde posso encontrar um exemplar para comprar ,
Se alguém souber, por favor , me avise.