Garra flavatra (Kullander & Fang, 2004)
Nome Popular: Garra Panda — Inglês: Rainbow garra
Ordem: Cypriniformes — Família: Cyprinidae
Distribuição: Ásia, Myanmar
Tamanho Adulto: 6 a 8 cm
Expectativa de Vida: até 8 anos
pH: 6.6 a 7.4
Temperatura: 22°C a 28°C
Posição no aquário: Fundo / Meio
Nível de dificuldade: Médio
Garra Panda é encontrado em riachos das montanhas Rakhine Yoma em Arracão, no oeste de Myanmar. Seu padrão de cores varia consideravelmente entre indivíduos, com alguns exibindo pigmentação amarela e vermelha particularmente intensa, mas não está claro se essas diferenças representam variação natural dentro ou entre populações. O Garra Panda está entre os Garra mais atraentes dentro do gênero.
Prefere um alto nível de oxigênio dissolvido na água. Sua boca em forma de ventosa permite grudar em objetos e resistir a fluxo forte de água, algo particularmente que ele gosta.
Devido sua beleza chamativa, tamanho compacto e havido comedor de algas, frequentemente é encontrado no aquarismo. As vezes é referido erroneamente como um Botia.
Em seu ambiente natural, Garra flavatra está ameaçado pela perda de seu habitat, poluição da água e exploração.
Aquário Mínimo: 60 cm comprimento X 30 cm largura — é desejável que a decoração do aquário para o Garra Panda contenha substrato fino, rochas e raízes. Plantas podem ser utilizadas, mesmo as de folhas macias. Como muitos peixes que habitam naturalmente ambiente lótico, é bastante intolerante ao acúmulo de resíduos orgânicos e ficará melhor se houver um alto nível de oxigênio dissolvido e um movimento moderado da água. Iluminação forte promoverá o surgimento de algas, apreciado pela espécie. Evite inserir em aquários imaturos.
Comportamento & Compatibilidade: O Garra Panda é um peixe pacífico que pode ser mantido em aquário comunitário. Não possui comportamento gregário, mas pode ser mantido em grupo. Pode ocorrer agressões intra espécie até que a hierarquia esteja definida. É uma ótima opção para se manter com espécies asiáticas de pequeno porte como Barbos, Rasboras e Danios.
Alimentação: Apesar de se alimentar primariamente de algas, Garra Panda não possui hábito alimentar exclusivamente herbívoro. Pode ser alimentado com rações vegetais, spirulina e ocasionalmente alimentos secos com alto teor de proteína.
Frutas e legumes frescos, como pepino, melão, espinafre ou abobrinha, podem ser oferecidos ocasionalmente e receitas caseiras à base de gelatina contendo uma mistura de alimentos secos de peixe, marisco, frutas e legumes frescos.
Reprodução: Ovíparo. Naturalmente a reprodução do Garra Panda ocorre entre Maio a Julho. Ovos são liberados pela fêmea e imediatamente fertilizados pelo macho. Eclodem entre 24 a 48h e os alevinos permanecem no saco vitelínico por até 72h. Não ocorre cuidado parental.
Dimorfismo Sexual: Em Garra Panda é visível somente quando adultos. Machos sexualmente maduros desenvolvem uma série de tubérculos visíveis na cabeça, ao longo da linha lateral e ao redor do pedúnculo caudal, e tendem a ser mais magros no corpo do que as fêmeas.
Biótopo: Garra Panda foram coletados em ambiente lêntico em profundidade rasa (~30 cm de profundidade) em córregos de até três metros de largura e o substrato era composto por uma mistura de cascalho, seixos e pedras sobre o qual corria água límpida e transparente.
Importante frisar que embora foram encontrados em águas de fluxo lento, estes ambientes são sazonais. Assim, os riachos aumentam em profundidade um metro ou mais e fluem mais rapidamente durante a estação chuvosa. Possui lábio inferior em forma de disco, permitindo que se mantenham grudados a alguma superfície se alimentando mesmo sob forte fluxo de água. Indicativos que se trata de uma espécie de ambiente lótico.
Etimologia: Garra, nome vernacular para uma espécie particular de “escavador de areia”, que Francis Buchanan-Hamilton aplicou como um nome genérico para ciprinídeos do fundo “sem afinidade com outro gênero”.
flavatra : do latim flavus , que significa ‘amarelo’, e ater , que significa ‘preto’, em referência ao padrão de cor distinto desta espécie.
Sinônimos: não possui.
Referências:
- Kullander, S. and F. Fang, 2004. Seven new species of Garra (Cyprinidae: Cyprininae) from the Rakhine Yoma, southern Myanmar. Ichthyol. Explor. Freshwat.
- Arunachalam, M., S. Nandagopal and R. L. Mayden, 2014 – Species 10(24): 58-78 Two new species of Garra from Mizoram, India (Cypriniformes: Cyprinidae) and a general comparative analyses of Indian Garra.
- Kottelat, M., 2013 – Raffles Bulletin of Zoology Supplement 27: 1-663 The fishes of the inland waters of southeast Asia: a catalogue and core bibiography of the fishes known to occur in freshwaters, mangroves and estuaries.
- Yang, L., M. Arunachalam, T. Sado, B. A. Levin, A. S. Golubtsov, J. Freyhof, J. P. Friel, W-J. Chen, M. V. Hirt, R. Manickam, M. K. Agnew, A. M. Simons, K. Saitoh, M. Miya, R. L. Mayden, and S. He, 2012 – Molecular Phylogenetics and Evolution 65(2): 362-379 Molecular phylogeny of the cyprinid tribe Labeonini (Teleostei: Cypriniformes).
- Zhang, E., 2005 – Zoological Studies 44(1): 130-143 Phylogenetic relationships of labeonine cyprinids of the disc-bearing group (Pisces: Teleostei).
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Maio/2024
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