Surubim, Bico de Pato (Sorubim lima)

 
Sorubim lima (Bloch & Schneider, 1801)

Ficha Técnica

Ordem: Siluriformes — Família: Pimelodidae (Pimelodídeos)

Nomes Comuns: Jurupensem, Bico de Pato — Inglês: Duckbill catfish

Distribuição: América do Sul; bacias da Amazônia, Orinoco E Prata

Tamanho Adulto: 54 cm

Expectativa de Vida: 10 anos +

Comportamento: predador, pacífico

pH: 6.2 a 7.6 — Dureza: 1 a 20

Temperatura: 23°C a 30°C

Distribuição e habitat

Distribuído nas bacias dos rios Amazonas, Parnaíba, Paraná e Araguaia-Tocantins. É sintópico com S. elongatus na bacia do Orinoco e com S. elongatus e S. maniradii na drenagem amazônica superior do Brasil, Equador, Peru e Bolívia.

Habita poços abaixo das corredeiras, lagos inundados. Na maioria das vezes é encontrado em águas brancas turvas. Juvenis formam cardumes em torno de gramíneas e juncos, além de raízes de árvores.

No Brasil é encontrado nos estados do Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia e São Paulo.

Descrição

Peixe de couro de corpo roliço. Apresenta uma lista clara irregular desde a cabeça até a nadadeira caudal. A cabeça é longa e achatada. A boca é arredondada, e o maxilar superior e maior que a mandíbula. Seus olhos se localizam lateralmente. Seu dorso passa do cor marrom escuro na parte dianteira, a amarelado e depois esbranquiçado abaixo da linha lateral. Suas nadadeiras são de avermelhadas a róseas.

Único gênero da família  dos Pimelodídeos que possui uma faixa horizontal escura que se estende por todo sua cabeça e corpo.

É importante na pesca comercial e esportiva, porém é visto mais entre comerciantes de peixes ornamentais.

Conhecido no Brasil por inúmeros nomes populares como Bico de pato, Boca de colher, Braço de moça, Colhereiro, Felimagro, Jerupoca, Jurupensem, Jurupoca, Surubim lima e Tubajara.

Costuma se posicionar verticalmente na água, próximo a galhos de árvores e plantas aquáticas. Acredita-se que esse posicionamento é uma forma de proteção ou camuflagem contra predadores, e também uma estratégia para predar peixes menores.

Criação em Aquário

Aquário com dimensões mínimas de 200 cm de comprimento e 60 cm de largura recomendado.

Esta espécie aprecia pouca luminosidade e substrato arenoso e macio. Decoração composta por raízes formando abrigos desejável para que o peixe possa ficar entocado.

A água deve ser bem oxigenada e isenta de poluentes orgânicos.

Comportamento

Juvenis podem ser mantidos juntos, uma vez que possuem comportamento gregário. Ao atingirem a maturidade ficam agressivos com seus congêneres.

Apresenta comportamento pacífico e sedentário. Os peixes deverão ser criteriosamente escolhidos para que não sejam devorados, nomeadamente deve-se escolher peixes de grande porte.

Reprodução

Ovíparo. Atingem a maturidade com cerca de 25 cm. É um peixe que realiza migrações de desova.

Dimorfismo Sexual

Dimorfismo sexual desconhecido.

Alimentação

Carnívoro. Em seu ambiente natural se alimenta de peixes, pequenos camarões e outros invertebrados. Prefere se alimentar à noite.

Em aquário espécimes adultos poderão demorar a aceitar alimentos secos, juvenis aceitam com maior facilidade. Aceitam alimentos alternativos como filé de peixes, camarões, minhocas, Tubifex, lulas, mexilhões, entre outros.

Uma vez que atingem tamanho adulto, pode-se alimentar de duas a três vezes por semana. Atente para não sobrealimentar, é uma espécie de hábito sedentário.

Possui boca e estômago razoavelmente elástico, podendo comer animais de tamanho relativamente grande em relação ao seu tamanho

Etimologia: Sorubim: nome local brasileiro sorubim; lima em alusão a ferramenta conhecida como “lima”, em referência aos dentes premaxilares expostos da espécie.

Sinônimos: Sorubim latirostris, Platystoma luceri, Silurus gerupensis, Sorubim infraoculare, Silurus lima.

Referências

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  11. Zaniboni Filho, E., S. Meurer, O.A. Shibatta and A.P. de Oliverira Nuñer, 2004. Catálogo ilustrado de peixes do alto Rio Uruguai. Floriano?polis : Editora da UFSC : Tractebel Energia. 128 p. :col. ill., col. maps ; 25 cm.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Setembro/2017
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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