Peixe Paraíso (Macropodus opercularis)

 

Macropodus opercularis2

Classificação

Classe: Actinopterygii  • Ordem: Anabantiformes • Família: Osphronemidae

Nome binomial: Macropodus opercularis (Linnaeus, 1758)

Sinônimos: Labrus opercularis, Chaetodon chinensis, Macropodus chinensis, Macropodus filamentosus

Grupo Aquário: Labirintideos

Nomes comuns

Peixe Paraíso. Inglês: Paradise Gourami, Paradise Fish, Blue Paradise Fish

Distribuição & habitat

Leste da Ásia, Sul da China e bacia do rio Yangtze, Ilha Hainan em Taiwan e norte do Vietnã

Países: China, Formosa, Coreia, Vietnã, Camboja, Hong Kong, Japan, Laos, Madagascar, Malásia, Federação Russa. Introduções: Madagascar estabelecido e EUA não estabelecido. Por sua predação de larvas de insetos, esse peixe foi introduzido em diversos países, inclusive o Brasil.

Habita desde córregos e remansos de rios a valas e campos de arroz. Áreas marginais não muito profundas nem rasas.

Macropodus opercularis-map
Mapa por Discover Life

Ambiente & parâmetros da água

Pelágico; água doce • pH: 6.0 – 7.8 • Dureza: 0 – 20 • Clima: tropical; 16°C – 30°C

Tamanho adulto

10 cm (comum 6 cm)  • Estimativa de vida: 3 à 5 anos

Manutenção em aquário

Aquário com dimensões mínimas de 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 litros) — Para um individuo como pet fish 20-30 litros, para um trio de um macho e duas fêmeas por volta de 60 litros tampado (pois são excelentes saltadores) com bastantes plantas e em um aquário a partir de 150 litros para comunitário, de preferência plantado, sob observação com outros peixes do tamanho ou maiores que ele.

Seu comportamento é bastante variável, espécie territorial, mas não é realmente um peixe tão terrível como falam. Em cardume (5-6 indivíduos) sua agressividade diminui consideravelmente, principalmente quando mantidos em aquário de grande porte. O tamanho do aquário, assim como a presença de ornamentos que formem refúgios e quebrem sua linha de visão parece diminuir sua agressividade.

Frente a outros peixes da mesma família como Colisas, Betta, Tricogasterm, entre outros, pode se tornar agressivo.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se principalmente essencialmente invertebrados bentônicos.

Em cativeiro aceitam muito bem rações de qualquer tipo complementadas com enquitreia, besouro do amendoim, insetos, minhocas, artêmia salina, etc sendo muito usado no combate biológico a vetores de doenças como esquistossomose, dengue, febre amarela, etc em lagos e açudes pelo mundo, por ser grande devorador de caramujos e larvas de insetos, motivo pelo qual é muito indicado para infestações em nossos aquários.

Reprodução e dimorfismo sexual

Ovíparo. Atinge maturidade sexual por volta de seis meses. Estabelece ovos em ninhos de bolhas junto a superfície.

Reproduzem com muita facilidade proles com alta taxa de sobrevivência. Deve-se separar o casal num aquário bem tampado, com plantas soltas como Ceratophilum, Egeria, Hydrila, etc, sem cascalho e com um pequeno filtro de espuma. O macho (pouco maior, mais colorido e com as nadadeiras dorsal e anal mais desenvolvidas) inicialmente faz um ninho de bolhas semelhante ao dos Bettas, podendo ser decorado com folhas e ramos de plantas presentes no aquário e após o cortejo, conduz a fêmea ovada para este ninho de bolhas.

O Macho a envolve num abraço nupcial fazendo a fêmea expelir seus ovos, que são imediatamente fertilizados e coletados pelo macho. Após a desova a fêmea deve ser retirada para evitar agressões pela defesa do ninho. O macho tomará conta dos filhotes até que eclodam e passem a nadar livremente, o que ocorre cerca de dois dias. Então o macho pode ser separado (para não perseguir os filhotes confundidos com alimento vivo) e os filhotes deverão ser alimentados com infusórios por alguns dias, então pode-se oferecer microverme ou verme do vinagre, náuplios de artêmia ou ovos de artêmia sem casca e ração triturada. Pai cuida da progênie por cerca de uma ou duas semanas

Muitos criadores de outros peixes criam o paraíso para uso dos alevinos como alimento vivo, tamanha a taxa de reprodução.

Dimorfismo sexual

Machos apresentam coloração mais ressaltadas e vibrantes e possuem corpo mais alongado que as fêmeas.

Galeria de imagens

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Macho em primeiro plano, apresenta coloração mais chamativa, além de nadadeira dorsal e caudal maiores e pontiagudas

Macropodus opercularis-double2
Variedade comum

Macropodus opercularis-double
Variedade albina

Descrição

Sua coloração deslumbrante de listas azuis brilhantes em um fundo avermelhado e vistosas nadadeiras de mesma padronagem e filamentos que dão nome ao peixe (o formato lirado destas remete ao nome peixe do paraíso) e característico “olho opercular”, lembrando que assim como outros peixes a coloração deste varia muito com o humor e o habitat em que esta inserido podendo mudar de um instante para outro, o que reforça a formação de haréns para incentivar sua comunicação visual e que vale o risco de tê-lo em um aquário com peixes do tamanho ou maiores que ele ou que saibam se defender como Kribensis, Tricogasters, ciclideos como boca de fogo, jack dempsey, etc, embora alguns indiquem cardumes de peixes rápidos como tanicts como fauna acompanhante.

É um peixe inteligente e muito resistente e recomendável para novatos, mas é melhor esperar até que seu aquário esteja ciclado e bem estabilizado para introduzí-lo. Apesar de respirar ar atmosférico pelo labirinto e serem pouco exigentes quanto à qualidade da água é recomendado filtragem para manter a qualidade da água e oxigenar o aquário. O mesmo vale para seu “irmão” o Macropodus oellatus diferenciando apenas o tamanho menor e a coloração.

Vale comentar que mesmo sendo muito resistente em Taiwan, as populações nativas de peixes do paraíso foram muito reduzidas pelos níveis de poluição nos rios e demais habitats, e agora ele está listado em Taiwan como uma espécie ameaçada e com coleta proibida e consecutivamente com a diminuição da população de paraísos a população de suas presas (como o Aedes aegypti) tem estourado.

Referências

  1. http://WWW.aquaonline.com.br
  2. http://atlas.drpez.org
  3. http://www.aquahobby.com
  4. http://en.wikipedia.org/
  5. http://www.seriouslyfish.com/
  6. http://www.fishtankforum.co.uk/forum/viewtopic.php?f=117&t=2009
  7. http://fishbase.sinica.edu.tw/Summary/speciesSummary.php?id=4777&lang=portuguese_po
  8. http://www2.ib.unicamp.br/profs/eco_aplicada/arquivos/artigos_tecnicos/C%20B%20de%20mosquitos%20eu+lu%202004.pdf

Ficha por (Entered by): Victor Pax — Novembro/2014
Colaboradores (collaboration): –

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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