Megalancistrus parananus (Peters, 1881)
Ficha Técnica
Ordem: Siluriformes — Família: Loricariidae (Loricarídeos)
Nomes Comuns: Cascudo, Cascudo Abacaxi, L113
Distribuição: América do Sul, bacias do Paraná, Paraguai e Uruguai
Tamanho Adulto: 58 cm
Expectativa de Vida: desconhecido
Comportamento: pacífico
pH: 6.0 a 7.5 — Dureza: indiferente
Temperatura: 20°C a 28°C
Distribuição e habitat
Distribuído nas bacias do Paraná, Paraguai e Uruguai, ocorrendo no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No Brasil é encontrado nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e São Paulo.
Habitam fundo rochoso e arenoso, principalmente em águas rasas.
Descrição
Peixe com placas ósseas que se sobrepõem substituindo as escamas. A cabeça é relativamente plana e termina com uma boca em forma de ventosa.
Raios duros presente nas nadadeiras peitorais e dorsal, que servem como defesa contra predadores. Não são raros os casos em que ficam presos na boca do predador, podendo levá-los à morte ou a infecções causadas pelos ferimentos.
Um dos maiores Cascudos, pode ser diferenciado de outros grandes loricarídeos pela presença de odontos interoperculares incessantes.
Anteriormente esta espécie era representada pelos números L113 e L234, mas apenas o primeiro é nativo da bacia do Prata, enquanto o segundo foi coletado no rio São Francisco, leste do Brasil. Embora parecidos, L234 apresenta coloração mais clara e a nadadeira dorsal mais alta quando adulto.
Criação em Aquário
Aquário com dimensões mínimas de 150 cm de comprimento e 50 cm de largura desejável.
A decoração do aquário deverá possuir raízes e troncos de madeira, uma vez que passam a maior parte de seu tempo aderido a eles. Aparentemente a madeira faz parte de sua dieta especializada.
Comportamento
Embora pacífico, deverá ser mantido com peixes de porte similar e robustos.
Reprodução
Ovíparo. Machos cavam tocas horizontais nas margens dos rios. Estas tocas são utilizadas como túneis de nidificação onde a fêmea irá depositar os ovos. Após a liberação dos ovos pela fêmea, o macho irá fertilizá-los e expulsará a fêmea da toca. O macho irá cuidar dos ovos até que as larvas estejam nadando livremente.
Dimorfismo Sexual
Seu dimorfismo sexual é um tanto difícil, comparando a papila genital de peixes adultos, os machos apresentam este papila projetada, enquanto fêmeas é menos evidente e plano junto ao corpo. Outra característica é as fêmeas possuírem o ventre mais roliço que os machos.
Alimentação
Onívoro. Se alimentam principalmente de algas e invertebrados aquáticos, junto com pequenas quantidades de madeira. Embora não esteja claro se a madeira é essencial em sua dieta ou apenas ingerida enquanto se alimenta sobre ela.
Etimologia: Megalancistrus;, megas, megalos (grego) = grande + agkistron (grego) = gancho
Parananus = em referência ao seu local de origem, o rio Paraná.
Sinônimos: Megalancistrus gigas, Chaetostomus gigas, Megalancistrus aculeatus, Chaetostomus aculeatus, Pterygoplichthys parananus
Referências
- Andrade, P.M. and F.M.S. Braga, 2005. Diet and feeding of fish from Grande River, located below the Volta Grande reservoir, MG-SP. Braz. J. Biol. 65(3):377-385.
- Barbosa, J.M. and K.S. Ferraz, 2008. Sistematização de nomes vulgares de peixes comerciais do Brasil: 1. Espécies dulciaqüícolas. Revista Brasileira de Engenharia de Pesca 3(3): 65-76.
- Britski, H.A., K.Z. de S> de Silimon and B.S. Lopes, 2007. Peixes do Pantanal: manual de identificaçäo, 2 ed. re. ampl. Brasília, DF: Embrapa Informaçäo Tecnológica, 227 p.
- Burgess, W.E., 1989. An atlas of freshwater and marine catfishes. A preliminary survey of the Siluriformes. T.F.H. Publications, Inc., Neptune City, New Jersey (USA). 784 p.
- De Souza, M.C. and H.F. Julio, 1994. Análise cromossomica de duas espécies de Ancistrinae (Siluriformes – Loricariiidae). p. 16. In V. Simp. Citogenet. Evol. e Aplic. de peixes Neotropicais, Botucatu-SP.
Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Agosto/2017
Colaboradores (collaboration): –
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