Ciclídeo Chipokae (Melanochromis chipokae)

 

Melanochromis chipokae (Johnson, 1975)

Foto: baybridgeaquarium.com

Nome Popular: Ciclídeo Chipokae — Inglês: Chipokae cichlid

Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Distribuição: África, endêmico do Lago Malawi

Tamanho Adulto: 12 cm

Expectativa de Vida: 8 anos +

pH: 7.6 a 8.6 — Dureza: 7 a 19

Temperatura: 24°C a 28°C

Aquário Mínimo: 100 cm comprimento X 40 cm largura — Para manter um hárem com um macho e diversas fêmeas considere aquário com pelo menos 100 cm de comprimento, para aquário comunitário mínimo de 150 cm. O aquário para a espécie, assim como para qualquer ciclídeo Mbuna, deverá conter inúmeras rochas formando um paredão rochoso para se refugiarem e demarcarem território. Deixe algum espaço livre para nadarem.

Comportamento & Compatibilidade: Como a maioria dos Mbunas, apresentam uma intensa agressividade intra-espécie. Sua agressividade é mais restrita aos machos da mesma espécie e outros peixes de padrões e cores semelhantes. Deve-se evitar criá-los com Mbunas mais pacíficos nesta situação. Como são peixes de harém, é recomendado sempre manter pelo menos um macho e três fêmeas, assim elas não ficarão muito estressadas por causa de perseguições da parte do macho.

Alimentação: Onívoro. Em seu ambiente natural alimentam-se da biocobertura das rochas. Esta biocobertura é um sistema biológico composto por algas e um largo número de minúsculos invertebrados que nelas vivem (denominados de aufwuchs). Peixes recém-nascidos que sejam encontrados também fazem parte da sua dieta. Em aquário devem ser alimentados com alimento apropriado para peixes com uma alimentação rica em matéria vegetal. Alimento seco com base de proteína animal pode ser ministrado com parcimônia periodicamente. O excesso de proteína animal (encontrado nas rações para os peixes onívoros e carnívoros) prejudica a saúde do peixe herbívoro, podendo resultar em Bloat ou outras doenças.

Reprodução: Ovíparo, incubadores bucais materno. O acasalamento ocorre num local escolhido previamente pelo casal e o macho atrai a fêmea num ritual de movimentos. A fêmea depositará os ovos no solo e o macho fertilizará em seguida. Incubadores bucais, a fêmea guardará os ovos na boca. Cerca de 10 dias os ovos eclodem e a fêmea irá protegê-los na sua boca por cerca de duas semanas ou três semanas. No final do período de incubação os alevinos são libertados, completamente formados e auto-suficientes para procurarem a sua própria alimentação. O número de ovos por cada incubação depende do tamanho da fêmea sendo normalmente entre 15 e 30.

Passado o período de incubação, caso a fêmea demore muito para soltar os filhotes naturalmente, pode ser usada uma técnica chamada “stripping fry” que consiste na retirada dos filhotes da boca da mãe pelo aquarista. Depois da liberação dos filhotes é aconselhado separar a fêmea e reforçar sua alimentação por alguns dias até que ela se recupere bem.

Dimorfismo Sexual: Macho apresenta nadadeiras, anal e dorsal, com as pontas mais finas, lembrando o formato de um “V”, quando novo possui coloração amarela e na medida que amadurece fica azul, suas cores são mais fortes e seu corpo é maior. A fêmea é amarela, tem o ventre bem mais claro e as nadadeiras (dorsal e anal) são mais arredondadas nas pontas. O macho tende a crescer ligeiramente mais que a fêmea.

Biótopo: Pertence ao grupo Mbuna (fala-se ambuna), por viver próximo de rochas, se alimentando da biocobertura presente.

Etimologia: Melanochromis, Grego, melasMelanos = preto + grego, chromis = um peixe

Sinônimos: Aulonocara chipokae

Informações adicionaisM. chipokae pode facilmente ser confundido com M. auratus. No entanto, pode ser distinto por sua boca visivelmente mais pontiaguda, denotando a natureza predatória dessa espécie (auratus tem uma boca arredondada, projetada para se alimentar de algas). O padrão listrado na nadadeira caudal também se estende por toda a nadadeira em chipokae, enquanto em auratus apenas metade da caudal é listrada.

Foto: Ad Konings (c)

Referências:

  • Maréchal, C., 1991. Melanochromis. p. 258-265. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris. Vol. 4.
  • Konings, A.F. and J.R. Stauffer Jr., 2012. Review of the Lake Malawi genus Melanochromis (Teleostei: Cichlidae) with a description of a new species. Zootaxa
  • Konings, A., 1990. Ad Konings’s book of cichlids and all the other fishes of Lake Malawi. T.F.H. Publications, Inc.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Abril/2020
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*