Oryzias kalimpaaensis (Gani, Suhendra, Herder, Schwarzer, Möhring, Montenegro, Herjayanto & Mokodongan, 2022)

Nome Popular: Peixe Arroz do Lago Kalimpa, Medaka — Inglês: Lake Kalimpa’a ricefish
Ordem: Beloniformes — Família: Adrianichthyidae
Distribuição: Ásia; Indonésia
Tamanho Adulto: Cerca de 5,5 cm
Expectativa de Vida: Na natureza cerca de um ano, em cativeiro 3 anos
pH: 5.0 a 6.5 — Dureza: –
Temperatura: 20°C a 26°C
Posição no aquário: Meio / Superfície
Nível de dificuldade: Fácil
Espécie endêmica do Lago Kalimpa’a, no Parque Nacional Lore Lindu em Sulawesi. Embora de tamanho diminuto é uma das maiores espécies dentro do gênero.
Oryzias kalimpaaensis está intimamente relacionado com O. eversi devido sua forma de reprodução ser similar através da incubação pélvica, onde a fêmea carrega os ovos até que as larvas eclodam e nadem livremente. Esta forma de reprodução também é encontrado em duas espécies do Lago Lindu em Sulawesi Central, O. sarasinorum e O. bonneorum.
O Lago Kalimpa’a é um destino popular para o turismo e a pressão antropogênica é alta. Aliado a presença de espécies invasoras de peixes no lago e parasitas em espécimes coletados também corroboram com as ameaças que a espécie vem sofrendo ao longo dos últimos anos.

Espécie resistente para se criar em aquário e bastante prolífero, com fêmeas capazes de reproduzir quase diariamente quando em boas condições.
Os membros da família Adrianichthyidae frequentemente são chamados de “peixes-arroz”, em referência à tendência de alguns membros do gênero de habitar campos de arroz. Eram tradicionalmente considerados membros da ordem Cyprinodontiformes, portanto, estão intimamente relacionados ao grupo dos Killifishes.
Embora Rosen e Parenti os terem reclassificado dentro do grupo Beloniformes em 1981, algumas publicações ainda os classificam como Killifish.
O membro mais conhecido da família é o medaka ou peixe-arroz japonês, Oryzias latipes, que tem sido amplamente utilizado como organismo modelo em biologia genômica e experimental por mais de um século e foi o primeiro animal vertebrado a acasalar no espaço em meados da década de 1990.
Aquário Mínimo: 40 cm comprimento X 30 cm largura — quando mantido em aquário densamente plantado com substrato escuro exibem coloração bastante chamativa, além das plantas servirem de refúgio para alevinos se desenvolverem em meio aos adultos. Outros adornos consistem no uso de raízes e alguns galhos. Plantas de superfície também é bastante apreciada pela espécie.
Comportamento & Compatibilidade: Seu comportamento em aquário é bem semelhante aos Poecilídeos com machos sempre à procura das fêmeas para reproduzir. Razão pela qual deverá ter um número maior de fêmeas juntos aos machos. São pacíficos e podem ser criados em aquário comunitário com espécies igualmente pacíficas e de pequeno porte. Aquaristas mais experientes costumam manter em aquário mono espécie.

Alimentação: É um micro predador que se alimenta de pequenos insetos, larvas, crustáceos e zooplâncton na natureza. Em aquário aceitam alimentos secos e vivos sem dificuldades.
Reprodução: Sua reprodução é conhecida como “criação pélvica”, em alusão as fêmeas carregarem os ovos em sua nadadeira pélvica. Em época de reprodução os machos normalmente escurecem sua coloração e defendem pequenos territórios contra outros machos, enquanto tentam atrair as fêmeas.
Ao contrário de outras espécies de Medakas, onde as fêmeas expelem ovos que são depositados em pequenos aglomerados entre a vegetação ou em meio a raízes. Os ovos de Oryzias kalimpaaensis são expelidos em uma única massa e ficam pendurados no poro genital da fêmea por meio de filamentos adesivos, sendo fertilizados pelo macho em seguida. As fêmeas então carregam os ovos junto a cavidade abdominal por cerca de duas a três semanas, usando as nadadeiras pélvicas alongadas para mantê-los no lugar, até que a eclosão esteja completa e os alevinos estejam nadando livremente.
Dimorfismo Sexual: Os machos adultos são mais coloridos, possuem nadadeiras dorsais e anais mais longas e têm um corpo mais fino que o das fêmeas. A papila genital nos machos forma um tubo curto e ligeiramente cônico, enquanto nas fêmeas é bilobada.

Biótopo: O Lago Kalimpa’a, onde a espécie foi coletada, é caracterizado por águas calmas com substrato arenoso e lamacento, a vegetação era dominada pela erva daninha Phragmites karka e a profundidade relatada é de cerca de 11 metros com temperatura da água de 22°C com pH 5–6,5 e OD 13,9 Mg/L, quando medido durante o dia. Outras espécies presentes no lago foram a tilápia africana introduzida Oreochromis sp., o gourami Trichopodus pectoralis e uma enguia nativa do gênero Anguilla.
Etimologia: Oryzias; do grego ὄρυζα (oryza), que significa ‘arroz’, em referência à tendência de alguns membros do gênero de habitar campos de arroz. Kalimpaaensis; Nomeado em homenagem à localidade tipo onde foi coletado, Lago Kalimpa’a, Sulawesi Central na Indonésia.
Sinônimos: não possui.
Referências:
- Gani, A., N. Suhendra, F. Herder, J. Schwarzer, J. Möhring, J. Montenegro, M. Herjayanto and D.F. Mokodongan, 2022. A new endemic species of pelvic-brooding ricefish (Beloniformes: Adrianichthyidae: Oryzias) from Lake Kalimpa’a, Sulawesi, Indonesia. Bonn zoological Bulletin
- Romero, P., 2002. An etymological dictionary of taxonomy. Madrid, unpublished.
Publicado em Fevereiro/2025
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