Cobrinha Myersi (Pangio myersi)

 

Pangio myersi

Classificação

Pangio myersi (HARRY, 1949)

Classe: Actinopterygii   Ordem: Cypriniformes  FamíliaCobitidae

Nomes comuns: Cobrinha Myersi — Inglês: Giant kuhli Loach

Grupo Aquário: Cobitídeos, Peixes Serpentiformes

Ambiente & parâmetros da água

Água doce • pH: 4.7 – 7.2 (aquário ideal entre 6.0 a 7.0) • Dureza: 1 – 5 Temperatura: 22°C – 30°C

Comumente encontrado em águas rasas, tanto em águas negras como claras, normalmente em meio a densa vegetação aquática marginal e plantas flutuantes. A água possui geralmente um teor mineral dissolvido insignificante, é mal tamponada e o pH pode ser bastante baixo, algo em torno de 3.0 ou 4.0, devido à liberação gradual de taninos e orgânicos ácidos a partir de material vegetal em decomposição.

Tamanho adulto:

10 cm (comum 8 cm) Estimativa de vida: 10 anos +

Distribuição

Ásia. Bacia Mekong e sudeste da Tailândia. Encontrado na Camboja, Lais e Tailândia.

Pangio myersi-map
Mapa por Discover Life

Manutenção em aquário & Comportamento

Aquário com dimensões mínimas de 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 litros) requerido. Aquário deverá possuir densa vegetação aquática formando zonas sombrias ou iluminação moderada. Substrato deverá ser arenoso e macio, uma vez que a espécie possui o hábito de se enterrar.

Apresenta comportamento extremamente pacífico devendo ser mantido com peixes pacíficos e de pequeno porte, preferencialmente que não sejam agitados. É comum passar várias semanas sem avistar a espécie no aquário, uma vez que possui hábito noturno e passa a maior parte de seu tempo enterrado no substrato, aparecendo esporadicamente principalmente para se alimentar. Embora não costumam ficar juntos, devem ser mantidos em grupos de pelo menos cinco indivíduos para se sentirem mais seguros, crescendo as chances de não se enterrarem com tanta frequência.

Alimentação

Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se principalmente insetos, larvas e pequenos crustáceos. Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos.

É um micro predador e peneira seu alimento através da boca e guelras, possivelmente se alimenta de detritos e matéria vegetal secundariamente.

Reprodução e dimorfismo sexual

Ovíparo. Após ritual de acasalamento onde macho e fêmea irão nadar se entrelaçando, desovam em raízes de superfície ou plantas flutuantes; ovos são da cor esverdeada. Pais não cuidam da progênie e podem comer os ovos e larvas. Sua reprodução em cativeiro é desconhecida.

Dimorfismo Sexual

Fêmeas possuem região ventral maior (mais inchado) enquanto os machos são mais magros e menores. Nadadeiras peitorais dos machos são sensivelmente maiores.

Galeria de imagens

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Descrição

Presença de 8 a 11 listras verticais sob fundo alaranjado de seu corpo. Quando imaturo pode ser confundido com outras espécies do gênero. Em fase adulta são distinguidos pelo número de listras verticais, que também são mais regulares e largas. Pode ser distinguido ainda pela coloração negra, total ou parcial, da nadadeira caudal, normalmente terminando em linhas ou manchas escuras.

A última característica pode ser útil na identificação de jovens ou peixes recém-importados, espécimes desnutridos, a qual pode se assemelham superficialmente a P. kuhlii ou P. semicincta, porémessas duas espécies possuem apenas uma mancha escura na base da nadadeira caudal.

Existe a variedade albina de Pangio myersi, apresentando duas variedades como os verdadeiros albinos com olhos vermelhos ou hypo-melanistico, que possui basicamente a mesma aparência, porém, com olhos negros. Não está claro se estas variedades provém de seleção natural.

Espécies deste gênero são comumente referidas como Botias Enguias, mas são distinguidos dos outros Cobitídeos pela forma do corpo longa e fina, relativamente elevado número de vértebras e a posição da nadadeira dorsal que está situado bem atrás da origem das pélvicas (comparada em frente, acima ou apenas ligeiramente para trás).

Todos os cobitídeos possuem afiados espinhos sub- oculares, que normalmente ficam escondidos dentro de uma bolsa.

Sinônimos: Acanthophthalmus myersi

Referências

  1. Vidthayanon, C., 2002. Peat swamp fishes of Thailand. Office of Environmental Policy and Planning, Bangkok, Thailand, 136 p.
  2. Kottelat, M., 2001. Fishes of Laos. WHT Publications Ltd., Colombo 5, Sri Lanka. 198 p.
  3. Kottelat, M. and K.K.P. Lim, 1993. A review of the eel-loaches of the genus Pangio (Teleostei: Cobitidae) from the Malay Peninsula, with descriptions of six new species. Raffles Bull. Zool. 41(2):208-210.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Março/2015
Colaboradores (collaboration): –

 

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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