Ciclídeo Neon Azul (Paracyprichromis nigripinnis)

 

Paracyprichromis nigripinnis (Boulenger, 1901)

Foto de top-aquariums.com (c)

Nome Popular: Ciclídeo Neon Azul

Ordem: Perciformes — Família: Cichlidae (Ciclídeos)

Distribuição: África, endêmico do lago Tanganyika

Tamanho Adulto: 11 cm

Expectativa de Vida: 5 anos +

pH: 8.0 a 9.0 — Dureza: –

Temperatura: 24°C a 28°C

Foto de Marcel Tuit (c)

Aquário Mínimo: 100 cm comprimento X 40 cm largura — embora estes peixes não atinjam tamanho muito grande, devem ser mantidos em cardumes com um bom número de espécimes. Um aquário de 200L comportará cerca de seis a oito indivíduos. Quanto maior o número de peixes mais natural seu comportamento, neste caso um aquário com maiores dimensões é aconselhado conforme aumentar o número de indivíduos. Normalmente ficam em níveis superiores do aquário e manter áreas abertas para natação é muito importante. Algumas rochas verticais altas formando saliências ou cavernas devem ser usadas para simular seu habitat natural. Por ser um peixe de águas profundas, apresentará uma coloração mais chamativa sob iluminação moderada.

Comportamento & Compatibilidade: Em seu ambiente natural vive em cardumes com dezenas de indivíduos, então quanto maior a quantidade mais a vontade ficarão. Quando mantidos em grupos maiores o comportamento, principalmente dos machos, costuma ser pacífico em comparação com grupos menores. É uma espécie ideal que ocupa zonas do meio e superior no aquário, devendo ser evitado criar com peixes predadores. Machos sub dominantes apresentam coloração bastante chamativa de modo que poderá apreciar a exuberância desta espécie não apenas em época de reprodução.

Alimentação: Naturalmente se alimentam de zoo plâncton e secundariamente de micro crustáceos. Em aquário aceitam quase tudo, desde alimentos secos, vivos e congelados.

Reprodução: Onívoro. São incubadores bucais. Machos dominam um pequeno território, cerca de 30 cm, mostrando suas cores para chamar a atenção das fêmeas. Se a fêmea entrar em seu território e não estiver pronta para acasalar será expulsa. Uma vez que ocorre o cortejo com o macho abrindo e fechando suas nadadeiras, este se aproxima da fêmea com a boca para estimular a liberar os ovos. Uma vez que os ovos são liberados, serão imediatamente apanhados com a boca pela fêmea que depois abordará o macho se aproximando de sua nadadeira anal para que seja fertilizado os ovos já dentro de sua boca. Este processo será repetido inúmeras vezes e o número de ovos varia de acordo com o tamanho da fêmea. A fêmea cuidará dos ovos até que eclodam e estejam nadando livremente por cerca de três a seis semanas.

Dimorfismo Sexual: Machos são ligeiramente maiores e mais coloridos do que as fêmeas.

Biótopo: É encontrada em águas relativamente profundas, com as fêmeas em águas abertas logo acima das áreas de substratos rochosos e os machos preferindo habitar sob saliências rochosas ou em cavernas.

Etimologia: –

Sinônimos: Limnochromis nigripinnis, Cyprichromis nigripinnis, Paratilapia nigripinnis

Informações adicionais: Embora vivam em numeroso cardume, esta espécie tende a formar cardumes menos agrupados comparado com os Cyprichromis. Os peixes machos formam territórios sob beirais, se estiverem disponíveis, e muitas vezes podem ser vistos posicionados de cabeça para baixo sob eles ou verticalmente contra paredes de rocha. No aquário, se não for dotado de tais retiros, se for alojado sob iluminação forte ou com peixes turbulentos, perderá rapidamente a sua coloração.

É facilmente confundido com P. brieni, mas pode ser distinguido por seus olhos maiores e corpo ligeiramente mais redondo e atarracado. Existem várias formas de cores e não devem ser misturadas em aquários, pois hibridizam. Existe uma variedade albina reproduzida em cativeiro.

Referências:

  • Maréchal, C. and M. Poll, 1991. Cyprichromis. p. 71-72. In J. Daget, J.-P. Gosse, G.G. Teugels and D.F.E. Thys van den Audenaerde (eds.) Check-list of the freshwater fishes of Africa (CLOFFA). ISNB, Brussels; MRAC, Tervuren; and ORSTOM, Paris. Vol. 4.
  • Kuwamura, T., 1986. Parental care and mating systems of cichlid fishes in Lake Tanganyika: a preliminary field survey. J. Ethol.

Ficha por (Entered by): Edson Rechi — Novembro/2020
Colaboradores (collaboration): —

Sobre Edson Rechi 879 Artigos
Aquarista em duas fases distintas, a primeira quando criança e tentava manter peixes ornamentais sem muito sucesso. Após um longo período sem aquários voltou no aquarismo em 2004. Desde então já manteve diversos tipos de aquários como plantado, peixes jumbo, ciclídeos africanos, água salobra e amazônico comunitário. Atualmente curte ciclídeos e tetras neotropicais, além de peixes primitivos.

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